Capitulo 9- Uma triste realidade

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ALYSSA CLEVELAND

Quando acordei meu corpo ainda estava nu, com o cobertor sobre ele. A cortina estava aberta e os raios de sol entravam em meu quarto me fazendo ter um pouco de dificuldade de abrir os olhos. Estava sozinha e não queria isso, queria que ele ainda estivesse ali. A noite foi incrível, a melhor que já tive sendo que não foram muitas, perdi a virgindade com o único namorado que tive, gostei da descoberta, mas após provar de Eliot tinha reparado que sexo com o primeiro não foi nada comparado àquilo.

Fui até o banho e optei pela banheira como gostava, um banho morno e cheio de espumas para começar o dia que começou maravilhoso só pelo fato da noite passada. Coloquei uma roupa confortável, pois não tinha planos para aquela manhã, um short Jeans e uma camiseta regata branca e sandálias confortáveis para ficar em casa mesmo. Meus cabelos estavam molhados e eu penteio com calma.

Logo após mando uma mensagem para Cloe vir almoçar no meu apartamento, pois nós estávamos com muitas pendências a fofocar. Meus pais ainda estavam na cidade, provavelmente resolvendo suas coisas e iriam embora no dia seguinte. Estava na sala indo em direção a cozinha comer algo quando escuto alguém chegar ali e claro que seria alguém que tinha livre acesso ao apartamento.

Minha mãe aparece sempre linda, elegante. Que mulher viu! Se tinha alguém em que eu me espelhava era ela, tanto por dentro quanto por fora. Ela sempre estava com aquele sorriso magnífico que só quem sabe o que ela já sofreu, sabe também o quanto ela é forte e hoje só oferece amor a todos.

— Bom dia minha princesa! — ela se aproximou me abraçando.

— Bom dia mãe… onde está o papai? — pergunto olhando para trás.

— Saiu com Theo para uma exposição de carros, eu sei que não iria gostar então vim ficar com a minha menina! — ela toca meu rosto.

Minha mãe às vezes nos tratava como crianças mas eu não achava ruim, eu sabia que era forma carinhosa dela tratar e além disso quando era preciso conversar algo sério ela tratava tanto eu quanto meu irmão como deveria de fato.

— Que fazer algo filha?  Sair? — ela oferece.

— Hoje quero ficar o dia em casa mãe, Cloe também virá para o almoço. Vivian está de folga e irei pedir algo para comer. — caminho até a cozinha enquanto ela segue.

— Ah! não mesmo, então eu preparo o almoço de vocês. Desde muito nova eu cozinhava para seu avô e depois tive uma ótima professora que é Mary. — ela sempre contando suas histórias.

Chegamos na cozinha, eu pego algumas coisas que me chamou atenção para tomar café matinal, também algumas frutas e sento ali mesmo vendo minha mãe se desmontar para começar a sua jornada na cozinha, eu lembrei quando era criança e ela e Mary sempre se juntavam para preparar coisas maravilhosas para nós.

Minha mãe sempre foi minha melhor amiga, logo vinha depois Cloe claro. Ela me dava liberdade de conversar com ela, sempre soube desde pequena como me introduzir assuntos importantes, desde a infância, adolescência e a fase adulta.

— Mãe, queria um conselho! — suspiro.

Ela me olha enquanto lava as mãos na pia da cozinha e sorri de forma amável.

— Quantos quiser, meu amor. — afirmou.

– Conheci uma pessoa, mas é uma situação um tanto… complicada! — Abaixo o olhar.

Ela para imediatamente o que estava fazendo para me dar toda a sua atenção. Vem até o balcão de mármore e apoia os cotovelos no mesmo para ficar mais próximo a fim de me escutar.

— Complicada como? — ela fica curiosa.

— Ele é… meu professor. — falo de uma vez e fecho os olhos apertando-os.

— Como? Que? ... seu... O que? Alyssa me explique isso! Ele lhe assediou? — ela fica nervosa.,

Pelo jeito quando falavam de alguém que se envolvia com professor a primeira coisa que pensavam era isso, eu entendia essa exigência e não ter envolvimento, mas após conhecê-lo chegava a me irritar, não que precisasse ser um relacionamento, mas poderiam se divertir juntos sem ter um relacionamento necessariamente.

— Claro que não mãe, na verdade, fui eu... — mordo meu lábio inferior um pouco envergonhada.

— Por Deus Alyssa, filha... — minha mãe estava pasma.

— Ah mãe… ele é lindo, não resisti! — dou nos ombros.

— Você é terminantemente idêntica ao seu pai, quando fixa em algo… santo Deus! — ela coloca as mãos para cima gesticulando.

Realmente desde muito nova eu me identificava com o meu pai, sempre ficava junto a ele e ia para empresa, sentava em sua cadeira e brincava de comandar.

— Filha, eu tenho experiência suficiente para saber que isso não é permitido em sua universidade, além do mais...você tem ciência que se vocês continuam pode acabar prejudicando esse rapaz, homem..., aliás, quantos anos ele tem Alyssa? — ela se preocupa.

— Acredito que uns… trinta, trinta e alguma coisa! — chuto.

— Ah sim! bem... — ela parece mais aliviada — … pode acabar prejudicando ele. Um professor ser demitido de um lugar com esse histórico atrapalha até em outros lugares se alguém descobrir.

Ela falou aquilo e senti o mesmo que um tapa na cara, era a verdade e eu poderia ser a causadora de prejudicar não só seu trabalho, mas a sua vida, com essa fixação e insistência. Chegava a ser egoísta da minha parte fazer isso. Abaixo o olhar um pouco pensativo, eu precisava pensar bem e agora parar de ficar fazendo investidas nele quando ele tentava evitar a todo momento.

— Filha, eu lhe apoio sempre, pois sabe ser uma mulher responsável. Faça o que você achar melhor, mas sempre tenha empatia pelo outro. — Ela toca meu rosto.

Eu não disse mais nada e ela percebendo isso continua o que estava fazendo, pegando algumas coisas na geladeira e começando o que tinha decidido preparar para o almoço.

Cloe estava quase chegando, minha mãe desde já informou que iria nos acompanhar no almoço mais logo em seguida iria se encontrar com Pierre, pois tinham reunião sobre a rede de salões que eles eram sócios a muitos anos.

Encantada por ele ( Livro 2) Onde histórias criam vida. Descubra agora