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Eu corri, pelos corredores, meu corpo e meu coração doíam, meu rosto queimava. Que sensação mais horrível era aquela que eu sentia??

Via algumas enfermeiras e uma delas veio até a mim.

- cadê ele?? - Perguntei, ela fez um sinal para que eu acompanhasse.

Eu entrei no quarto, vendo o rapaz deitado numa cama, enquanto chorava. Havia uma agulha em seu pulso, soro corria por suas veias.

Me aproximei, totalmente quebrado, e ele me notou ali, começando a chorar mais.

- H-Hyung... - ele disse e eu toquei o rosto dele, o acariciando. - Tá doendo... Tá doendo muito. Acho que vou morrer.

Deus, por favor não.

Olhei fixamente pro rapaz e olhei pra enfermeira que parecia um parasita na porta.

- Será que pode sair?

- Eu tenho ordens para ficar o observando.

- Eu não perguntei nada disso a você. Saía.

Fiz um sinal com a cabeça em direção a porta. A mulher suspirou, andando até a porta e então se retirou.

Voltei minha atenção ao garoto, que tremia levemente, ainda soluçando.

- Jungkook, escute. - Eu o chamei. - se você continuar chorando desse jeito, a dor vai piorar.

- Hyung... Mas tá doendo muito... Muito...

Acariciei o cabelo dele, assentindo.

- Eu sei, mas vai ficar tudo bem. Me diz, onde está doendo?

Silêncio.

Por alguns segundos, Jungkook se calou e eu percebi algo em seus olhos.

Pavor. Horror.

- Jungkook, olhe pra mim. - toquei o queixo do rapaz e então ele me encarou. - Onde está doendo?

- Hyung...

- Você pode confiar em mim. Eu sou seu amigo, Jungkook. Pode confiar em mim.

Uma lágrima escorrer dentre tantas outras que escorriam de seu rosto quando entrei nessa sala, uma minuciosamente triste, invadida.

- ...

Eu arregalei os olhos, querendo que aquilo não fosse verdade, mordi meu lábio com força sentindo meus olhos se encherem d'água em puro ódio.

Não! Não!

- Jungkook...

- Eu não consegui falar... Não queria que elas mexessem em mim. Desculpa, desculpa hyung.

- Não... Não. - Apertei os olhos, segurando o rosto dele. - Não peça desculpas, você não tem culpa. Não tem tá bom?

Eu peguei meu celular, ligando pra Yoongi, minha mão tremia, não conseguia segurar o celular direito.

E logo ele atendeu.

- Jimin-

- Yoongi, por favor... - eu olhei pro lado, e passei a mão em meu rosto, com a voz embargada. - Vou te passar o endereço, venha.

- Jimin, o que houve? Tá... Eu já vou. - Eu desliguei o celular, mandando o endereço por mensagem pra ele.

Olhei pra Jungkook e ele apertava os olhos, segurei a mão dele, deixando-as perto de suas vistas.

- Olha... - eu sorri, tentando o acalmar. - eu fiz mais uma tatuagem.

Jungkook olhou pro meu dedo, agora havia um pequeno girassol perfeitamente desenhado, em meu dedo mindinho.

Minha primeira tatuagem colorida.

Que não havia um certo significado para mim até então. Eu só a achado bonita.

Porém agora, vendo Jungkook, mesmo sentindo tanta dor, olhando pra ela com admiração eu percebi.

Percebi que ele era muito mais do que o paciente número seis, muito mais do que um rapaz que precisava de ajuda.

Seus olhos, seu sorriso cheios de esperança quando me olhava. Sua admiração por coisinhas tão simples.

Jungkook era importante pra mim.

𝐎 𝐩𝐚𝐜𝐢𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐧ú𝐦𝐞𝐫𝐨 𝐬𝐞𝐢𝐬: PJM+JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora