Capítulo 27

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— Finalmente em casa! — Lucca diz alto assim que chegamos na nossa casa.

É estranho como nos sentimos tão confortáveis em casa. Eu sempre odiei dormir em hotéis e em camas que não fossem a minha. Não sei como Lucca conseguia ficar meses viajando pelo mundo e dormindo em hotéis diferentes cada noite.

Foram alguns dias apenas, mas eu já sentia falta da minha casa, da minha cama, da minha namorada.

Estranho o fato de ela não estar aqui agora, já que a mesma havia me dito que viria. Para me receber de uma maneira apropriada.

Essa maneira apropriada me deixou com um pouco de medo, mas vejo que ela se atrasou um pouco. 

— Quanto tempo até a próxima turnê? — pergunto a Lucca.

— Alguns meses. Preciso lançar um álbum, singles, fazer algumas entrevistas, mas posso fazer tudo isso de casa. Estou de férias, Simone.  —

Fico feliz com sua declaração.
Antes eu ficava totalmente sozinha nessa cobertura, agora eu tinha Soraya. Mas mesmo assim, eu sentia falta do meu irmão. Era a minha única família.

— Que bom, Eu senti mesmo a sua falta — ando em direção ao meu quarto, sou acompanhada do meu irmão, que falava o quanto ele também sentiu minha falta.

— Preciso ligar para a Júlia. Eu disse a ela que a amava depois de um mês de namoro a distância, espero que era não me ache estranho —

— Só um pouquinho apressado — ri abrindo a porta do quarto — Também preciso ligar para a Soraya, quero ver ela logo e... Puta que pariu — paro minhas falas olhando para a minha namorada em cima da minha cama.

A mesma estava com uma lingerie vermelha, seus cabelos estavam com pequenas ondas, caindo no ombro. Reparo em sua pele bronzeada, mas assim que ela viu que eu estava acompanhada rolou para o lado, cobrindo todo o corpo com o lençol da cama.

— Acho que essa era a maneira apropriada — Lucca diz atrás de mim.

Olho para o meu irmão que estava com as mãos no rosto, rindo.

— Eu não vi nada, juro. Quer saber? Eu vou saindo — quando ele se vira para sair, ele bate de cara na parede, gemendo de dor.

— Pode olhar, Lucca — tento segurar minha risada.

Meu irmão me olha rindo sem graça e finalmente sai, me deixando sozinha com Soraya. Ela estava não só com o corpo coberto, mais também o rosto, evitando me olhar.

— Soraya, ele já foi —

— Não vou olhar. Que vergonha — me aproximo me sentando em sua frente.

— Baby... — rio dela.

— Eu só queria te fazer uma surpresa, sabe? —

Destampo seu rosto, olhando para suas bochechas avermelhadas.

— Senti sua falta — sussurro — E eu amei a surpresa. Amaria mais se meu irmão não tivesse te visto assim toda sexy e quase quebrado o nariz na parede, mas eu amei — beijo a ponta de seu nariz.

Minha namorada pega em meu pescoço, levando os lábios de encontro com os meus. Ela me beija como se a saudade contida ali fosse de anos, quando na verdade era de poucos dias.

Sua língua se enrosca com a minha de maneira lenta. Eu apenas sigo seus movimentos, deixando que ela dominasse, que me beijasse com toda vontade e desejo que ela tinha por mim.

Quando meu ar começa a faltar, eu me lembro que tinha acabado de viajar durante horas de avião, e que precisava urgentemente de um banho.

— Baby... — A afasto de mim — ela responde com um "hum", logo pegando em meu pescoço e tentando voltar a me beijar, mas eu a paro.

Why not? | Simone e Soraya Onde histórias criam vida. Descubra agora