-- 👁 -- velhos amigos -- 👁 --

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Sexta-feira, 26 de janeiro de 2000

Vazio-ala .74-18:00pm

Uma jovem de longo cabelo ruivo preso em um coque, usando vestimentas escuras, aparenta estar só, em uma espécie de quarto.
Ela estava imersa em seus pensamentos, acordando para a vida ao ouvir a porta tocar.

???????:-Santa?

Santa:-Melahel, pode entrar._Ela olhava para a porta enquanto permanecia sentada em sua cama. Logo seu "colega de trabalho" entrou, fechando a porta em seguida.

Melahel:-Você acertou outra vez.

A mulher sorriu gentilmente, sinalizando para que o rapaz se sentasse ao seu lado.

Santa:-Eu reconheceria essa sua voz de sirigaita em qualquer lugar amigo.

Melahel:-Sirigaita?_Ele sentou na cama colocando a mão sobre a boca, como se estivesse surpreso_ minha querida, eu tenho a voz de um anjo, mas, o que você. Estava fazendo?

Santa:-Nada, apenas pensando.

Melahel:-Sobre o quê?

Santa:-Sobre algo que não é do seu interesse, bobinho_Ela sorriu apertando uma das bochechas do rapaz.

Melahel:-Ora, se eu estou perguntando, é porque eu tenho interesse.

Santa:-De qualquer modo, eu não irei te contar.

Ela se levantou e foi até uma escrivaninha, recolhendo algumas folhas espalhadas pela mesa.

Melahel:-É sobre o Kenny? Não o vejo faz um tempo.

Santa tentava parecer o mais tranquila possível.

Santa:-... Não.

Melahel:-Ha, sabia, onde ele tá?

Santa:-Eu disse que não era sobre ele.

Ela se virou para olhar o rapaz nos olhos, tentando parecer o mais seria possível, ele apenas deu um sorriso e se levantou.

Melahel:-Não pode mentir para mim, sabe que eu tenho uma intuição muito afiada._Ele disse orgulhoso enquanto colocava as mãos na cintura_O que aconteceu com ele? Prometo não contar para ninguém.

Santa suspirou e se apoiou na escrivaninha.

Santa:-Tudo bem, eu conto.

oOo

Eram quase sete horas enquanto Light ainda caminhava de volta para casa, as ruas do centro não estavam tão movimentadas por ser um dia útil.
O loiro havia carregado seu "amigo" por um tempo considerável para que seus braços estivessem cansados, não era o melhor momento para que Morte finalmente conseguisse dormir bem.
"-Que droga, eu estou começando a me arrepender de não ter te deixado naquele banco, maluco." Light disse, com um pingo de esperança que Morte acordasse, sem sucesso, ele apenas arrumou um pouco o outro rapaz no seu colo para que fosse mais fácil carregar.

Não era a intenção de Light que Morte ficasse tão mais para cima com aquele movimento, ele podia sentir o rosto do moreno perto do seu pescoço, sentiria a respiração se ele ainda fizesse isso.
"-Sua pele é bem gelada né... Me lembra de quando minha mãe me levava nos velórios e me obrigava por a mão sobre as mãos do defunto para se despedir, ugh, odeio velórios, é tão bad vibes... Como sera que foi o seu velório? Você ainda se lembra da sua família?"
Light falava para si mesmo enquanto olhava para o rosto de Kenny, este que estava contra seu pescoço e peito.
O loiro começou a reparar nos detalhes do rosto de seu adormecido ceifador, desde os mais aparentes detalhes até aos que você precisa estar realmente perto para ver.
"Essas cicatrizes nos seus olhos, devem ter doído muito... Como você morreu afinal?" pensava o maior. Quando menos se deu conta, já estava na porta de sua saudosa casa, com cuidado para não derrubar Kenny ele se agachou e pegou a chave de baixo de um pequeno vaso de plantas.
Light destrancou a porta e adentrou a casa.

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