Você escondeu o bebê

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- Ela gemeu o tempo todo. - Diz João.
- Ela não está bem e não nós quer falar
Olho para João e vejo ele no celular
- Talvez seja a gravidez. - sugiro.
- Marília, é claro que não. Ela está sentindo um
frio que realmente não tem, e você já percebeu que
ela sempre está pálida. -Diz João.
- Eu nunca vi uma grávida desse jeito.

Olho para Maraisa que estava acordando esticando os braços, ela abre os olhos e olha para a janela. Depois de observar por um bom tempo a vista, e volta a me olhar.

-Está muito longe? - Pergunta ela levando a
coberta até a altura do pescoço.
-Ja estamos em Cristianópolis, so falta chegar em casa. - Respondo observando cada movimento dela. Ela me olha curiosa.
-João,  por que o sua irmã está me olhando
assim?
- Assim como? - pergunta a meu irmão sorrindo.
- Com cara de psicopata. - Responde Maraisa
sorrindo.
-Fique tranquila, querida! É a cara normal dela.
- Zomba João.
- Você está bem? - Pergunto mudando de
assunto.

Maraisa me olha como se estivesse entendendo ao que eu estou me referindo, então ela força um sorriso e assente com a cabeça. O resto do caminho ate a casa da minha mãe é bem tranquilo, conversamos sobre banalidades e sobre o que cada um trabalhava.

Não sabia que Maraisa tinha largado a faculdade assim que sua
mãe ficou doente para cuidar mais dela. Porém, sua mãe faleceu seis meses depois que ela largou tudo. Agora ela trabalha em um restaurante como Garçonete, perto do parque flamboyant- lugar
famoso por sua beleza por ter dois belos lagos ciclovias pistas de corrida etc...
quando iria voltar para a faculdade descobriu que estava grávida.

No restante do caminho fico observando Maraisa  conversando com meu irmão. Como uma menina tão nova como ela, teve que passar por tantas barra pesada sozinha? Como aquele babaca, não percebeu a grande mulher que Maraisa é? Pelo visto nem eu tinha percebido isso até agora.

Pov Marília Mendonça

Quando chegamos, minha mãe logo correu para onde estávamos. maraisa ainda estava dormindo, então a carreguei até o quarto e a coloquei na cama.

Eu e minha mãe ficamos longo tempo observando a isa dormindo, até que ela se vira para mim e puxa a minha orelha fazendo sair do quarto. Ponho a mão em cima da dela e começo a gemer de dor.

- Cala a boca, senão vai acordar a maraisa. -
Ela larga a minha orelha já fora do quarto e me encara.
- Você demorou cinco meses para me falar sobre a
sua noiva e sobre ser mãe. Eu quero uma explicação bem convincente.
Respiro fundo esfregando a minha orelha que ardia.
- Mãe, eu estava, quer dizer, estou muito assustada com essa história toda.-minto

Na verdade, não era tão mentira assim. Eu estava realmente assustada, eu não sabia o que iria acontecer futuramente. Eu quero contar a verdade, porém, tenho medo que ao falar, tudo piore de vez. Talvez manter a mentira seja melhor! Se a maraisa aceitou participar dessa farsa ela poderia muito bem me ajudar com o resto.

Ela me observa por alguns minutos e então me
abraça.

- Eu falo para o seu pai que você e o João ainda são os meus bebes, e ele ficam falando que vocês já são adultos. Porém, vocês dois precisam muito de mim ainda.-Diz ela com a voz embargada.
- Eu estou tão feliz por você está realizando o meu sonho e também vejo que finalmente está seguindo em frente com a sua vida.
-Suspiro ao ouvir suas palavras e beijo o topo de sua
cabeça.
- Eu sei mãe, já estava na hora.

Ela se afasta de mim, sorrindo e limpando as lágrimas.

- Eu sou uma boba por está chorando, né? Vamos descer logo, a comida está pronta e seu pai deve estar morrendo de fome.

Logo depois de descermos a escadas, seguimos até a sala de jantar, onde todos já nos esperavam para almoçamos. O almoço foi reinado pela, as perguntas da minha família. Perguntaram como
nos conhecemos, como nos apaixonamos e como foi o pedido de casamento.

Namorada de aluguel (adaptação malila)Onde histórias criam vida. Descubra agora