Capítulo 20: A tatuagem de dragão

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As bordas de madeira do iate balançavam na medida em que as ondas do mar calmo subiam e espalhavam-se na imensidão aquática. Era como se o iate fosse um carrinho de bebê e as ondas fossem uma mãe ninando seu filhinho para que ele cessasse o berreiro no meio do parque.

Getou tirava seu relógio e o colocava na pequena mesa presente no quarto de frente para uma janela circular de vidro, podendo observar o mar enquanto o fazia. Jade estava sentada na cama do mesmo quarto, observando a tatuagem de dragão nas costas do homem, a qual era a única coisa que se via ali.

A mulher se levantou e andou até o homem, passando seus dígitos pela tinta preta. Agora o contorno todo tinha seu DNA por sua extensão.

— "Cobre as costas tooooda" — ela imitou o jeito de Mimiko falar, lembrando do dia em que o assunto surgiu quando estavam a caminho do cinema.

Suguru riu, fazendo a outra sorrir e abraçá-lo por trás, encostando seus lábios em um beijo curto na derme do mais alto. Os beijos superficiais continuaram e as mãos da mulher exploravam todo o peitoral do homem, seu abdômen definido era como uma montanha-russa para os dedos finos da mulher. A leveza em seu toque era excitante, o jeito suave em que sua mão deslizou para dentro da calça de Getou pareceu certo. Como se aquilo fosse um filme e ela seguisse o roteiro perfeitamente.

O maior fechou os olhos quando recebeu uma massagem vagarosa em seu membro, segurando os braços da mulher levemente e virando para a mesma, segurando o rosto macio dela e a beijando. Não foi péssimo quando andaram até a cama, mas quando Jade tropeçou e caiu no acolchoado com tudo, Suguru não segurou a risada e acabou levando a mulher junto.

— Não tem graça — ela teimou tentando parar de rir.

— Ei, eu ainda te acho a mulher mais linda do mundo. Mesmo tropeçando e caindo de qualquer jeito na cama.

Jade mostrou a língua para ele, que sorriu uma última vez antes de abaixar-se e beijá-la de novo. Usou as duas mãos para puxar a mulher para cima até que suas costas estivessem amassando os travesseiros de algodão e escorregou uma de suas mãos para baixo dali, abrindo o sutiã de seda rosa com os dedos. Separou seus rostos e a mulher deslizou as alças da peça pelos próprios braços, Suguru prestava atenção em cada movimento da Zenin.

Era surreal. Como a pele negra da mulher cintilava à luz do luar que pairava no céu, a maciez de suas mãos que levavam Getou ao céu cada vez que sentia seu toque, o brilho presente nos olhos pretos e redondos feito jabuticabas da mulher quando ela o olhava. O jeito em que seus olhos grandes curvavam-se quando ela sorria ou quando sua pupilas dilatavam quando ela o olhava. Jade Zenin era uma mulher surreal.

Com delicadeza, o homem caminhou com suas mãos calejadas pelas laterais do corpo da Zenin até que essas encontrassem a barra da peça íntima que faltava ser retirada dela. Antes que fizesse o que tinha vontade a tempos, a mulher foi mais rápida e abaixou as duas peças de baixo do homem de uma só vez, revelando seu membro rígido, coberto de saliva, como se ela fosse o prato mais gostoso do mundo e estivesse em frente a um leão faminto. Jade sorriu e olhou para o mais alto, seus olhos se encontraram e por um momento o mundo parou. Estava realmente acontecendo. Finalmente acontecendo.

A mulher emoldurou o rosto de Suguru com ambas as mãos e o puxou para baixo para que seus lábios se encontrassem uma outra vez numa conexão macia, molhada e gostosa. Elevou o quadril para ajudá-lo na hora de retirar sua calcinha e cruzou os braços atrás do pescoço do homem, não dando outra opção a ele além de usar seu tato para fazer a conexão.

Com uma das mãos, ele procurou a intimidade da mulher, e quando achou, usou dois dedos para espalhar seu fluído por toda a entrada, fazendo o mesmo com seu membro utilizando sua outra mão. A mulher estremeceu com o contato e mordeu o lóbulo da orelha do homem, mas ele não cedeu à provocação, continuou lubrificando ambas as intimidades até que elas estivessem prontas para deslizarem uma na outra, como uma pessoa num tobogã de um parque aquático. Acariciou a cabeça de seu pau na entrada de Jade, que gemeu manhosa e desceu um pouco o quadril, fazendo aquela parte do membro do homem deslizar para dentro de si.

O moreno gemeu com o contato e posicionou a boca no ouvido da mulher.

— Não coloquei proteção ainda — ele sussurrou com a voz fraquejando.

— Quem se importa? — ela sussurrou de volta, abaixando mais ainda o quadril, fazendo o membro de Getou aprofundar-se totalmente em seu túnel molhado e macio.

Os dois gemeram baixo, e o homem levantou o tronco — que agora estava liberto dos braços de Jade — para ver a expressão luxuriosa da mulher. As mãos dela agarravam-se cada vez mais forte a cada investida dele, e o contato visual permanecia intacto.

Era como uma dança no gelo; leve, em sincronia e perfeita da assistir. Sem nenhum defeito, nenhuma Nanako os atrapalhando ou um grito de Utahime brigando com Gojo. Eram apenas eles. Eles, um amor, duas bocas, nenhuma peça de roupa. Jade também remexia seu corpo para os encontros entre sua pelve e a do homem fossem cada vez mais fortes, estavam em sincronia e ela o faz beijá-la de novo. Suas bocas desencontravam-se diversas vezes, pois as estocadas do homem se tornavam mais fortes a medida em que o prazer de ambos aumentava. Percebendo que não conseguiriam beijar-se durante o ato, os dois deram risada e encostaram suas testas, um olhando para o outro por cima dos cílios e os corpos em seus limites.

Jade foi a primeira a deliciar-se com o gozo natural de uma transa, fechou os olhos com força e abriu a boca como se fosse gemer alto, mas não o fez, sabia que se o fizesse, a manhã do dia seguinte seria uma das mais constrangedoras de sua vida. Quando sentiu seu membro todo ser apertado pelas paredes quentes da mulher, o moreno retirou-se instantaneamente de dentro dela, tendo seu fluído esbranquiçado escorrendo para a coxa da mulher.

Ambos ficaram de olhos fechados por um tempo, processando a sensacionalidade que acabara de acontecer. Ele respirou fundo e se levantou, subindo sua calça e cueca e dirigindo-se para o banheiro para pegar um pouco de papel higiênico. Voltou ao quarto a toa, já que Jade levantou com um sorriso óbvio no rosto.

— Acha que um papelzinho vai me fazer dormir em paz? — pegou uma muda de roupa e se dirigiu ao banheiro da grande suíte.

Geto deitou-se na cama, colocando o papel em cima da pequena cômoda que havia ao lado do seu lado da cama e subiu os olhos para a aliança fina que enfeitava o móvel. A pegou em mãos e sorriu sozinho, lembrando da primeira vez em que conversou com sua namorada. Se lhe dissessem um ano atrás que estaria namorando a pior inimiga de seu melhor amigo, ele apenas responderia "Interessante, agora me deixe treinar". Jade não era mais a pior inimiga de seu melhor amigo, agora ela era sua namorada.

Moveu os olhos para a porta do banheiro e cobriu o rosto com as duas mãos para esconder suas bochechas ruborizadas e a expressão de constrangimento que tomou conta dali. A Zenin deu risada de sua reação e subiu na cama engatinhando até estar na altura que deixou ser possível ela depositar um beijo nos nós dos dedos do homem.

— Porque você sempre foi e sempre vai ser um vencedor no meu coração — a mulher citou a escrita que havia em sua camiseta do pijama, fazendo-o rir abafado atrás das mãos.


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boa noite, gente!! nessa primeira quinzena, aguardem cada vez mais atualizações dessa fic!

espero que tenham gostado desse capítulo :)

feliz ano novooo <3


𝐀𝐬 𝐞𝐬𝐭𝐫𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐭𝐚𝐦𝐛𝐞́𝐦Onde histórias criam vida. Descubra agora