Dois

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Osasco - SP, Brasil
25 de fevereiro, 2006

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Já era tarde quando Antony estava chegando em casa com seu pai, eles haviam saído pra passear como presente de aniversário. Antony passou o passeio todo alegando que queria voltar logo, pra poder fazer alguma coisa com Sarah. Quando ambos passaram a porta da casa, tudo explodiu em gritos de animação, ele olhou as pessoas ali e o bolo em cima da mesa. Cremilda chegou perto do garoto e o segurou pelos ombros.

── Vamos cantar parabéns, filho!

── Já volto, mãe! Vou chamar a Sarah!

O garoto saiu correndo e se encaminhou pra casa da menina.

Sarah estava sentada no sofá comendo um pedaço do bolo de prestigio  maravilhoso que sua avó havia feito. Sua avó, seu irmão e seus pais já haviam cantado parabéns pra garota. Tinha sido só um bolinho pro parabéns, Sarah ficou meio triste, queria mais pessoas lá, gostava da bagunça, mas o que mais queria ali, era Antony. Ela olhou pela janela da sala ao ouvir a voz de um garoto chamar seu nome, rapidamente ela correu até a porta e abriu, indo até o portão.

── Sarah, vem comigo lá em casa, tem bolo, churrasco e uns salgados. Trás a sua família também!

── É sério?

── É, vamos logo!

A garota correu pra dentro de casa rapidamente gritando por todo mundo.

── Vó, pega aquele outro bolo que você fez, não é legal levar um bolo cortado.

── Tem razão, Rapunzel.

Os membros da família da garota saíram pelo portão e andaram até a casa de Antony, o garoto entrou primeiro e correu até a mãe.

── Mãe, a Sarah faz aniversário no mesmo dia que o meu. A gente pode cantar pra nós dois?

── Claro, meu amor.── ela riu.── Sarah, vem aqui atrás da mesa.

A menina obedeceu a mulher e foi pra trás da mesa junto do menino, Dona Sônia entregou o bolo para Cremilda, que o colocou ao lado do outro bolo, posicionou as velas e acendeu. Cremilda se afastou e puxou a canção de parabéns. Os outros convidados ali acompanharam animados, enquanto batiam palmas. Sarah abriu um sorriso de ponta a ponta olhando o que estava acontecendo, seus olhos lacrimejando.

Antony só sabia o olhar, ele sorria bobo por ver a amiga com aquele sorriso enorme de felicidade. Ele pegou a mão da garota e a apertou levemente, ela o olhou sorrindo.

── Obrigada.

Ela falou.

...

Sarah correu rindo enquanto fugia de Antony. Eles dois e os primos do garoto brincavam de pega-pega. A casa estava cheia e dificultava, adultos dançando as várias músicas que passavam, tirando risadas de todos ali. A garota parou e pediu tempo, cruzando os dedos. Ela ofegou enquanto abanava o rosto, Antony a olhou rindo.

── Eu vou parar de brincar, to com uma fome!

Ela disse.

DESTINADOS | Antony SantosOnde histórias criam vida. Descubra agora