Parte 7

736 16 0
                                    

- O que? Alienigenas invadiram a sua casa e levaram a sua vó?
- Sim, é isso que eu disse para você.
E meu amigo..
- Noivo!
- Meu "noivo"... é testemunha.
- O que exatamente você viu senhor...
- Cristiano.
- Cristiano. O que você viu quando chegou no quarto?
Cris conta tudo o que viu nos mínimos detalhes. Foi uma vergonha total. O policial solta um espasmo de risada na parte em que Cris conta o que aqueles tentáculos - seja lá o que for - fizeram comigo. A forma de como ele conta também não ajuda. É um linguajar podre... toda a vez que se refere a mim fala de forma chula. Isso é tão deprimente, embora não ter um pingo de motivos para juga-lo - eu acho.
- Muito bem, senhores. O que vocês estão dizendo parece loucura demais e ainda por cima envolve sequestro nesse meio. Pelo fato de vocês estarem acusando algo de outro... planeta... vamos ter que anotar seus nomes e o endereço assim como o celular. Pro caso de estarem mentindo.
- Tá, tudo bem - Digo - a gente entende.

Eu dou o endereço e Cris da o seu bem como o número do celular. Eu não tenho celular por isso tive que dar o do telefone fixo.

Eu fiquei com medo do ataque. Espero que minha vó esteja bem. Não me sinto tão preocupado assim. Ela era muito idosa, as vezes eu via no olhar dela que não queria mais viver ainda mais sem o seu marido por perto. Quando o meu avô morreu foi como se parte do coração de minha vozinha tivesse indo embora. Por isso não me entristeço ao ponto de enlouquecer.

Sei que é errado ter esse pensamento, porém no fundo espero que aconteça novas visitas desses tais "seres" para que eu não saia como louco da história e acabe sendo o principal suspeito de "matar" a minha vó - mesmo que seu corpo nunca seja encontrado. Eu sou gay, é claro que eu vou me fuder. Sou uma aberração. O Cristiano com certeza iria se safar. Por que será?
Quando os policiais vão embora ele fica sem saber o que fazer. Simplesmente desvia o olhar para o horizonte. Está fazendo uma bela lua cheia. Soaria romântico se eu não tivesse feito merda.
- Então é isso. - diz ele com a voz fraca - vou embora...
- Não! - Encosto somente os dedos em sua mão. - Espera... fica.
Sim. Ele fica. Ao dar meia volta me agarra bem forte e me beija como se estivesse desesperado. Como se estivesse morrendo de saudade de ter ficado longe somente por algumas horas. Sinto sua mão cascuda na minha bochecha.
- Desculpa - diz ele.
- Tá tudo bem.

Me Coma Aqui e Agora (Conto Erótico Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora