Capítulo XI

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Pov Tony...

O brilho do sol me acorda cedo, e mesmo levemente acostumado a acordar cedo por conta da empresa e Peter, não esperava isso no sábado. Então comecei a resmungar colocando o rosto no travesseiro.

- Pare de se mexer tanto, Stark!- Pediu Strange com a voz rouca pelo sono, prendendo-me com o braço em minha cintura, puxando-me para perto de si.

- Bom dia!- Resmungei, o mesmo me deu um leve beijinho no ombro, e logo me lembrei da nossa npite juntos.

- Boa madrugada, você quis dizer! Tá muito cedo e você já acordou!

- Ninguém mandou você não fechar as cortinas ontem. Agora me solte, tenho que ver meu telefone!- Mandei, o mesmo riu com sua voz rouca e me puxou para ainda mais próximo de si.

- Eu tava muito ocupado ontem, alguém me fez esquecer que existia o mundo lá fora ontem? Você conhece ele?- Disse, senti meu sangue ir para minhas bochechas, logo dei um tapinha nele e me soltei de seu aperto.

Coloquei minha cueca box e a camisa que ele tinha usado ontem, vou até o banheiro começando a procurar uma escova de dentes nova.

- Ste, onde tem escova de dentes reserva!

- Tá na gaveta direita do móvel, amor!- Me senti um pouco, não sei bem como explicar, quando ele me chamou de amor, mas logo tento apagar isso e acho a escova reserva.

Após escovar os dentes vou até o quarto, cato as roupas que estão jogadas no chão e coloco na poltrona de leitura do Strange. Sento na cama de costas para Stephen e abro meu celular, com uma notificação de três minutos atrás de dois áudios enviados por Luísa Menezes.

- Eu sabia que você não ia voltar hoje, diz oi pro papai, pete! "Papahajasjaha" aproveita bem isso ai hein Tony Esterco! Logo você volta pra vida real, não é pete? "Hasbhajsbnaan"

Ri desse áudio, meu menino estava bem, feliz e falando um pouco mais a cada dia. Sempre me bate aquela duvida, me pergunto se sou ou não um bom pai, se saberei explicar pra ele o que houve, se em algum momento Maya Parker irá voltar e querer seu filho de volta.

- Stark, onde fica o talco reserva de Peter? E porque diabos você esconde essa merda "Melrda" Peter não pode falar essas coisas! Me chamar de tia você não faz, sua praga fofa! Anda logo Tony, tô precisando desse diabo! "Dinabo" Peter!

Rindo alto me sento encostando na cabeceira cruzando as pernas, Stephen abriu os olhos de maneira cerrada, ele realmente tentou voltara dormir? Besta! E logo veio deitar a apoiar a cabeça em meu colo, então eu iniciei um áudio.

- Se orgulha disso, Luísa? Ensinando uma criança de três meses e três semanas a xingar? Meu muleque é um gênio, eu sei, mas que caralho viu! E o talco tá dentro do armário, igual o Kleber da cantina, em cima da prateira mais alta, pede ajuda pra sua marida pois você é muito baixinha! Irresponsável!

- Luísa tá ensinando um bebê de três meses a xingar? Mas bebês de três meses mal falam!- Afirmou Stephen chocado, de olhos fechados enquanto acaricio seus cabelos.

- Meu filho é um gênio igual o pai, Strange, agora acorde, tenho que voltar pra casa daqui a pouco!- Respondi e ele levantou com uma cara confusa.

- E eu posso saber o que o senhor tem pra fazer com tanta pressa?!- Perguntou ele com seu clássico sorriso debochado no rosto.

- Na verdade nada, só não sei se você vai me querer aqui por muito tempo! Agora vai escovar os dentes, vou arrumar a cama!- Ele quase pulou da cama, me levantei pra começar a arrumar, o mesmo veio em minha direção e me abraçou por trás.

- Sempre vou querer você aqui, Anthony! Eu não vou fugir, não preciso de segundas chances, só preciso de uma chance pra te provar que posso estar contigo, eu não vou abandonar o barco!- Exclamou o mais alto beijando meu ombro e pescoço, fazendo-me jogar um pouco de meu corpo pra trás, querendo aproveitar mais daquele calor.

- Obrigado, Ste... Agora não me enrola e vai escovar os dentes!- Mandei dando leves tapinhas em seu braço, o mesmo riu, mordeu-me de leve no ombro e me soltou indo ao banheiro.

Enquanto arrumava a cama lembrava da noite maravilhosa que tive, mas não só naquela cama, na ida, no jantar, na volta. Eu estava com medo, das últimas vezes em que me entreguei, acabei ferido, dou um adulto, com alma de criança, que tem um filho, isso é realmente não só chocante pra você, empresas multimilionárias, meu pai era bom nisso, mas com o psicológico fodido, vou começar a terapia essa terça, com muito medo de me entregar, meus últimos romances não acabaram bem.

Sinto que Stephen é sincero com o que diz, acredito nas palavras dele, mas tenho medo de acabar como acabou os últimos. Meu medo não é nem do relacionamento em si, a verdade é que o meu medo maior é ele acabar por conta de coisas completamente imperdoáveis e/ou sem nenhum tipo de cabimento.

Meu primeiro foi com uma mulher, muito desconfiada, mas eu era completamente fiel, não tinha me descoberto como bissexual ainda, e quando me descobri e contei isso a ela a mesma começou a gritar, me chamar de viadinho e os caralhos. Meu segundo foi com um homem, mal caráter, ele me traiu. O terceiro de novo com uma mulher que morreu em um acidente de carro enquanto dirigia alcoolizada, com a amante.

Eu sou um verdadeiro imã de desgraças e Stephen Strange é tão bom que me deixa com medo. Eu tenho medo de me entregar demais e acabar daquela forma. Quando percebi já tinha terminado de arrumar a cama, estava em pé olhando para o nada e Stephen estava apoiado na abertura da porta olhando-me.

- Um dólar pelos seus pensamentos!- Disse ele chegando mais perto de mim e me envolvendo em seus braços, não sei se é impressão minha ou se ele realmente tá mais grudentinho hoje, só sei que adorei.

- Eu sou louco querido! Você não vai nem querer saber!- Falei com um leve sorriso, o mesmo riu e apoiou seu queixo em meu ombro.

- Adoro sua loucura! Quer comer o que?- Perguntou ele após uma declaração super fofa.

- E o que teria nel tuo dispensa?- Questinei me virando pra frente, poderia me afogar na profundeza de seus olhos azuis claros.

- Eu não sei!- Respondeu e logo começamos a rir, sem preocupações sobre o futuro, sem pensamentos no passado, apenas no presente. Queria viver na profundeza daqueles olhos pra sempre.

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Capítulo Revisado
Palavras: 1105

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