Amor, Doce amor ( Taekook - vkook)

capítulo 2: Um Agadecimento Doce.

Taehyung acordou perto do meio-dia. Mas, passou um tempo encarando a cadeira da sua escrivaninha na qual, Jungkook se sentou na noite passada. Seu olfato buscou pelo cheiro dele, mas não havia um único rastro e isso o deixou triste. Queria sentir o cheiro, porque ontem soube que naquele alfa, somente aquele — além do seu pai — podia confiar. Nunca tinha sentido aquilo.

Ele era um jovem omega de apenas 19 anos, filho único e seus pais sempre cuidaram muito bem de si.

No passado Taehyung era alegre, gentil e de fácil comunicação, costumava ter muitos amigos. Uma pequena borboletinha social apesar de nunca ter se relacionado com um alfa. Seus pais eram muito zelosos. Quando terminou o ensino médio ingressou em uma faculdade na cidade vizinha, era um novo mundo e uma aventura.

Conheceu Levi, o alfa agressor do seu relacionamento, nos corredores da faculdade. Taehyung nunca poderia imaginar que seria tão maltratado por aquelas mãos e o dono do sorriso mais gentil do campus. O Jovem ômega viveu o inferno, pouco a pouco Levi o destruía e seu comportamento mudava. Começou cortando laços de amizades, saindo para menos lugares, mudando seu estilo de roupa — para esconder os hematomas das agressões físicas —, o semblante alegre se transformou em um doloroso olhar inquietante e medroso causado pelos abusos psicológicos. Quando reencontrou os pais, eles quase não o reconheceram, a luz que era Taehyung havia apagado.

Levantou-se fazendo toda a sua rotina matinal de arrumar a cama, tomar banho e escovar os dentes. Quando de frente ao espelho, Kim se sentia desconfortável, seu corpo marcado por cicatrizes, que ao serem vistas abriam as cicatrizes das feridas do seu coração. Um dia Taehyung se achava bonito, mas, depois de tudo não conseguia encontrar uma grama de beleza naquele corpo que foi tão maltratado por palavras e toques de falso amor.

Tocou no ferimento em cicatrização em seu pescoço, Levi quase o marcou, foi — sem dúvidas — o pior dia da vida de Taehyung. Alguns hematomas ainda estavam sendo curados, mas, ele não tinha muitas esperanças que os que estavam no seu coração ganhassem o mesmo caminho.

Quando aquele alfa roubou seu corpo, invadindo e o machucando, destruindo qualquer esperança que poderia ter, Tae sentia que tinha morrido naquele instante. Apanhou tanto naquele dia que acordou no hospital, fora tão terrível que nem sabia como tinha sobrevivido aquela noite infernal.

Vestiu um grande moletom de gola alta e uma calça folgada. Não era um estilo despojado, era apenas Taehyung tentando se esconder e passar despercebido. Ao chegar na cozinha seus pais estavam conversando e eles falavam " Jungkook " e "Jungkook " o que deixou Taehyung acuado pelo nome do alfa.

— Ele é um bom rapaz, minha amiga disse que seu filho entrou no cio durante a aula e Jungkook o protegeu e o mandou para o hospital — sua mãe disse e Taehyung arregalou os olhos, Jungkook não tinha feito nada? mas se lembrava que ele tinha dito que era um alfa dominante e mesmo assim tinha se controlado daquela maneira.

— Temos uma dívida de gratidão pelo acontecimento de ontem — seu pai disse, o fazendo se sentir culpado pelo transtorno.

Entrou na cozinha de cabeça baixa, encolhido, porque seu corpo não conseguia evitar, os traumas eram dolorosos demais. Isso deixava os pais de Taehyung se sentindo culpados pelo o que aconteceu. Como não perceberam o que estava acontecendo antes? mas, como poderiam saber se Tae nunca os contou.

O ômega sentou na mesa enquanto seus pais conversavam, os comprimentou baixo, iniciando sua refeição. Queria agradecer de alguma maneira a Jungkook pela a ajuda. Ainda tinha medo dele, não conseguia evitar de entrar em pânico mesmo que tentasse dizer a si mesmo que Jungkook não era perigoso, mas, sua mente o lembrava que Levi também não era.

— Taehyung porque você não cozinha biscoitos como agradecimento para o Jungkook — sua mãe disse, fazendo com que o jovem Kim olhasse para ela. Mordeu o lábio inferior apertando o garfo nas mãos.