1

4.5K 277 116
                                    

Soraya POV

Meu pai sempre dizia que a melhor maneira para aprender uma profissão, é passar cada segundo observando alguém a excedendo.

"Para conseguir chegar no topo, você precisa começar lá em baixo"- ele me disse- "Seja a pessoa a qual o CEO não pode viver sem. Seja seu braço direito. Aprenda sobre seu mundo e, ele irá te contratar assim que você receber o diploma."

Eu me tornei indispensável, e definitivamente me tornei o braço direito.

Acontece, que neste caso, o braço direito queria frequentemente estrangular o pescoço daquela maldita.

Minha chefe, a Sra. Simone Tebet. Uma idiota.

Meu estômago se embrulha só de pensar nela, alta, gostosa e completamente cruel, ela era a babaca mais egocêntrica e convencida que havia conhecido. Eu ouvia as outras mulheres do escritório fofocando sobre suas escapadinhas e ficava pensando se um rosto bonito era tudo que ela precisava.

Meu pai também dizia: "você vai perceber cedo que a vida é apenas superficial, mas a feiúra se estende até os ossos."

Eu tive minha cota de mulheres desagradáveis nos últimos anos, namorei algumas no colegial, e na faculdade. Mas foi essa foi a campeã

-Olá, srta. Thronicke!- a sra. Tebet estava de pé ao meu lado na porta da sala que servia de recepção para o escritório dela.

A voz estava melosa, mas era uma doçura toda errada. Como mel que foi congelado e que agora estava começando a rachar.

Depois de derramar água no meu celular, deixar cair meu ar de brincos na lixeira, receber uma pancada na via do meu carro na via expressa e ter que esperar a polícia para ouvir aquilo que eu já sabia - que a culpa era do outro motorista - a última coisa que eu precisava naquela manhã, era aguentar o mal humor da sra. Tebet. Pena que ela não tem outro tipo de humor.

"Sorri com meus pensamentos"

-Bom dia sra. Tebet- Eu respondi o de sempre, esperando que ela  respondesse com seu habitual aceno de cabeça. Mas quando eu tentei passar, ela murmurou

-Bom dia? Será que você não quer dizer "Boa tarde" srta. Thronicke? Que horas são nesse seu mundinho?

Eu parei e encarei de volta o seu olhar gelado. Ela era uns bons centímetros mais alta que eu, e antes de trabalhar para ela, eu nunca tinha me sentido tão pequena. Fazia seis anos que eu trabalhava na Tebet's indústria, mas, desde o retorno da Sra. Tebet para a empresa da sua família, há nove meses eu começará a usar salto alto para poder encara-lá no mesmo nível.

Mesmo assim, ainda sim, precisava levantar o queixo para olhar seu olhos, ela claramente sentia satisfação com isso, deixando escapar naqueles olhos castanhos

-Tive uma manhã meio desastrosa. Não vai acontecer de novo.- Eu disse aliviada por minha voz sair sem tremer.

Nunca me atrasei, mas é claro que ela tinha que fazer uma cena na primeira vez que isso acontecesse.

Passei por ela, guardei minha bolsa e o casaco no armário e liguei o computador. Tentei fingir que ela não estava em pé na frente da porta assistindo cada movimento meu.

-Uma "manhã desastrosa" é uma descrição muito apropriada para o que eu tive que passar com a sua ausência. Tive que pedir desculpa para Alex Schäffer por ele não ter recebido os contratos assinados quando prometi: às 09:00AM no horário da costa leste. Tive que ligar para Madeline Beaumont pessoalmente para confirmar que iríamos prosseguir com os trabalhos como escrito, em outras palavras, eu tive que fazer seu trabalho e o meu trabalho nesta "manhã desastrosa", você conseguiria trabalhar as 08:00, tem gente que começa a trabalhar antes do café da manha - Ela disse com pura mesquinhez em sua voz.

Minha irresistível chefe -SIMORAYAOnde histórias criam vida. Descubra agora