03 - Oh shit!

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- Ganguezinha de merda? - Gavira se afastou de mim e o vi ficar irritado. Você está ciente do que você está dizendo? Ou melhor, você está ciente de quem nós somos? Do que nós somos capazes? Garota, eu criei tudo isso, e uma coisa que me deixa puto é alguém cagar numa criação minha, The Canadians passou a ser uma das gangues mais temidas e olha que muitos nem sabem quem realmente são os membros. Você está nos subestimando e isso é algo muito arriscado para sua vida, tem noção disso? - Um silêncio se criou, eu apenas o olhava. - HEIN PORRA, TEM NOÇÃO DISSO? SE EU TE PERGUNTAR ALGO, TU ME RESPONDE. Gavi se alterou. Depois a gente mata, e ainda é considerado crime, eu não entendo isso. -- Ele disse, totalmente "emputecido".

- O que menos importa na minha vida é essa gangue de vocês... Falei algo, finalmente.

- Você é um caso raro. Em vez de querer estar na minha cama, está me desafiando e implorando sua morte.

-Eu nunca ia querer estar na sua cama, Gavira, você é sujo, podre e de gente assim eu quero distância...- Levantei do sofá, e tentei me afastar o máximo de Gavi, mas ele me puxou com toda a força do mundo e mais uma vez a distância entre nós era mínima.

-Tem certeza? Ele disse e logo apertou minha bunda, aquilo me deixou com mais raiva ainda. - Você é gostosa. - Ele sussurrou em meu ouvido. - Podia ser mais uma das minhas vadias. - Agora ele havia extrapolando, afastei dele e com toda a coragem e força do mundo, lhe dei um tapa no rosto.

- Você está mesmo brincando com sua vida ne? Mas aproveite, porque hoje você teve sorte, não estou a fim de te matar e depois ainda ter que esconder seu corpo. Eu vou dormir, e quando eu acordar não quero mais nenhum rastro seu aqui. - Ele disse se controlando.

- Você não sabe o quanto eu estou feliz em ouvir isso. Falei indo para o famoso sofá, assim que o sol raiasse, o que não faltava muito, eu me mandaria dali.

Três dias se passaram e tudo o que havia acontecido não saía da minha cabeça, pensei até em denunciar aquela ganguezinha para a polícia, mas eles são espertos demais, eu estaria apenas moldando minha morte. Fui obrigada a pisar no meu orgulho e voltar para a casa, fiquei de castigo claro, meu pai me deu um discurso dizendo que o fato de eu ter saido de casa havia sido um exagero e blá blá blá.

Estava em minha cama, lendo algo desinteressante que havia naquelas revistas sem graças que eu adorava comprar, vai entender, a tristeza batia quando eu me lembrava que só havia mais duas semanas de férias. O telefone tocou.

- Eai putinha de GTA, já está na esquina?- Era Maya, minha melhor amiga.

- Claro, até porque minha esquina é de outro nível, tem até telefone residencial...

- Vai te foder. S/n. Você não atendia a droga do seu celular, então liguei para o telefone residencial ué.

- Ok, fala....

- vem aqui, preciso de companhia, estou me sentindo tão sozinha. Maya fez drama.

- Garanto que você não quer uma puta na sua casa. - Falei, e Maya riu.

-Puta, quem é puta? Eu falei algo? Devo ter confundido a palavra, você é uma princesa... A fiona claro. Ela me amava.

- Você tem sorte que eu gosto da Fiona, se não você estava ralada COOPER. - Ela odiava que eu a chamasse pelo seu segundo nome. - Vou tomar um banho e daqui a pouco colo aí.

A casa de Maya ficava a algumas quadras depois da minha, ainda não havia falado a ela o acontecido de três dias atrás. E nem sabia se iria falar, talvez fosse melhor eu guardar um pouco mais para mim.

Finalmente saí de casa. Enquanto caminhava tranquilamente, sem pressa alguma com os meus fones no ouvido e praticamente em outro mundo, pude observar assim que dobrei a rua (a mesma rua onde eu havia encontrado aqueles podres) uma agitação onde havia mais ou menos uns 20 garotos que formavam um circulo e no meio desse circulo humano havia algo que eu não conseguia ver direito, os garotos gritavam feito loucos, algo do tipo " Isso, bate nele." ou "Cara, você tem que reagir". E droga, quando eu vou entender que eu devo ignorar essa rua? Pensei em voltar, mas a curiosidade falou mais alto, tentei me aproximar o máximo a ponto que eles nem ligassem para mim, e porra, no meio daquele círculo humano havia dois garotos brigando.

𝐏𝐨𝐬𝐬𝐞𝐬𝐬𝐢𝐯𝐞 - 𝐏𝐚𝐛𝐥𝐨 𝐆𝐚𝐯𝐢𝐫𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora