Capitulo 4

11 0 0
                                    

Noventa e quatro. Era o numero do quarto dos VKs homens. Mas quem estava lá não eram apenas garotos, Evie e Mal também conversavam com os outros presentes.

- Então, me diga, roxinha. Qual é o seu nome, de verdade? - Pergunta Hadie

- Meu nome é Malya, mas continuem me chamando de Mal - Respondeu a garota - E você? Qual é o seu nome? - Pergunta ela.

- Hadie. Foi meu pai que escolheu. - O garoto responde - Acho que foi por isso que eles se separaram…

- O que é bondade curativa? - Exclama Evie direcionando a pergunta para Mal.

- É uma aula da fada madrinha. - Ela responde pacientemente.

- Aula nova? - Pergunta Jay, com deboche. Mas ele não foi respondido, porque a garota já não mais ouvia. A garota parecia em transe. Preocupando os filhões de vilões.

—————————– ***** –————————

Preto. Cor que significa luto. Mas também poder. É simples conseguir fazer uma ligação entre os dois, aqueles que possuem poder propagam o sentimento de luto.  Pensou Mal, antes do local, que estava um breu, se iluminar. Parecia um quarto, seu quarto. Bem, não o quarto dela, mas o sentimento era esse.

O quarto tinha uma cama dossel de solteiro de um roxo muito escuro, com as paredes da mesma cor. Duas portas estavam em uma delas, uma televisão na outra, e uma mesinha com objetos inexplicáveis na terceira. Os objetos eram tanto em degradês de azul, rosa e roxo, quanto de preto e verde, enquanto outras tinham um de apenas cor-de-rosa, mudando de claro para escuro.

E, de repente, ela ouve a si mesma chamando:

"Mãe! Pai! Está na hora do jantar."

"Oras, não vai chamar seu irmão?" Disse uma voz de garoto.

"Certo, filha" Aquela não era a voz do meu pai, Felipe.

—————————– ***** –————————

- Mal! - Grita Hadie, e ela pisca apressadamente desesperada. - Você está bem?

- Sim. Eu estou bem.- Respondeu ela - Só dormi de olhos abertos. Me desculpe.

- Não peça desculpas. - Diz Carlos rispidamente. - Não pedimos desculpas na ilha.

- Tá bom. Mas lembrem-se, vocês estão em Auradon agora.

- Nós sabemos. Mas… que tal nós te ensinarmos coisas sobre a ilha, e você nos ensina os costumes de Auradon - Diz Carlos, curioso pelos costumes daquela região.

- Certo. Nos encontramos na biblioteca.
—————————– ***** –————————

Livros e mais livros compunham a biblioteca. Carlos e Mal estavam debruçados em cima destes, mas sem nenhum tipo de conhecimento do que acontecia ás suas costas. Aos sussurros dois vultos se falavam:

- O que me diz sobre a futura rainha? - perguntou um deles.

- Ela é linda, e além do mais, muito poderosa. - Respondeu outro. -

- Observamos ela crescer… por ordens do chefe, é claro. Então vamos deixa-la em paz, ela está em boas mãos com Carlos. - E eles saem, deixando os dois dormirem pela noite toda.

- Meu deus, nós dormimos demais - Começou Mal, depois de acordar Carlos. - Está quase na hora da aula! Vamos!

- Qual sua primeira aula? - Perguntou o VK - A minha é matemática…

- Karatê. - respondeu a garota apressando o outro. - Mas depois nós podemos nos encontrar na aula de química.  Agora vamos, estamos atrasados!

- Certo. Até mais tarde… mas nós só vamos poder nos encontrar no almoço. - Disse o garoto. - Eu não tenho química hoje.
Ótimo!

—————————– ***** –————————

Aurora e Phillip passeavam pela escola Preparatória de Auradon, procurando pela sala da diretora. O casal fazia frequentemente visitas à Fada Madrinha, e não por causa de obrigações reais, e sim porque Malya vivia pregando peças em todas as meninas do colégio, menos suas amigas.

- Entrem. Entrem. - Disse a fada - Dessa vez não é sobre Mal. É sobre Audrey. Ela vem andando com más companhias, estou preocupada com isso…

- Quem? Digo… com quem ela está andando? - Perguntou o pai.

- Belinda, filha da Flora… eu sei que as suas famílias são próximas, mas caso o relacionamento delas piore as notas da Audrey eu irei tomar medidas drásticas.

- E sobre Malya? Ela está bem? - Perguntou a Bela Adormecida. -  Como estão as notas dela? E o comportamento?

- Ela anda bem… fez amizades com os filhos de vilões que acabaram de chegar, suas notas são excelentes, exceto em matemática… e algumas “pegadinhas” que ela faz, mas tudo sob controle.

—————————– ***** –————————

Símbolo de poder do deus grego do submundo, o fogo azul transmite um calor inigualável, não era quente, nem frio. Mas, quando usado para atacar, queimavam até mesmo o mais forte dos homens. O azul simbolizava a misticidade de Hades, o fogo, mostrava o medo que ele impunha em todos que atravessavam seu caminho. Menos nela. Malévola, por vezes observava aquele fogo, se sentia bem naquela fogueira.

Mas de repente a fogueira se incendiou quente demais. E as queimaduras dentro dela surgiram e não desapareceram.

Me diga, meu amor… por que me deixaste assim? Sem mais nem menos? Me deixou de amar? pensava a vilã, saudosista, antes de se recompor, e voltar a ler.

—————————– ***** –————————

O Olho de Dragão. Símbolo de vingança e autoridade. Feito por um galho de árvore, para possibilitar o andar de uma fada poderosa. Com o comprimento de dois metros, feito madeira preta, o final em uma fênix e em suas asas repousa um orbe verde brilhante. Ao tocá-lo o corpo de Hades ficava em chamas, os fogos em seus cabelos se iluminavam e as íris de seus olhos ficavam mais claros. Coisas que só aconteciam em contato com a Brasa.

Mas, depois da perda da primogênita, a chama se apagou. E o frio se alastrou não só por dentro do deus, mas no relacionamento entre os dois.

- Explique-me, minha grande Mal, por que és assim? Por que mudaste tanto, assim, do nada? Me expulsou de seu coração? Hades fazia essas questões para si mesmo.

—————————– ***** –———————

Os cabelos roxos estavam espalhados pela cama enquanto Mal lia. Viajando em sua própria cabeça, a princesa não retornava ao mundo real nem mesmo pelo barulho de água escorrendo no banheiro. O romance policial tinha como personagem principal uma garota, que tinha descendência demoníaca e tinha dois anos quando foi capturada pelos anjos, a história se inicia quando o irmão e alguns dos amigos dele chegam em Navarra - terra dos anjos - por convite do principe herdeiro.

- Mal. Mal. - Evie tentava despertar a outra - Malya Bertha! - disse a garota, assustando á outra.
Oi? - Ela sai de dentro da história. - Me chamou?

- Sim! - A azulada exclamou - Te chamei umas mil vezes!
Desculpe-me. O que você queria?

- Nunca se desculpe. - Lembrou a vilã - Vamos fazer um dia de garotas! Mas antes, vá tomar banho. Você fede. - Ela torce o nariz, brincando.

—————————– ***** –———————

Número de palavras: 1067

Feliz Dois Mil e Vinte e Três!!

Princesa ou vilã?Onde histórias criam vida. Descubra agora