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Eu me lembro quando cheguei aqui no primeiro dia, e fui recebido sem muita cordialidade pelo diretor do hospital, como se aquele processo fosse o mais entediante possível.

— Bem vindo, é muito bom recebê-lo, senhor. — o mesmo disse, sem nem olhar pra mim. — vi aqui na ficha que o senhor está terminando sua faculdade.

— Obrigado, sim, certamente. — Abri o meu melhor sorriso e então o homem finalmente me olhou, como uma cara de quem diz "Por que está sorrindo desse jeito nesse lugar, idiota??"

— Bom, muito bem. Vou lhe mostrar todo o hospital e como funciona aqui. Como você já deve saber tem muitos pacientes dóceis e muitos um tanto hostis. Então nem preciso dizer pra que seja profissional.

O "profissional" talvez fosse um alerta como: "Cuidado!", Pelo menos era isso que eu conseguia entender.

— Por aqui, senhor Park. — ele me guiou até um corredor distante. — Aqui é onde fica o paciente número seis. Você tem muita sorte, pois ele está no seu melhor humor hoje.

— O que ele tem? — Perguntei, ajeitando meus olhos de grau sobre meu nariz.

— Muitas coisas. Porém por enquanto é importante saber que ele tem transtorno de personalidade e bipolaridade.

Eu abri um pouco mais os meus olhos, abrindo a porta e então eu entrei, vendo uma sala totalmente claustrofóbica, com apenas uma janelinha no lado superior direito, apenas um buraquinho por onde podia sair a luz do sol.

O chão repleto de folhas a4 rabiscadas, e um rapaz sentado no chão, enquanto rabiscava mais uma folha.

— Boa experiência, estagiário. — O diretor disse, após sair do quarto, fechando a porta.

Eu fiquei parado, vendo aquelas folhas rabiscadas e o garoto no centro delas.

E então seus olhos captaram os meus.

𝐎 𝐩𝐚𝐜𝐢𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐧ú𝐦𝐞𝐫𝐨 𝐬𝐞𝐢𝐬: PJM+JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora