The Only Exception

interactions

Na manhã seguinte eu já estava me sentindo um pouco melhor, acho que o machucado tinha melhorado pelo menos um pouco.

  E com os dias passando eu conseguia me cuidar melhor. O descanso e a alimentação regular fez eu ficar mais saudável em pouco tempo.

  Fazia uma semana que eu estava na praia, não tinha muito o que fazer então eu passava a maior parte do tempo na praia.

  O chapeleiro me chamou algumas vezes pra conversar, e pelas poucas experiências que tive eu posso dizer que não era muito agradável.

  Em todos os nossos diálogos ele estava acompanhado de mulheres, que ficavam se esfregando descaradamente nele sem parar, e estava bebendo. E todas as vezes ele tentava me fazer beber, mas eu recusava. Ficar bêbada aqui não me ajudaria em nada.

  Niragi também me importunou algumas vezes, nada demais por causa de eu quase nunca sair do quarto. Mas ele estava sempre me ameaçando ou dando em cima de mim.

  Ele era quase ou até mais louco que o chapeleiro.

  Apesar de poucos dias terem passado e eu não socializar, consegui entender como as coisas funcionava aqui.

A liderança era dividida entre algumas pessoas consideradas elite, por coletar muitas cartas, e a milícia por garantir a segurança.

  O chapeleiro era o número 1, quem comandava o lugar. Ele e mais 4 pessoas tomavam decisões importantes sobre o lugar e as cartas que deveriam ser coletadas.Sendo duas mulheres, que se chamavam Ann e mira, e dois homens.

  As mulheres eram bem diferentes uma da outra, Ann era bem reservada e séria ela agia muito pelo lado racional das coisas. Mira já era o oposto, ela era bem doida e espontânea. Mas apesar disso tomava decisões pela razão também.

  Um dos homens era bem sério, eu não me recordava de seu nome, mas ele era bem inteligente e sério. Já o outro...

  O outro era chishya. Fiquei surpresa por saber que ele era um membro importante na utopia do chapeleiro, mas já era de se esperar. Ele era muito inteligente e nunca demonstrava emoções, uma coisa que ajudava muito na hora de tomar decisões.

  E falando nele, eu não o vi mais desde que cheguei. Talvez eu esteja evitando sair para não ver ele e a garota bonita. Mas só talvez.

  De qualquer forma, eu preciso procurar alguma coisa pra fazer.  Já tem quase uma semana que eu não saia do quarto. Eu só saia pra comer, beber alguma coisa e falar com o chapeleiro quando ele queria.

  Então sem muita opção eu resolvi sair e dar uma volta. Se eu ficasse mais um segundo naquela cama ela iria me engolir.

  Caminhei pelos corredores cheios de gente e me infiltrei na piscina. Era até divertido ver as pessoas bêbadas se jogando e brincando como se não houvesse amanhã. Eu queria conseguir esquecer sobre como eu vivo agora, nem que fosse só por uma noite.

  Com os pensamentos distantes, concentrada nas pessoas eu não percebi que a música parou. Mas quando eu acordei dos devaneios vi que todos se dirigiam pro salão principal.

  Droga, esqueci. Hoje era dia de jogo. Fui na mesma direção que os outros e encostei na parede esperando o chapeleiro começar a falar.

  - hoje é o dia de jogar meus queridos hóspedes...- ele começou o discurso nada interessante.

  Entediada eu desviei meu olhar do homem no andar de cima e comecei a analisar as pessoas ao meu redor.

  Um pouco mais distante de mim vi chishya junto com aquela garota encostados numa parede enquanto conversavam sussurando.