34 | em segurança

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— Bem. Vocês podem ficar aqui. Mas se ela vos encontrar, eu não me garanto do que lhe possa acontecer. — Jongho fala, encarando os demais. — E vocês não me podem impedir.

Seonghwa ainda dormia no cómodo. Yuta acaba entrando, dando algo para comer a Hongjoong, que até então não tinha comido nada.

— Não vou impedir você. — Hongjoong fala, pegando uma porção da comida do Nakamoto, elogiando seus dotes para culinária.

— E sabe, tem outra pessoa que quer matar ela. Alguém se revoltou completamente. — Yuta acaba falando.

— Yeosang. Eu já sei dessa história. Muita gente está a ficar contra a Bia e isto não vai ser bom para ela. O que antes todos a esqueciam, ela está a virar o centro das atenções. Tudo por algo que podia ser evitado.

— A culpa é minha, sinceramente. Fui eu que dei o poder ao Seonghwa para ele não morrer. Eu já o tinha atingido na cabeça. Mas daquela vez, foi no seu coração.

— Foi por defesa. Não pode se culpar. Mesmo que eu te julgue ainda um pouco, mas se o Seonghwa virou sobrenatural, será completamente ridículo continuar a ignorá-lo. Não é a primeira vez que eu vejo darem um poder a um humano para ele não morrer. E todas as vezes foi por amor.

— Eu não dei o poder ao Seonghwa por amor.

— Então porque salvou o Seonghwa? — Hongjoong sentiu um tremendo peso nessa pergunta, mas na verdade, apenas se sentiu dessa forma porque não sabia exatamente porque diabos ele salvou Seonghwa. Se não foi por amor ou algo do género, qual explicação ele teria?

Não tinha. Ele não sabia. E nunca parou para pensar sobre.

[...]

Uns minutos se passaram e tanto Jongho como Yuta continuavam encarando Hongjoong, esperando uma resposta.

— Vocês ainda estão esperando a minha resposta? É que estou me sentindo pressionado.

— Realmente esperava. Nunca ouvi outra explicação e gostava de ouvir.

— Eu nunca pensei sobre isso. Talvez porque eu nunca odiei de facto humanos, porque eu sempre quis ser um. Talvez tenha sido isso. Não sei. Realmente não sei.

— Bem, se fosse Yuta faria por amor. Gosto mais da sua explicação. Acho mais plausível embora você seja da bela minoria que deseja ser um humano. Olhe, eu sei que você agora é um, e talvez esteja a pensar o contrário de mim, mas ser humano não te vale de nada. Apenas tem permissão para nos matar. Tipo, você salvou alguém o tornando sobrenatural, dando-lhe o seu poder. Como se sente ao saber que não será prejudicado se matar um mesmo não sendo ele?

— Eu acredito que haja pessoas boas.

— Eu realmente queria te entender. Mas não consigo. — Jongho respira fundo. — Mas eu fico feliz que esteja feliz, e que tenha salvo alguém sem ser por amor. Empatia também é muito importante, sobretudo para um humano, já que mal a têm.

— Obrigado.

— Vamos os deixar a sós. Seonghwa abriu os olhos. Pode ficar com medo ao ver-nos. — Yuta disse e Jongho assentiu, saindo junto dele do cómodo, deixando Hongjoong e Seonghwa sozinhos.

O Park faz uma expressão de dor e isso alerta Hongjoong, rapidamente olhando para ele e levando sua mão até à mão do maior.

— Está tudo bem? Está doendo algo? Onde dói?

— Meu peito. — Disse fraco, olhando a mão do Kim e rapidamente se separando ao ver pequenos flocos de neve se instalarem na mão quente. — Não me toque. Não quero te machucar.

— Não, você não precisa se preocupar. Você pode me machucar se isso fizer você se sentir melhor.

— Não. Não quero. — Seonghwa se sentou na cama, ainda sentindo as mesmas dores no peito. — Também me dói a cabeça.

— Vou pegar algum remédio. — Antes do Kim abrir a porta e chamar Yuta ou Jongho, a voz do Park é ouvida.

— Onde nós estamos?

— Em segurança. — Hongjoong dá um sorriso, enfim chamando por alguém. 

Frozen boy | seongjoongOnde histórias criam vida. Descubra agora