𝑀𝑖 𝐴𝑚𝑜𝑟 - ᴏ ʀᴇᴄᴏᴍᴇᴄ̧ᴏ! 3 ᴛᴇᴍᴘ

19

Sai daquela sala imediatamente.

Como assim a mulher que eu tinha visto que parecia ser super gentil e amigável com todos era a minha mãe? Minha mãe me deixou no colo do meu pai quando eu ainda era pequena e realmente, não queria conhece-la.

Agora ela parecia ter uma vida melhor. Talvez ser uma mulher bem sucedida com uma vida melhor. Não que eu esteja reclamando da minha.

Assim que sai da sala, senti uma enorme dor no meu braço e me dei conta que já estava com o gesso.

Lágrimas começaram a escorrer do meu rosto. Eu não queria ter a conhecido dessa forma, ou talvez nunca ter conhecido ela.

A minha verdadeira mãe é a Alisson. Ela começou a namorar com meu pai quando eu tinha apenas 5 anos. Criamos um relação muito boa.

Ouvi passos atrás de mim e me deparei com meu pai. Seu olhar parecia de tristeza. Talvez ele também não a quisesse ver.

- S/n! Por que você saiu correndo? - ele pergunto.

- Não quero ver a mulher que me abandonou ainda pequena. Pai, ela não é minha mãe! - falo um pouco irritada.

- S/n, você tem que entender que sim, ela é sua mãe. Sabem que ela te fez mal por nunca ter vindo te visitar e ter te abandonado, mas você nem a conhece direito.

- Eu nem preciso conhecer ela! Eu vou pra casa. - digo começando a andar.

- Vai como? Você não pode dirigir ainda. - ele ri.

- Vou a pé.

...

Sim, minha casa era longe do hospital, mas nem estava ligando para isso.

Eu andava e pensava em como seria daqui para frente. Será que ela viraria aquelas mães que querem visitar as filhas 3 dias na semana? Ou eu vou ter que passar alguns fins de semana na casa dela?

Realmente, eram perguntas que não poderiam ser respondidas agora.

...

Depois de muito tempo, eu cheguei em casa. Eu estava toda suada e sem folego de tanto andar. Quando entro, dou de cara com Alisson.

- S/n! O que aconteceu, meu amor? - ela pergunta e no mesmo segundo eu caio no choro indo a abraçar.

- Eu conheci ela, Alisson. - digo ainda chorando.

- Ela quem? - a mais velha pergunta confusa.

- A minha mãe.

- O meu bem, eu sinto muito! Mas vai ficar tudo bem. Cadê seu pai?

- Ele ta no hospital, deve estar resolvendo o pagamento do meu gesso. - digo saindo do abraço.

Ela me leva para se sentar no sofá e depois sai voltando com um copo de água.

- Como você fez isso? - Ela diz rindo olhando para o gesso.

- Meu pneu da bicicleta enroscou em uma pedra e eu acabei caindo em cima do meu braço. - digo rindo lembrando da cena.

Peguei meu celular e mandei uma foto para Miguel do gesso com a legenda: ''Estou esperando sua assinatura!''

Assim que mandei ele começou a me mandar vários áudios perguntando se eu estava bem, ou se eu queria algo.

Ouvi batidas na minha porta e fui atender. Abri dando de cara com...

- Miguel? - digo rindo.

O garoto segurava uma caixa de bombons com uma rosa em cima e um cartãozinho. O por que disso? Nem eu sei.