05

494 33 12
                                    

BROOKE VENTURELLI ZIEGLER

Não permaneci muito tempo na dianteira. Seus passos largos logo me alcançaram e estávamos andando lado à lado.

Por falar em passos largos, Nicolas era enorme. Não apenas em altura, que com certeza passava de 1,90m, mas seu tronco, braços e pernas eram enormes.

Chegamos ao caixa da saída e entreguei minha pulseira. Fui pegar o dinheiro em minha bolsa, mas ele colocou a mão sobre a minha, impedindo-me de pagar.

— Cobre as duas aqui. – Ele entregou sua pulseira e um cartão junto.

Meus olhos se esbugalharam. Eu podia não entender nada desse tipo de coisa, mas aquele com certeza é um daqueles cartões black sem limite que vejo nos filmes e livros.

Depois de pago, ele me guiou para o estacionamento, com a mão na base das minhas costas, quase alcançando a minha bunda.

— Você não precisava ter pago. – Soltei, não aguentando aquele silêncio, agora que todo o som da boate havia ficado para trás. – As coisas ali são caras e eu tinha dinheiro.

— Eu não duvido disso. – Ele falou, acariciando o local das minhas costas. – Mas eu gosto de pagar as coisas para a minha garota. Se acostume.

— Sua garota? – Meu peito vibrou.

Chegamos no que deduzi ser o seu carro. E a única coisa que pude decifrar com base no meu péssimo conhecimento sobre veículos foi o modelo esportivo.

Ele me encostou na lateral do carro e colocou a mão no meu quadril.

— Você é minha. Minha garota. Minha pequena.

— Alguém já te falou que você tem algumas tendências possessivas e psicóticas?

— Provavelmente. – Ele sorriu, achando engraçado, e eu sorri também.

— E não tem medo de que eu tenha medo disso e me afaste?

— Não. – Ele afirmou com toda a convicção do mundo – Os livros que você lê são reflexos dos seus desejos. E eles combinam com os meus.

Seu rosto se aproximou e eu achei que ele fosse me beijar, mas ele só acariciou seu nariz com o meu.

Eu estava verdadeiramente confusa.

Aquele homem era a personificação dos meus desejos. Ele era dominante, exalava um sex appeal que enlouqueceria qualquer mulher, me desejava e era carinhoso.

Decidi nem pensar sobre como ele sabe sobre os livros que eu leio. Isso era assunto para depois.

Ele abriu a porta do carro para mim e esperou que eu estivesse dentro para fechar e ir para o lado do motorista. Ele arregaçou as mangas da camisa e se inclinou sobre mim para prender o cinto de segurança.

— Não precisava colocar por mim.

— Não, mas eu quis.

Em seguida, ele deu partida.

Durante o caminho para sei lá onde, meu cérebro insuficiente começou a pensar sobre o momento.

STALKEROnde histórias criam vida. Descubra agora