enemies for friends and loves?-T.C

quinze

Chegamos em casa e eu me tranquei no quarto, queria pensar como eu ia ter Blair comigo. Vai ser um escândalo e não sei se a reação da minha mãe vai ser boa, como que a Blair vai reagir também.

Tenho medo de tudo dar errado e não ter Blair comigo.

Respiro fundo e tiro meus sapatos, tomo um banho para relaxar. Durante o banho eu fiquei pensando de tivesse feito diferente, talvez se eu não fosse medrosa ou uma covarde fugindo da responsabilidade seria tudo diferente.

Encostei minha cabeça na parede e deixei as lágrimas cair, isso tudo é desgastante eu não deveria ter voltado. Devia ter ficado em Los Angeles trabalhando no restaurante e estudando moda, não ter aceitado esse trabalho e poderia escolher uma pessoa para colocar no meu lugar, uma pessoa que realmente merece e que lutou para isso.

Eu sou filha de uma estilista e um empresário rico, tem muita gente lutando para chegar onde eu estou. Não mereço isso.

Saio do banheiro depois de longos minutos, coloco uma roupa e escovo meu cabelo. Timothée não bateu na porta e eu não estava ouvindo nenhum ruído. Achei que ele tinha saído então resolvi ir na cozinha procurar algo para beber e relaxar.

Realmente ele não estava em casa e não tinha nada para beber, precisava de alguma coisa par afastar esses pensamentos.

Pego meu cartão e vou até uma mercado pequeno perto de casa, compro uma garrafa de vodka e uma carteira de cigarro. Chego em casa e vou para varanda e me sento no chão.

Abro a garrafa e acendo um cigarro enquanto fico observando os carros passando e pessoas andando na rua.

—Um brinde a pior mãe do mundo– falo sozinha e dou um gole.

Fazia um tempo que eu não sentia o álcool descer queimando pela minha garganta mas fica suave depois de um tempo. Já fazia algumas horas que estava bebendo sozinha e a garrafa estava quase na metade.

—Eliza? Oque você está fazendo aí?– Timothée perguntou aparecendo na sacada e eu olho para ele dando um sorriso fraco– Tava chorando?– ele agachou e segurou meu rosto.

—Sim, estava e eu tô bêbada– falo e Timmy pega a garrafa.

—Você bebeu isso tudo sozinha?– pergunta indignado e levando a garrafa para longe.

—Ei, trás ela de volta– digo indo atrás dele, me segurei nas paredes para não cair.

—Já bebeu demais, hora de ir dormir– falou me levando pro meu quarto.

—Não quero dormir Timmy– resmungou sentando na cama e cruzando os braços.

—Porquê você bebeu assim? Oque aconteceu?– desvio o olhar para o chão e fico em silêncio– Não precisa me contar, só deita e tenta descansar–

Me deitei e ele continuou sentado na beira da cama, minhas pernas estavam no seu colo e eu me sentia confortável com ele.

—Blair gostou de você– falo sorrindo e um sorriso pequeno brota em seus lábios.

—Eu também gostei muito dela, vocês são muito parecidas e eu não estou falando da aparência porque até então vocês são iguais– diz e eu olho para um ponto fixo na parede.

Confio nele e não vejo problema nenhum em contar oque aconteceu.

—No meu aniversário de 18 anos eu fui dopada e estuprada, Erick viu o cara me levar e não fez nada– digo e dou uma risada amarga– Ele achou que eu estava traindo ele e não notou que eu estava estranha porque eu era uma adolescente rebelde e usava droga em festas– Timothée me encarou por alguns segundos sem acreditar.