Feridas

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Josh:

Quatro dias para grande missão...

8:45 AM

Vitor - senhor tem um moleque aqui fora querendo falar contigo!?

O olhei com estranheza.

- que moleque?

Vitor - o nome dele é Lucas!?

Revirei os meus olhos e assenti para o Vitor deixar o mesmo passar.

- o que quer aqui, está bem longe do seu bistrô no centro!?

Ele se senta em minha frente.

Lucas - aonde está a Any, estou ligando pra ela a mais de três dias e nada!?

- e porque acha que eu saberei aonde ela está?

O mesmo cruza os seus braços em frente ao seu corpo.

Lucas - é louco por ela, aonde ela está J?

Solto um longo suspiro, como vou contar para esse palerma que a amiga dele sofreu um acidente e agora está nas mãos do dono do morro vizinho, e mais sem memória alguma.

Então você inventa qualquer coisa...

- ela viajou, pediu um tempo de silêncio total de todos e se foi.

Lucas - eu não sou otário dono, fale a verdade!?

Eu não gosto nem um pouco da marra desse tal amiguinho de Any, mas ele tem razão, ele não é otário.

- se eu te contar a verdade, vai fechar a porra da boca e não contar a ninguém?

Lucas - vou fechar a porra da boca.

Dei de ombros.

- se contar a alguém ou ir até a polícia e contar a eles, você terá problemas Lucas, você me entendeu? Não queira conhecer o meu galpão e o meu lado vingativo!

O mesmo me olha assustado.

Lucas - prometo não contar a ninguém.

- ótimo, é a sua vida em jogo!

Comecei a contar primeiramente da viagem e depois contei tudo o que aconteceu, e o que está acontecendo agora.

Passamos algumas minutos conversando sobre e o mesmo me parecia muito preocupado com a morena, talvez realmente ele goste dela de um jeito especial.

Não posso julgar por isso, quem não se apaixonaria por Any Gabrielly?

Lucas - se precisar de alguma ajuda em relação a ela, por favor me procure, farei de tudo para a Any se lembrar de cada detalhe possível!

Assenti e o mesmo logo saí da minha sala.

Achei nobre da parte dele e realmente vi verdade ali em suas palavras, por um prevê momento achei ele confiável.

✨️

Sabina:

Maria - Sabina Maria essa viagem de sua prima já está fora de controle, ela precisa voltar!

A olhei com estranheza.

- por que está tão nervosa em relação a viagem de Any, está com medo da verdade que o pai dela pode contar a ela!?

Minha mãe está insuportável dês que a Any foi viajar, ainda mais a história que eu inventei que a mesma permanece em Minas, durante esses dias todos.

Ela nem descofia que a Any está no morro vizinho completamente sem memória, e jamais poderá saber.

Maria - fale direito com a sua mãe menina, Gabrielly tem trabalho aqui e uma vida, porque permanecer lá?

Me jogo no sofá de casa na esperança dessa mulher parar de falar em meu ouvido.

Maria - responda Hidalgo?

Inútil.

- por que se importa tanto com Any lá em Minas, sua filha está aqui bem em sua frente cheia de feridas!?

Me arrependi de ter dito no segundo seguinte, mas era tarde demais.

Maria - feridas essas que você provocou sozinha!

Me levantei rapidamente, eu juro que tentei segurar a raiva que me toma.

- VAI A MERDA MÃE, EU SOU SUA FILHA E SEMPRE ESTIVE AQUI, MAS PARA SENHORA EU SEMPRE FUI A ERRADA DE TUDO QUE ACONTECE NESSA MERDA DE VIDA QUE VOCÊ ME PROPORCIONA, PORQUE NÃO GOSTA DE MIM?

No segundo seguinte sinto minha bochecha arder com o tapa bem levado que ela me deu, não foi a primeira vez.

Maria - não tem esse direito de gritar comigo sua vagabunda, eu larguei meus princípios para te ter!

Princípios, do que ela está falando?

- que caralho está falando?

Mais um tapa, foi aí que as minhas lágrimas começaram a cair.

Maria - vou para o restaurante e eu não quero te ver lá, tenha um bom dia Hidalgo!

A mesma pega sua bolsa e simplesmente saí de casa.

Me sento no chão da sala e deixo as lágrimas me dominarem, tanta dor acumulada só poderia resultar em um choro com soluços e puxões em meu cabelo.

Sinto o meu peito se apertar, se Any estivesse aqui ela saberia o que fazer para me alegrar, mas ela não está e isso só piora as marcas de dor em meu coração.

Alguém bate na porta, mas eu simplesmente não tenho forças para abri-la.

Então alguns segundos se passam e a porta é aberta, era ele.

Bailey - não pode estar chorando pequena!?

Ele se senta ao meu lado e logo me puxa para os seus braços.

- eu preciso dela comigo Bay.

O mesmo aperta firme minha cintura.

Bailey - ela vá voltar pequena, enquanto isso eu estou aqui!

Me aconchego em seus braços e deixo minhas lágrimas lavarem todos os meus males.

Ela me Desafia Onde histórias criam vida. Descubra agora