27 | o seonghwa atacou-me

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— Vamos ver então. — Ela disse, então se afastando do Kim, entrando em sua casa. Olhou para trás, vendo que o mais velho ainda se encontrava lá, e com isso, respirou fundo. — Isso não me fez mudar de ideias, e me perdoe por isso, mas é para a vossa proteção. — Disse baixinho, voltando para seu quarto e vendo que Wonyoung estava melhorzinha, no colo do pai, que estava sentando na cama, enquanto cantava uma musiquinha de embalar para ela. Sentando-se ao lado do namorado, ela olhou a filha, dando um pequeno sorriso.

— Você acha mesmo que ela vai ser sobrenatural?

— Eu sinto. — Ela tocou a mãozinha pequenina, percebendo que estava gelada, e isso a fez pensar seriamente. Não era possível que ela tivesse poder de gelo, era? Talvez não, pois acreditaria-se que a mão da Osaki congelaria. Era algo novo, ainda não se sabia, podia até ser uma completa humana, mas a mãe sentia que ela era sobrenatural.

[...]

Eram certa de cinco da manhã e Bia estava acordada. Fingiu dormir até que todos estivessem dormindo, e então assim que se viu livre, usou seu poder de invisibilidade e saiu do quarto sem fazer barulho algum, andando entre os corredores até chegar ao quarto de Hongjoong, que dormia abraçado ao seu corpo, enquanto Seonghwa tinha caído da cama, mas continuava dormindo. Ela riu fraco, vendo o quão anjinho ele parecia ao dormir, mas isso não a fez recuar. Levantou-o e mesmo temendo que ele acordasse, não lhe colocou nada tapando a boca, pelo contrário, tirou-o do quarto daquele jeito, deixando de usar seu poder e o levando de novo para o sótão, jogando-o no chão e foi enquanto que ele acordou, por conta do impacto.

— Hon... — Ela riu fraco, fechando a porta e ignorando o frio do local, vendo o Park se encolher ao ver sua silhueta. — Você não é o Hongjoong.

— E muito menos quero ser. — Pegou-o pelos cabelos, puxando-os. — Eu lembro de tudo o que você me disse e não te perdoo, eu quero ver você morrer e se Deus quiser, é hoje e ninguém vai dar por ela. Irei deixar na cara que você se matou para provocar menos dor ao Hongjoong. Ninguém vai querer saber da sua morte depois pois não fazem autópsia a sobrenaturais, e eu nunca serei culpada por matar um dos meus. — Seonghwa se encolheu ainda mais, mas antes, ele lembrou das palavras de Hongjoong, que antes de dormir ele tinha lhe falado.

Flashback on
— Se ela tentar te atacar, use seu poder.

— Eu... Não... — Disse fraco, não conseguindo falar muitas palavras, mas o Kim entendia.

— Use seu poder contra as mãos dela. Não irá provocar tanto dano quanto na cabeça ou no coração. Em algum momento ataque ela dessa maneira, pois assim, irão ainda para cima dela, e eu temo pela segurança dela, pois todos estão contra ela. Mesmo que nós tenhamos razão, é muita gente contra uma só pessoa, e temo que possam machucar ela. Não quero que ninguém se machuque.

— Mas eu... Eu vou machucar.

— É para a sua proteção. Além de que, depois passa. Se você não fizer isso, você pode morrer, sobretudo se eu não estiver lá te protegendo.

— Tudo bem... — Hongjoong abraçou o corpo maior do Park, respirando fundo.

— Por favor, não deixem te matar... Eu prometo te proteger a todo custo, mas tenho medo de te fazerem mal quando eu estiver dormindo.

Flashback off

— Eu não te quero fazer mal. — O Park disse, tirando discretamente sua luva que Hongjoong tinha colocado em si, vendo a garota largar seus cabelos e o jogar para trás.

— Que pena. Eu quero. Eu quero você morto. E para acharem que é suicídio, eu não vou te dar uma morte rápida. Quero ver você sofrer como eu já sofri na mãos de imbecis que nem você era quando humano e eu não quero saber se o Hongjoong te salvou, eu nunca daria meu poder a alguém como você. Nunca! — Procurando algo cortante pelo sótão, Seonghwa teve a oportunidade perfeita de se levantar, e assim que a garota se virou, a mão do Park estava apontada para si. — Não torne as coisas mais difíceis, Seonghwa.

— Desculpa. — Ele disse, sentindo lágrimas saindo por seus olhos. — Mas ele me disse que era para minha proteção. — E então, ele lançou gelo para a mão dela, tirando o objeto cortante da mesma, e ao ver a garota se baixando e tentando não gritar de dor, ele saiu dali com as forças que ainda tinha, tentando não fazer barulho enquanto corria pelo corredor, tentando sair dali. Hongjoong estava dormindo, não o conseguia salvar, ele teve que fazer o que ele disse, mas ele não se sentia seguro ali, então preferiu sair daquela casa. Bia usou seu poder, mesmo com dor, procurando o Park, perdendo-o de vista quando ele se enfiou numa esquina.

Procurou-o o resto da noite até amanhecer, indo até casa e dando um grito, assim acordando todos. Se não conseguiu matar Seonghwa, pelo menos iria fazer os da casa ficarem contra ele quanto ao que aconteceu com a sua mão, que novamente estava congelada, igual no outro dia que pegou uma luva de Hongjoong.

— Bia, o que se passa!? — A mais nova chorava novamente como naquele dia. Aguentar aquela dor enquanto procurava Seonghwa já era demais, e quando chegou a casa, não aguentou e chorou ainda mais. Era doloroso, mas mesmo assim não iria parar com o seu plano.

— O Seong... — Wooyoung rapidamente a pegou no colo estilo de noiva, levando-a até à sala e sentando-se com ela no colo no sofás. Hongjoong sentia que sabia o que tinha se passado, então apenas se manteve calado. — O Seonghwa atacou-me.

— O quê!? — O Jung rapidamente olhou o Kim. — Hongjoong, me explique como isto aconteceu!

— Eu não sei de nada.

— Como não sabe!?

— Apenas sei que a sua namorada quer matar ele. E ele deve ter se protegido.

— Eu não fiz nada!

— O que o Hongjoong disse é verdade. — San disse, assim que se meteu mais a parte do assunto já que tinha acabado de chegar ao cómodo.

— Mas eu falei com o Hongjoong, eu decidi não fazer mais nada. Desculpem tudo o que eu falei e pensei fazer. Eu não estava bem da cabeça. — Se enroscou no corpo do Jung, sentindo o olhar de Hongjoong em si.

— Eu não acredito em você.

— Hongjoong, eu estou falando verdade.

— É, Hongjoong, se ela não estivesse falando verdade, não acha que eu conseguiria ver?

— Cala a boca, Wooyoung. Ela está mentindo.

— Hongjoong, para. — Wooyoung pede.

— Onde está o Seonghwa?

— Não sei... Ele atacou-me e fugiu.

— ONDE ESTÁ O SEONGHWA? — Desta vez ele gritou, e não foi diferente da mais nova.

— EU JÁ DISSE QUE NÃO SEI! ELE ATACOU-ME E FUGIU, HONGJOONG!

— Você atacou ele!

— Não ataquei!

— Pare de mentir, Bia!

— EU JÁ DISSE QUE NÃO FIZ NADA A ELE!

— Então porque ele te atacaria?

— Você deve ter metido coisas na cabeça dele!

— Eu não meti nada!

— Hongjoong, Bia, parem os dois! — Wooyoung pede mais uma vez, vendo a garota chorar ainda mais. — Precisamos curar ela, eu não a consigo ver assim.

Frozen boy | seongjoongOnde histórias criam vida. Descubra agora