the beach

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Alguns dias tinham se passado desde meu último jogo. E daqui a pouco eu precisaria renovar.

  Com o passar do tempo eu fui tentando investigar essa tal de praia. Encontrei algumas pessoas em dois dos novos jogos que joguei desde que ouvi sobre o lugar.

  E posso afirmar que pelo menos algumas coisas eu consegui saber. Geralmente algumas pessoas dessa praia saiam em grupo para jogar, e apesar de ser perigoso, até iam no mesmo jogo.

  Eles utilizavam carros e andavam juntos em todos os momentos. E isso dificultava a minha chance de arrancar informação de algum deles.

  Mas graças a isso eu consegui seguir alguns dos carros e ver onde eles iam parar. Era uma ilha, ligada apenas por uma ponte.

  Pelo que vi eles eram muito bem armados, e entrar ali sem ser percebida era impossível. Então eu estava tentando pensar em formas de entrar sem causar minha morte.

  Não cheguei em nenhuma conclusão boa, ou pelo menos, nada que não seja suicida. A única coisa que pensei foi em entrar me render e torcer para eles não me matarem.

  Ou pegar algum idiota descuidado de lá e fazer de refém, porém eu duvido que eles se importam com apenas uma única vida.

  Ou entrar de fininho no porta malas do carro e entrar lá tentando não ser vista. O quê seria idiota porque eles provavelmente revistam os carros, e deixam eles em lugares trancados.

  Então o que me sobra é entrar e me render como uma idiota suicida. Fazer o que né, se eu não morrer ali eu morro nos jogos.

  Apesar de ser inteligente e me virar bem sozinha, eu tenho total noção de que tive muita sorte pra chegar até aqui. Eu sou egocêntrica, mas nem tanto né.

  Não gosto da ideia de me misturar ou precisar de alguém além de mim, mas meus métodos de sobrevivência não eram bons o suficiente, e mesmo odiando admitir, eu precisava de pessoas pra conviver.

  Minha cabeça já não está das melhores, eu me sinto cada vez mais exausta, são poucos os jogos em que eu saio ilesa. Não sei cuidar direito das minhas feridas.

  Eu não como uma refeição decente desde que cheguei, não durmo bem porque tenho medo de ser morta enquanto descanso. Fora todos os outros problemas.
Então eu não tinha muita escolha.

  Peguei minhas coisas e armas junto com a bolsa que tinha tudo o que eu poderia precisar para chegar até lá.

  A caminhada durou muito tempo, quando cheguei o sol já indicava o meio dia.  O local como eu falei anteriormente, estava cercado, cheio de pessoas muito bem armadas. E não pareciam muito amigáveis.

  Segurei a ponta do cabo do facão pendurado no meu quadril e respirei fundo tentando tomar coragem.

  Eu estava fodida.

  Levantei meu corpo que estava abaixado atrás de uma mureta e segui meu caminho até aquelas pessoas.

  Não me deixei intimidar, apesar do plano idiota,eu não era nada fraca nem burra. Então caminhei com o queixo erguido e dando passos decididos.

  Um dos homens me viu e gritou com os outros já apontando a arma pra mim. Levantei as mãos mostrando que não pretendia machucar ninguém e continuei andando. Com mais calma dessa vez.

  Quando me aproximei eles me cercaram e ficaram me olhando de cima abaixo. Enquanto um homem alto de cabelos presos e cheio de pircins fica a minha frente.

  - ora ora, olha o que temos aqui rapazes.- ele fala me medindo com os olhos.- o que uma garota tão bonita faz sozinha aqui? Tá querendo morrer por acaso?

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