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BROOKE VENTURELLI ZIEGLER

— Ei! – Gritei e bati em suas costas. – Me solte, seu troglodita!

— Você não me achou um troglodita enquando estava com os dedos em sua boceta.

— Quero ir embora. – anunciei, tentando manter-me sã. O que já havia se provado difícil perto desse homem.

Ele me ignorou totalmente, me colocou no chão e foi quando notei que estávamos na área dos elevadores da garagem.

Seus dedos ágeis digitaram uma senha no painel e a porta logo se abriu. Ele agarrou minha mão e me puxou para dentro.

— Não me diga que sofre de audição seletiva? Eu disse que quero ir embora.

— Eu sempre te ouço, pequena. Acontece que não vou deixar você ir embora nesse estado.

— Que estado? – Indaguei. Todo álcool já havia evaporado do meu corpo. Ou talvez não. Mas eu estava totalmente consciente e apta para chamar um uber e ir para casa.

— Bêbada e excitada.

— Eu não estou bêbada! Nem excitada!

Mal terminei de falar quando o elevador apitou e a porta se abriu. Dei de cara para um corredor todo revestido de mármore e decorações milionárias.

Eu tenho certeza que já vi aquele quadro em uma das minhas aulas de arte.

Ele continuou andando e eu o segui pelo apartamento deslumbrante. Era tudo tão claro, arejado, com vários vasos de plantas e uma varanda com uma vista de tirar o fôlego.

Aquele, com certeza, era meu apartamento dos sonhos! Talvez eu conseguisse tirar algumas fotos furtivamente para quando ficasse rica e fosse ter meu próprio lugar.

Nicolas me levou para a cozinha, abriu a geladeira e me serviu um copo de suco de laranja.

— É bom para evitar a ressaca.

— Eu não deveria aceitar bebidas de estranhos.

— Acho que já passamos disso, pequena. Você já se mostrou tão receptiva à mim, por que mostrar as garras agora?

O homem à minha frente, me segurou pela cintura e me sentou na ilha da cozinha, enfiando-se entre minhas pernas.

— Isso é estranho, Nicolas. Você estava me seguindo, mandando ameaças pelo telefone, invadiu meu apartamento... Como você espera que eu reaja?

— Mas você gostou.

— Caralho, sim, eu gostei. Mas isso é errado, você não consegue perceber? Você me coisou no meio do estacionamento, qualquer um podia ter aparecido.

Seus lábios se separaram em um sorriso de diversão. Corei imediatamente.

— Eu coisei você? – Falou, ignorando tudo o que eu havia falado.

— É.

— Não, pequena. – Ele fez um gesto de negação com a cabeça. – Eu masturbei você. Eu quase fiz você gozar esfregando os dedos em sua boceta. Eu não coisei você.

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