vinte e três

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3 anos depois...

Eu e Timothée não nos falamos desde então, nunca o encontrei e o mais difícil é que ele está em todas partes. Nas redes sociais, plataformas de filmes, revistas e por aí vai.

Erick e eu estamos namorando desde quando voltei da França, mas não é saudável e a gente briga muito. Estou morando em Nova York e dedicando meu tempo na minha carreira e na minha filha, agora ela sabe a verdade e no começo foi estranho mas logo se acostumou e passou me chamar de "mãe".

Blair tá doente e estamos fazendo o possível para descobrir oque ela tem, os médicos não me fala nada e eu fico com um aperto no peito. Ultimamente ela fica mais no hospital do quê em casa, tem vez que ela chora me pedindo para ir embora.

Eu tô nessa sozinha porquê não posso contar com Erick pra nada, ele queria isso e quando conseguiu, simplesmente virou as costas e não liga pra mais nada.

—Mãe?– ela me chamou acordando.

—Oi amor, está melhor?– passo a mão pelo seu cabelo e ela deu um sorriso pequeno.

—Estou um pouco melhor– beijo sua testa e a porta é aberta.

—Vai descansar, eu fico com ela– meu irmão diz me abraçando pelo ombro e deixando um beijo na minha cabeça.

—Me liga se acontecer alguma coisa– deixo um beijo na bochecha dele e depois deixo outro beijo na testa de Blair– Mamãe vai ali e já volta, o tio vai ficar com você– ela concordou com a cabeça.

Saio do quarto e sigo para saída dos fundos, ninguém pode me ver aqui porquê vão ficar especulado e contar mentiras. Dirijo até uma cafeteria no centro e sento em uma mesa, fazia três dias que estava no hospital e só Deus sabe o tanto que eu tô cansada.

Peço um café forte e um pedaço de torta de morango. Meu pedido chega e eu agradeci, vejo um casal entrar rindo de mãos dadas na cafeteria e tinha muita gente lá fora pedindo fotos e autógrafos.

Eles se sentaram na minha frente ainda eufóricos, desvio o olhar para não parecer uma louca psicopata. Meu café e a torta chega, fico mexendo na comida sentindo meu estômago enjoar, empurro o prato pra longe e só tomei o café.

Sinto alguém me encarar e tento ignorar mas começa ficar desconfortável, então eu olho em volta e meus olhos pararam no ator querido por todos.

Timothée quebra o contato visual e olha para Taylor. Eles fizeram um filme juntos a pouco tempo e foi um filme muito bom. Termino de tomar meu café e deixo uma gorjeta em cima da mesa, pago a conta e ando até meu carro.

Que mundo pequeno.

Chego em casa e me joguei no sofá. Tomo um banho demorado quando saio já está de noite, enquanto terminava de me vesti, escuto Erick chegar e me arrependo de ter dado a ideia de morar juntos.

Vou até a cozinha e ele fica me observando do balcão, deve tá bêbado de novo.

—Como Blair está?– perguntou baixo e eu olhei pra ele.

—E isso importa pra você?– falo irritada.

—Eu sou o pai dela– fala da mesma altura me fazendo dar uma risada irônica.

—Agora você é o pai?– digo encostando na bancada para encarar ele– O pai que não vai visitar a filha doente, o pai que não ficou acordado medindo a temperatura ou ficar de olho pra ela não se afoga no próprio vômito– ele se levantou irritado e caminhou na minha direção.

—Contínuo sendo o pai dela, você querendo ou não– sinto sua respiração perto do meu rosto.

—Pena que eu não achei um homem de verdade para cuidar de mim e da minha filha, Timothée faria isso muito bem– ele acertou o meu rosto me fazendo virar o rosto.

enemies for friends and loves?-T.COnde histórias criam vida. Descubra agora