Chapter 14: The baby

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As buscas por Lalisa começaram imediatamente e eu não pararia até achá-la, mas com o passar dos dias eu só conseguia sentir mais raiva e medo.

— Sentiu minha falta? — Olho vendo Alice entrar na minha sala

— A Iris...

— Pagou fiança, mas não pode chegar perto de mim ou vai presa de vez — Fala

— Eu estou ocupada — Falo voltando a olhar as pistas do caso de Esther, talvez algo me ajudasse

— Chu

— Vá embora, Alice — Falo e escuto seu suspiro

— Sua groceria pode funcionar com os outros, mas não comigo — Fala fechando a porta — Está tudo bem em ficar com medo de perdê-la, você gosta dela, está tudo bem sofrer, mas eu não vou deixar você transformar seu sofrimento em ódio — Diz e vem até mim se abaixando ao meu lado e me abraça

Pela primeira vez me permito chorar e sentir tudo o que eu estava evitando.

— Está tudo bem, vocês vão encontrá-la — Fala me deixando colocar tudo pra fora

— Obrigada — Falo minutos depois e ela sorri se levantando

— Essa foi uma péssima posição pra um abraço — Fala — Você tem que ficar calma pra encontrá-la

— Eu não consigo focar, ali, ela é importante pra mim, não ficamos juntas a muito tempo, mas...

— Tempo não define nada — Fala sorrindo — Vá pra casa, descanse e volte, não vai achar ela assim, os meninos também estão super estressados

— Eu não estou investigando só sobre o paradeiro dela..

— É, eu fiquei sabendo, o Nick me contou a alguns minutos, ele achou o endereço da tal sogra e vai atrás, eu vou com ele — Fala

— O que?

— Não to muito a fim de ficar por aqui ainda, dessa forma eu te ajudo e fico fora de Nova Iorque, e ele nunca deixaria nada acontecer comigo

— Eu não posso perder você também — Falo

— Você não vai perder ninguém, mas agora você vai pra casa, descansar e depois voltar ao trabalho — Fala

Ja fazia dias que eu não dormia, dormi a noite e quase o outro dia seguinte inteiro, e voltei ao trabalho, não que meu humor estivesse muito melhor.

Dois dias depois, Nick e Alice saíram da cidade, em busca de Seattle, o que também não era muito tranquilizador.

Eu precisava achar Lalisa rápido, quando finalmente tem uma chance de sua filha estar viva, algo assim acontece? Beatriz não vai tirá-la de mim.

— Nós recebemos uma ligação anônima — Perez fala — Esse é o possível endereço de onde Beatriz está se escondendo

— É um tiro no escuro, mas não é longe daqui — Montgomery fala

— Chamem reforços

E mais rápido do que eu poderia imaginar estávamos cercando a casa, já fazia uma semana que Lalisa estava desaparecida, respirei fundo antes de invadir a casa, Beatriz estava armada, atirou em dois policiais, mas foi pega afinal.

Lalisa estava no porão, seu corpo estava caído no chão, parei na porta incapaz de me mover, as lágrimas caíam sobre meu rosto.

Me aproximo devagar me abaixando ao seu lado.

— Lalisa — Chamo quase sem forças — Por favor....

— Ela está respirando — Montgomery fala — Chamem a ambulância — Beatriz já esta sendo levada, aguente firme — Diz pra mim

Fui na ambulância com ela, a tailandesa estava ferida, machucados no rosto, cortes nas pernas, vários roxos no corpo, arranhões.

No hospital, passou por vários exames, fez os curativos, mas não acordou, os médicos disseram que talvez ela demorasse algumas horas, talvez alguns dias, ela estava fraca e eu não sairia do seu lado.

Até o dia seguinte, quando Alice me mandou uma mensagem pedindo pra me encontrar na casa da Jen.

— Como ela está? — Minha irmã pergunta assim que eu entro e me abraça

— Fraca e desacordada, mas deve despertar logo — Falo e Alice vem me abraçar

— Ela vai ficar bem — Diz

— Descobriu alguma coisa sobre a bebê? — Pergunto e ela sorri

— Ela tem os olhos da mãe — Fala e sinto um alívio — Quando a gente chegou lá, a casa estava vazia e ela chorando, os vizinhos disseram que era sempre assim, a própria sogra confessou tudo, disse que Lalisa tirou o filho dela, então fez o mesmo

— Onde ela está?

— Ela nasceu um mês antes do que deveria, não cuidavam dela direito então está bem magrinha e gripada — Fala

— Rosie está amamentando ela — Jen fala sorrindo — Estava — Se corrige vendo a esposa descer as escadas

— Foi aqui que pediram uma linda menina? — Pergunta sorrindo e vem até mim, Alice estava certa, ela tem os olhos da mãe

Peguei ela da Rosie, a pequena dormia tranquilamente.

— Obrigada, Rosie — Fali

— Não precisa agradecer, estou tendo muito leite por causa da Evie — Fala enquanto eu admiro a pequena em meus braços

— Nós vamos cuidar dela até a Lisa poder fazer isso — Jen fala

— Vocês não precisam..

— A gente sabe — Rosie fala

— E eu vou ajudar elas, você fica com a sua mulher — Alice fala e eu reviro os olhos sorrindo

— Ela é linda — Falo

Fiquei mais alguns minutos ali antes de voltar pro hospital. A mais nova ainda dormia, mas parecia tranquila, só acordou no dia seguinte, quase dois dias depois de ser encontrada.

— Tá tudo bem — Murmuro

— Tá chorando por que então? — Implica quase em um sussurro

— Cala a boca — Falo sorrindo entre as lágrimas — Desculpa, não devia ter te deixado

— Eu já to bem grandinha, mas aquela puta desgraçada me pegou desprevenida — Fala e eu rio

Chamei o médico que não demorou a vir examiná-la, Lalisa não sossegou até beber água e ficou reclamando com o coitado por não deixar ela comer primeiro.

— Pobre médico, acho que ele não foi treinado pra lidar com a esquentadinha — Falo e ela revira os olhos  — Como está?

— Com dor e fome

— Já vão trazer a comida, mais tarde vamos conversar, mas depois que comer quero que descanse

— Como se eu pudesse sair dessa cama — Fala — Eu não gosto de hospitais

— Você vai receber alta logo e eu vou ficar cuidando de você

— Vai dividir suas camisetas?

— Não sei se sou tão bondosa — Digo e ela revira os olhos, dou um beijo em sua testa e sorrio, finalmente podia relaxar

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