Queridos fantasmas, demônios, entidades e entre outras criaturas, sejam bem-vindos ao Cemitério Sétima Arte. Por favor, não entrem em pânico, pois o pior já passou. Desfrutem das maravilhas que essa experiência tem a oferecer! Deleitem do privilégio...
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[...]
I have been happy, tho' in a dream.
I have been happy- and I love the theme:
Dreams! in their vivid coloring of life,
As in that fleeting, shadowy, misty strife
Of semblance with reality, which brings
To the delirious eye, more lovely things
Of Paradise and Love- and all our own!
Than young Hope in his sunniest hour hath known.
"Dreams" By Edgar Allan Poe
(...)
Kim Seokjin era inexperiente nesse negócio de ter uma família.
Era tudo muito novo, era como se estivesse aprendendo a andar. Caia e errava frequentemente. Mas, no fim tudo dava certo. Em todos os seus anos, o caído nunca sentiu-se assim. Tão completo e amado.
Tinha um primo, inteligente e piedoso. Seus olhos eram profundos, como se escondesse todos os segredos do mundo. Seu sorriso caloroso, que o aquecia por dentro do coração gelado. O humano era gentil. Amava. Amava tudo e todos; a natureza, a humanidade e até mesmo criaturas nojentas feito Jin. Fazia caridade e devorava livros. Kim Namjoon o acolheu como se fossem parentes de sangue.
Tinha amigos, Hoseok e Jungkook.
Jung era um troca-faces. Sempre mudando, não gostava de ter apenas um rosto. Às vezes era Jinwoo, às vezes era Hoseok. Seu gênero mudava conforme seu humor. Às vezes era ele, às vezes era ela. Grande parte do tempo, Jung era Hoseok. Sua personalidade era como se o sol estivesse na terra. Sempre sorrindo e ajudando o próximo. Mas, por incrível que pareça, era um introvertido. Gostava de ficar pensando em silêncio e era sensível. (Ele tinha que ser, afinal trabalha com a morte diariamente).
Já, Jungkook era o ser humano mais estranho que Seokjin já conheceu. Ele gostava de demônios, mas não os venerava. Ria de tragédias e trabalhava numa funerária, mas chorava com a morte e se encantava com a vida. Não falava de sua família, mas amava incondicionalmente. Suas roupas eram todas pretas e com caveiras. Brincos, piercings e maquiagem carregada. Ele dizia que era "gótico", seja lá o que isso for.
Não importava que seus dias fossem cheios de cadáveres e morte (tão igual a sua antiga, mas tão diferente). Não importava que aquela vida não era glamourosa, não tendo nem ouro e nem prata. Não importava que ele tinha que esconder a sua verdadeira forma.
Kim Seokjin gostava de sua nova vida e isso era o bastante.
"Você quer um gole de café?", Namjoon o perguntou quando Jin entrou na cozinha do primeiro andar. "Bom dia flor do dia."
