Capítulo 18 pós cio e a primeira lua minguante

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Taehyung acordou primeiro naquela manhã. Ele se esticou na cama, sentindo um peso na sua cintura, olhou sobre o ombro achando Jungkook dormindo. O alfa parecia extremamente cansado, naquele instante flashes de memória sobre os acontecimentos do seu cio pesaram na sua cabeça, e a culpa o invadiu.

Deixando o alfa para trás, escapou do ninho na ponta dos pés para dentro do banheiro. Trancando a porta, Tae sentou no chão, cobrindo o rosto. Seus caninos doíam e era desconfortável. Abraçou os joelhos e estava triste. Uma tristeza pós cio devido a frustração do seu lobo e a de si mesmo.

Taehyung queria uma liberdade, ele aceitou namorar com o alfa porque gostava de Jungkook. Porém, agora que seu cio foi embora e a racionalidade pesou sobre sua mente, o ômega não sabia se ele deveria ter aceitado, porque apesar de amar Jungkook, o jovem ômega não conseguia fazer muitas coisas.

Estava terrivelmente envergonhado pela forma que estava agindo, todo dengoso e mimado. Puxou os cabelos corando ao se lembrar dos seus sussurros dengosos no ouvido de Jungkook pedindo algo, ou de suas falas manhosas e seus biquinhos tristes. Perguntou-se Jungkook o achava infantil e criança. Queria parecer mais velho e responsável, mas, conseguiu fazer justamente o oposto.

Porém, não era culpa de Tae, apesar do seu lobo não ter se manifestado, ele descobriu maneiras de prender a atenção de Jungkook e usou elas ao seu favor. Se agir dengoso e fofo fazia o alfa olhar para ele, foi assim que seus extintos agiram para prender a atenção do alfa dominante.

Estava resmungando consigo mesmo sobre suas atitudes e sua vergonha, que se assustou quando Jungkook bateu na porta.

— Anjo? — a voz do alfa fez Tae ter mini surtos. Como ele olharia para o alfa?! — Está tudo bem aí?

Os olhos esbugalhados de Taehyung e seu coração acelerado fazia sua mente girar várias vezes em desespero.

— Tae? Você não está bem, meu amor, quer que eu entre?

— E-eu tô bem, Gu! — esganiçou assustado, o que não colaborou com nada. O ômega correu para trás da cortina do boxe quando Jungkook abriu a porta.

— Anjo? Porque está escondido aí? — Jungkook perguntou confuso. Será que seu omegazinho ainda estava no cio? — Tae?

O ômega arfou apertando as pontas dos dedos.

— Eu... eu preciso de privacidade, Gu! — falou tão vermelho de vergonha. Os pés do alfa pararam no lugar antes que chegasse ao boxe.

— Tudo bem... eu vou estar no quarto, ok?

— S-sim... ah! — gritou quando Jungkook puxou a cortina do boxe, olhando pro ômega — Gu! Não! Não me olhe — falou envergonhado cobrindo o rosto.

— Meu amor, você sabe que consigo identificar suas emoções pelo o seu cheiro? — Jungkook falou em um suspiro — Eu pensei... pensei que já tínhamos pulado esse degrau — confessou apreensivo.

Taehyung o olhou entre seus dedinhos, envergonhado e tímido.

— Estou com vergonha — confessou e ouviu o alto suspiro do alfa. Jungkook coçou a nuca, lambeu os lábios.

Ah... o pós cio e toda a vergonha e timidez que ele trás.

— Eu... E-eu também fico diferente no meu cio — confessou olhando para seu ômegazinho. — Quer dizer... já faz um tempo que eu não entro no cio porque uso inibidores...

Taehyung olhava atentamente para o alfa, percebendo quando as bochechas de Jungkook foram ficando rosadas e o alfa todo atrapalhado.

— Bem... eu... você sabe... sou um alfa dominante— Jungkook engasgou as palavras, incerto de falar aquilo. Será que estava tudo bem falar para seu pequeno ômega que ele era uma máquina de sexo durante o cio? além de ficar extremamente possessivo — Construo ninhos e meu... ômega não pode sair dele — sussurrou olhando para Taehyung.

Amor, Doce amor ( Taekook - vkook)Onde histórias criam vida. Descubra agora