Os cabelos azuis brilhavam por sua raiva, combinando com seus olhos verdes e sua pele clara. Hadie, naquele momento brigava com sua mãe:
- Mamãe! Você sabe que eu não gosto de ler! - Mesmo sendo muito inteligente, o garoto não suportava os livros
- Mas você não gostava de magia? - Isso magoou um pouco Malévola, mas ela logo transformou em irritação, então antes mesmo do garoto responder ela gritou - Chega! Hadie Bertho! Leia o livro!
- Está bem! - Disse o garoto cedendo, depois de muito tempo naquela discussão. - Mas eu estou saindo! - Ele se direcionou,correndo, para o local em que ele chamava de “Meu Canto”. Aquele era o único local onde o garoto se libertava, na maioria das vezes, cantando. Mas também, era o lugar que ele analisava algumas pistas sobre o desaparecimento de sua irmã Malya, não acreditava que era mera coincidencia. - Tchau!
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O quadro pendurado naquele local não retinha muitas informações. Só tinha uma data, um maço de cabelo roxo, três nomes e alguns desenhos mal feitos.
Mas para Hadie, aquilo era muito importante. Mesmo sem conhecer sua irmã, o garoto já tinha algum afeto pela garota. O garoto quase sempre tinha sonhos com sua irmã. Às vezes sonhava que os dois estavam em uma cachoeira, onde, ele supunha, que era Auradon. Em outros, os dois corriam e roubavam na Ilha dos Perdidos. O filho de Hades desejava que esses sonhos, um dia, se tornassem realidade e eles se divertiram juntos.
Observando aquele painel, ele adicionou mais uma “pista”, pelas primeiras palavras daquele livro. No cartão via-se: Malya é mais poderosa, por ser a primogênita. E, afinal, a coroa sempre era passada para a primeira. Foi por essa descoberta que o fez correr em direção a biblioteca, queria saber se ele poderia detectá-la por sua aura mágica.
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Os milhares de livros naquele local davam ânsia à Hadie. O garoto odiava qualquer coisa que possuísse palavras e páginas. E não só isso, as garotas pelo caminho suspiravam simplesmente por sua presença o irritava.
Sua beleza, acentuada por suas roupas de couro em azul, tanto escuro, quanto claro. Seu cabelo,ora escuro, ora claro, tinha um corte em forma de raio no lado da cabeça, símbolo de Zeus - feito para irritar seu pai, Hades. Fazia com que todas suspirarem e implorarem por sua atenção. Ignoradas. Hadie, além de belo, era poderoso, o “sonho de consumo” de muitas garotas da Ilha dos Perdidos.
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Evie sempre foi mais bela do que a rainha Má nunca fora. E era por isso as constantes brigas que mãe e filha sempre travam. E que acabavam na mais nova em prantos, fugindo para o salão Midnight. Buscando refugio, Evie sempre estava lá, desenhando roupas e vestidos. E mesmo com as lágrimas molhando o desenho, Evie permanecia desenhando. Quando ela se cansa daquela atividade, costura aquilo que estava em seu caderno.
A garota, era exímia naquele processo. Sonhando em, um dia, usá-los como princesa em Auradon.
Evie sabia que a Ilha dos Perdidos não era para ela. Entre os piores lugares para se morar, as comidas podres, a personalidade questionável dos moradores e a precaridade estavam sempre lá presentes e protuberantes, o local não era apropriado para uma dama como ela.
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- Mesmo depois de todos esses anos… - disse Hadie, fazendo Evie sobressaltar - Você permanece previsível. O mesmo esconderijo, E? Sério?
-Claro. Por que não? Quem me atacaria sem que eu revide, H? - Disse a garota, irritada com a superproteção do mais velho. Que, sem outra palavra, puxou a garota por toda Ilha, até o “Prédio”.
O prédio era a maior construção daquele local, com seus cinco andares todos eram pertencentes aos VKs. Mas o local requerido à dupla era o quinto andar, onde os outros dois participantes do grupo aguavam-os.
- Sabia que em Auradon existem melões? -disse Jay - Eles são pequenos e verde claro.
- Serio? - respondeu Carlos animadamente. - Eu quero experimentar!- Só tem em Auradon, seu bocó.
Discussões eram constantes na relação dos dois amigos, sendo sempre observados pelos outros dois, que às vezes riam e comentavam a cena. Mas naquele momento Hadie queria falar seu plano:Vamos parar vocês dois! - gritou o azulado parando os amigos - Continuando… eu chamei vocês aqui para explicar mais algumas coisas sobre o plano PM ao quadrado - O garoto logo recebeu a atenção dos outros dois - Na parte de PM8 e PM5. Eu estava lendo… - O garoto disse esperando não ser interrompido, mas foi.
- Você? Lendo? Que piada! - Disse Evie. E os risos dos outros a acompanharam.
- Eu só li a primeira linha. - Disse ele esperando continuar.
- Isso faz mais sentido. - Disse Jay
- Continuando! - Hadie gritou. - Eu descobri que Malya, provavelmente, tem mais poder mágico do que eu. Porque ela é a primogênita. C, eu preciso que você pesquise o por que disso. - E como o filho do deus grego era o líder, o outro garoto acatou a ordem. - E, você me acompanha para vermos se podemos encontrá-la por meio da tecnica IVPA.
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Conhecido por sua mãe e por sua inteligência em tecnologia, Carlos de Vil era um dos poucos filhos de vilões que diziam o nome de sua origem vilanesca, logo após sua apresentação. Seu nome já o revelava. O garoto, que no momento, pesquisava em alguns livros ouviu um chamado por sua mãe:
- Carlos! - gritou a vilã com a voz esganiçada. Fazendo o garoto se levantar de sua casinha na árvore, a contragosto. - Você já lavou a louça? E as roupas? Você ainda não massageou meus pés.
- Já fiz tudo isso mamãe. A massagem é só às 16h. - gritou o garoto em resposta
Eu adiantei! - Mas o garoto, não mais ouvia, pois havia corrido para longe de sua casa.Carlos era o VK mais subestimado do quarteto. Mesmo com seus roubos e furtos constantes, era o único que o progenitor não era mágico. Mas isso não o impedia de ser um dos mais poderosos na Ilha dos Perdidos.
O uso do preto e Branco em suas vestes de couro e em seus cabelos, seu senso de moda, sua inteligência eram quase como sua marca registrada. O garoto era um curioso irreparável, facilmente tinha lido todos os livros da biblioteca. Inteligente como um todo, seu maior interesse era magia e tecnologia, porém ele queria unir essas duas areas.
E, por sua correria e seus pensamentos, acabou trombando com seu amigo, Jay.
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Oportunista. Ladrão. Vagabundo. Eram as palavras mais usadas para descrever Jay, a que ele mais concordava era “oportunista”, afinal o garoto sabia aproveitar uma oportunidade. E sempre conseguia se desviar dos Pacificadores - pessoas determinadas para manter a Ilha em paz interna, eles, na verdade, sempre conversavam com os VKs.
Correndo pela rua e batendo algumas carteiras, Jay se tromba com Carlos:
Olhe por onde anda! - Disse o garoto e, ao ver quem era aquele com quem se trombou, completou - Carlos! Você não estava em casa? - Pergunta o mais velho. Segurando o outro para ele não cair.
- Estava, mas mamãe adiantou a massagem nos pés dela. - Disse Carlos com nojo. - E ela tem muitos calos e nunca limpa eles!
- Ew. Vem comigo para minha casa. - E puxou o garoto por toda a Ilha, até sua casa.- Jay! Você chegou! - Disse Jafar animadamente, que, ao ver Carlos, resmungou - E trouxe um amigo.
Ficaremos no meu quarto. Quietos. - Disse Jay olhando para o pai, que riu um pouco. - Tchau.
Foi na subida com as escadas rangendo, Jafar vendendo objetos roubados e o quarto precário. Jay ouviu:- Estamos mesmo presos na Ilha com nossos pais, não é?- O outro não soube responder.
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Número de palavras: 1252
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Princesa ou vilã?
Fiksi PenggemarSeis anos após o "bem" e o "mal" serem separados. Aurora decide visitar sua madrinha na Ilha dos perdidos. E,ainda, queria salvar a filha mais velha da mesma. Anos se passaram e a menina já não era mais criança. E, quando ela tinha dezesseis, a ado...