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Simone POV

Eu tinha experiência com negociações, barganhas e blefes. E lá estava eu, na incomum posição de apostar tudo que tinha, mas em se tratando da Soraya, eu não me importava. Era tudo ou nada.

- Você está contente em voltar para casa? Você está fora faz quase três semanas.- perguntei e ela deu de ombros, tirando minha calcinha sem cerimônia e envolvendo e passando os dedos sobre meu sexo com uma familiaridade que me fez sentir pontadas no peito.

-Eu me diverti por aqui, sabe.- ela disse.

Eu não me apressei abrindo cada botão da blusa dela e beijei cada centímetro de pele que aparecia.

-Quanto tempo nós temos antes do voo?- perguntei.

-Treze horas - ela disse, sem olhar para o relógio. A resposta foi realmente rápida e, pela maneira como sua pele estava molhada quando deslizei dois dedos dentro de sua calcinha, ela não estava nem um pouco ansiosa para sair daquele quarto de hotel.

Fiz cócegas em suas coxas, provoquei sua língua com a minha boca e batendo em sua perna até sentir ela se arquear na minha direção. Suas pernas deslizaram por minha cintura e ela esticou a mão em meu peito entanto eu estava determinada fazê-la gozar quantas vezes pudesse antes do sol nascer.

Para mim, não havia nada no mundo além de sua pele macia e do ar quente de seus gemidos em meu pescoço. De novo e de novo eu me mexia em cima dela, calada em meu desejo, perdido dentro dela. Seus quadris dançavam com os meus, os seios apertavam o meu peito. Eu queria dizer a ela: Isso que nós temos é a coisa mais incrível que já senti na vida. Você também sente?

Mas eu não tinha palavras. Eu tinha apenas instinto, o sabor dela em minha língua e a memória de sua risada ecoando em minha cabeça. Eu queria manter esse som para sempre. Eu queria ser tudo para ela, sua amante, sua parceira de briga, sua amiga. Naquela cama, eu poderia ser qualquer coisa.

-Eu não sei como fazer isso - ela disse num momento estranho, quase gozando e me apertando tão forte que pensei que deixaria marcas.

Mas eu sabia do que ela estava falando, pois era doloroso satisfazer aquele desejo tão grande, mas não ter ideia do que iria acontecer depois. A maneira como eu a queria me fazia sentir saciada e faminta ao mesmo tempo, e meu cérebro não sabia como reagir.

Então, em vez de responder ou dizer o que eu achava que deveríamos fazer, eu beijei seu pescoço, coloquei os dedos em sua cintura e disse:

Eu também não, mas ainda não estou pronta para deixar acabar.

-É tão bom... - ela sussurrou contra minha garganta e eu gemi em eu gemi em uma agonia silenciosa, completamente incapaz de produzir alguma palavra em resposta.

Achei que iria uivar.

Eu a beijei. Penetrei profundamente, pressionando-a contra colchão. Parecia infinito, aquela coisa explosiva. Seu corpo se erguia para encontrar o meu, sua boca molhada, faminta, mordia e acariciava.

——

Acordei quando meu travesseiro foi puxado e a Soraya balbuciou alguma coisa incoerente sobre espinafre e cachorro-quente.

A mulher tinha um sono inquieto e agora estava falando enquanto dormia.

Passei minha mão gananciosa em sua bunda antes de rolar para o lado e olhar para o relógio. Já passava um pouco das cinco horas, e eu sabia que precisávamos levantar para conseguir pegar o avião às oito.

Por mais que eu odiasse deixar nossa pequena toca dos pecados, lembrei que praticamente não trabalhei a semana toda e comecei a me sentir culpado sobre a carreira que eu essencialmente estava negligenciando. Na última década, minha carreira foi a minha vida e, embora eu me sentisse mais confortável com o efeito que a Soraya causava no meu equilíbrio, eu precisava retomar o foco.

Minha irresistível chefe -SIMORAYAOnde histórias criam vida. Descubra agora