bruises

aaron

um mês depois; aaron.

Andei até a saída principal, abrindo espaço entre as pessoas que se juntavam para conseguir uma vista melhor pro próximo show, tentando não ficar preso entre os corpos.

Senti uma mão no meu pulso, me puxando na direção de um rapaz moreno um pouco mais alto que eu; sorrindo com um copo na mão.

-Hey, boneca, você arrasou no palco.

-Obrigado- Passei a mão pelo cabelo, tirando a franja de meu rosto e tentando me soltar.

-Qual seu preço?- Ele me puxou mais, encostando o corpo no meu.

-Que porra? Sai de perto de mim, caralho.

O empurrei, quase caindo antes de ver toda sua bebida cair por cima de mim, e sai correndo. Procurei pelo carro de Harry, o achando parado na esquina.

-Você est- Bufei, segurando a alça da mochila que carrego antes de interrompê-lo

-Será que você não entendeu que eu não sou puta, caralho?

-Desculpa, me-me desculpa, eu só queria ter certeza de que você está bem.

Me virei, tropeçando e rindo um pouco quando vi que o loiro a minha frente franzia o nariz, corado. Abaixei o rosto olhando para meu pulso, agora vermelho.

-'Tá tudo bem, desculpa por ser rude, eu só odeio aquele tipo de gente e isso me deixa extremamente nervoso- Gesticulei, apontando para o estabelecimento a minha frente e neguei com a cabeça.

-Por que você faz isso, então? Quero dizer, você é quase obrigado a conviver com esse tipo de gente.

-Eu gosto de dançar, os clientes são a parte ruim. Todo Aquiles tem seu tendão. -Dei de ombros. - Eu sou o Louis, aliás.

-Aaron, é um prazer te conhecer.

Ele estendeu a mão, apertando a minha e franzindo a sobrancelha ao barulho de uma buzinha.

-E essa é minha deixa- Sorri pro menino a minha frente, soltando sua mão- Tchau, Aaron.

Corri até o carro de Harry, que me olhava pelo retrovisor.

-Com quem você estava falando? -Perguntou, assim que entrei no carro.

-Ninguém, Harold.

Ainda.