Sim. Trent estava ali, debaixo de um guarda-chuva preto, encarando Íris com um ponto de interrogação na testa. Era Natal! E ela estava ali, sozinha, na chuva e chorando. A cena era de partir o coração e sem dúvidas nenhuma, partiu o de Trent. Íris levantou-se completamente atordoada, sem saber o que fazer ou o que falar, não tinha ideia do que o garoto fazia ali.
O jogador rapidamente caminhou até a garota, cobrindo o corpo da ruiva com o utensílio que segurava, se aproximando tanto que assustou a garota pela repentina aparição do garoto. Íris encarou os olhos de Trent procurando por repostas, ansiosa para ouvi-las. Mas tanto Trent quanto ela estava confuso, eram tantas perguntas que ele tinha para fazer que havia engasgado todas na sua garganta.—O que você está fazendo aqui? — perguntam, em uníssono.
—Trent? Por que está aqui? O que aconteceu? — Íris indagou, preocupada. Trent voltou a realidade ao notar que ela estava bem próxima, olhando cada canto de seu rosto, de seu corpo e ao redor, procurando por algo. — Está sangrando? — a ruiva perguntou, e o jogador riu fraco.
—Eu estou bem. Comigo está tudo bem...— Trent olhou novamente nos olhos avelãs, que estavam inchados e vermelhos. — Mas e você? Porque está aqui? — Íris prendeu a respiração por segundos, desviando o olhar envergonhada.
—Eu só precisava respirar um pouco, mas está tudo bem. — contou, voltando a sorrir. Um sorriso genuíno, mas que era carregado de tristeza, e Trent sabia porque conhecia muito bem aquela expressão. — É Natal, Trent. Cadê sua família?
—Eles estão viajando, eu não pude ir, infelizmente. — ele só não quis ir. Pegando de surpresa toda sua família, Trent simplesmente desligou o celular tinha 24 horas e estava ignorando todas as mensagens que chegavam. Havia apenas avisado sua mãe que não não viajar com eles, e assim foi. — Tenho treino amanhã, a temporada começa logo.
—Entendi...— Íris sussurrou, sorrindo fraco.
Trent não sabia porque tinha ido ali. Antes da 00:00, estava deitado no sofá da sua sala de jogos, jogando algum jogo de tiro quando acabou pegando no sono, e por algum acaso, Íris apareceu nos seus sonhos. Tinha sido um sonho um tanto assustador, e assim que e despertou em um sobressalto, não pensou duas vezes antes de correr até o outro lado da cidade para ir até a casa de Íris, e quando chegou lá e encontrou a casa aberta e não a viu, correu pelo bairro até achá-la naquelas condições. Algo dentro de si o fez ir atrás da dona dos cabelos ruivos, sentia que alguma coisa lhe dizia para proteger aquela garota, ele sentia que ela era especial de alguma forma mas não entendia o porquê.
—Você está com fome? — Íris indagou, branda...e esperançosa.
♧◇♡♤
—Íris! Isso aqui tá muito bom, sério! — o jogador comia o que seria o terceiro prato de empadão, uma comida que nunca tinha provado na vida e que Íris havia lhe apresentado, e que por sinal era delicioso. — Onde você aprendeu isso? — indagou, terminando de comer e ainda querendo mais, porém por motivos de vergonha, deixou pra lá sua gula.
—Com minha mãe, no Brasil. — respondeu, sorrindo fraco. Íris quase pulou de felicidade quando Trent disse que: "Talvez estou com fome" e aceitou juntar-se a garota para a ceia de Natal. Comeu tanto que Íris realmente acreditou que tinha um dom especial para a culinária, e ainda recebeu muitos elogios vindo do jogador. — Tem torta de morango, você quer? — Íris terminava agora de comer o primeiro pedaço de seu empadão, quando levantou-se para servir de um pedaço de torta para si mesma, e prontamente Trent também levantou.
—Eu não vou negar, né. — e riram juntos. O jogador decidiu que não iria se aprofundar no assunto sobre a mãe de Íris.
Durante o caminho até a casa de Íris, conversaram pouco sobre o acontecido de antes. Trent lhe contou que não tinha aonde ir, e que estava passando por perto da casa da garota — o que era mentira, mas Íris acreditou facilmente —, e lembrou-se dela, por isso havia aparecido ali. E Íris lhe contou que chorava por sentir-se sozinha, especialmente naquela noite. Ambos comeram, conversando sobre acontecimentos dos dias, Trent explicou como seria a temporada de jogos e lhe contou tudo sobre a copa do mundo, que Íris mal tivera tempo de ver todos os jogos. Estavam bem e confortáveis na presença um do outro, Íris era calma como ele, e aos poucos a timidez ia sumindo da garota e ela ria alto e contagiante, quando o jogador lançava uma piada atrás da outra, sendo uma pior que a outra.
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𝓢𝓪𝓵𝓾𝓼 - Alexander Arnold
Romantizm"Você precisava de ajuda e ninguém te ouvia. Meu trabalho deveria ser somente limpar sua moradia, mas foi muito além do que esperávamos e você me disse que eu era sua salvação, Alexander Arnold." Para conseguir sobreviver na fria Liverpool, Íris tra...