Two

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Love is a stranger
In an open car
To tempt you in
And drive you far away

Íris? — a governanta da casa perguntou, levemente assustada ao ver os fios ruivos da garota na cozinha. Não sabia que ela estaria ali, a garota não tinha chegado no horário certo. Jung ao notar como a garota estava, se aproximou o mais rápido possível para se certificar que de que ela estava realmente bem. — Minha nossa, o que aconteceu? — as bochechas da garota estavam sem cor alguma  seus lábios batiam um contra o outro e ela parecia mais branca do que era.

—Nada...é só frio. — sussurrou, trêmula. A chuva que pegou durante o caminho da estação até a mansão tinha engrossado, mais forte do que a do dia anterior. Sem tempo de esperar o frio passar, Íris rapidamente colocou seu uniforme e começou a limpar a cozinha. — Estou bem, senhora Jung.

—Você está pálida! E trêmula, pegou essa chuva, não foi? — Jung negou fraco, e ligou p aquecedor da cozinha. — Aliás, Dayane disse que precisa falar com você.

—Comigo? Fiz algo? — Íris se assustou. Dayane era sua patroa, e ela raramente chamava Íris para conversar se não fosse sobre algumas tarefas que deveriam ser feitas por Íris. A jovem estava com medo do que poderia ser, a ideia de ficar sem o emprego lhe assustava.

—Não, eu acho que não. Talvez ela vá falar com você sobre um jantar que terá amanhã, fique tranquila. — Jung sorriu amena, e olhou o relógio na parede. — Vá lá em cima umas 11:30, depois que terminar seu trabalho. Ela te esperará. — e assim, a coreana sumiu.

Íris sempre era encarregada da limpeza da cozinha, sala de jogos e área social. A cozinha era o cômodo em que ela limpava todos os dias, já os outros dois apenas duas vezes na semana, e hoje era um dos dias que seriam tranquilos, já que apenas deveria limpar a cozinha e ajudar no que precisasse. Concentrada na limpeza do fogão, que nem notou Trent entrar pela porta da cozinha que dava ao jardim, todo molhado e sem camisa. Ele tremia e abraçava seu corpo com os braços, e as gotículas de água escorriam por seu corpo, trilhando caminhos pelos músculos do garoto. Ele olhou para alguns segundos o rosto de Íris, que antes estava pálido, agora as bochechas gordinhas da garota brilhavam em um tom muito rosado, como se ela estivesse passando mal. Mas a visão de um Trent todo molhado e sem camisa, poderia facilmente fazê-la passar mal, claro que poderia. Eles se encaravam há 1 minuto, sem saber o que falar um ao outro, até que a ruiva deu a palavra.

—O senhor...—Íris balbuciou, tentando entender porque ele estava daquele jeito. Após alguns segundos, sua mente formulou uma ideia. — estava tomando de chuva? — indagou, com a voz baixa e fraca.

—Estava. — Alexander Arnold riu, não acreditando que estava mesmo tomando banho em um chuva forte e congelante como aquela. — Senhor? Eu tô com a feição tão velha assim? — o garoto soou divertido, mas só aumentou a vergonha que Íris sentia de si mesma. Ela esbugalhou os olhos, e pediu desculpas em um sussurro baixo, mas logo Trent negou e sorriu. — Pode me chamar de Trent, sem problema algum.

—Ah, tudo bem. — a mesma se limitou a sorrir fraco, esperando que ele saísse dali e voltou a limpar o fogão cuidadosamente. Notou que ele ainda estava encarando, e olhou confusa para o mais alto, esperando uma resposta.

—Você sabe cozinhar? — Arnold perguntou, pegando Íris de surpresa. Ela sabia cozinhar, tinha um curso técnico em gastronomia.

—Sim. — afirmou, sorrindo fraco. Passou um pano mais uma vez no fogão de vidro, e terminou a limpeza. O doméstico brilhava. — Precisa de algo? — indagou, olhando para os olhos grandes do jogador.

𝓢𝓪𝓵𝓾𝓼 - Alexander ArnoldOnde histórias criam vida. Descubra agora