Enrico Brassard

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Enrico...
Com tudo que vem acontecendo ultimamente, decidi dar um, basta! Nem que para isso eu tenha que enfrentar a tempestade da Cristina!
Só em pensar que estou perdendo Pietra, isso está me corroendo por me deixar levar pela Cristina. Depois da conversa que tive com Pietra e tudo que aconteceu naquela noite, não poderia ficar parado, eu preciso tomar uma atitude o quanto antes.
Cristina está diferente, depois da nossa conversa foi até compreensiva, falei com ela sobre o nosso relacionamento e disse que não estava dando muito certo e era melhor darmos um tempo, para pensamos melhor o que realmente queríamos. Fiquei até surpreendido pela calmaria dela, já que não faz parte do seu feitio.
Mas sei que ela deve estar aprontando algo, porque ela não é o tipo de pessoa que se deixa para trás tão fácil assim. E que isso só passaria de um teatro.
Ela saiu do meu apartamento sem fazer nenhum escândalo e até mesmo nenhuma ameaça, só me fez prometer que não ficaria com a Pietra, mesmo sabendo que para mim no momento não poderia cumprir.
Mas teria que deixar alguns dias passar para voltar e conversar com Pietra e tentarmos nos entender. E quem sabe recuperar o tempo que ficamos longe um do outro.
 
 Saio de casa e sigo para o escritório…
 
Quando estou estacionando na garagem olho em direção ao elevador, a Pietra acaba de entrar, essa é a minha oportunidade, ela ainda não me viu me apressou, pego minha mochila e travou meu carro, vou em direção para tentar chegar a tempo, assim que chego à porta é fechada, aperto o botão para acionar o elevador para abrir as portas novamente.
Quando entro, Pietra se assusta e fica corada com a minha presença e aproveito o momento para admirar lá…
— Bom dia, Pietra! _falou quebrando o gelo, já que ela está toda sem graça consigo sentir sua tensão daqui...
— Bom dia. Enrico não tinha te visto, por isso não segurei o Elevador. _ me aproximo ainda mais dela deixando um beijo no canto de sua boca, a pegando de surpresa...
— Eu percebi, mas não tem problema! _ falo sussurrando em seu ouvido vendo o quanto mexo com ela, sem mesmo a tocá-la e acabo me afastando...
Meu celular começa a tocar… quando olho o nome da Cristina brilhando na tela, fico pensando se atendo ou não... acabo por desligar o celular e o melhor a se fazer nesse momento.
— Não vai atender? _ pergunta ainda com o rosto corado.
— Não é nada importante. E você como está? Muito trabalho? _ mudo de assunto.
— Entendi, estou bem, na correria, mas estou sobrevivendo, trabalho nunca é demais, vim trazer um projeto para Eduardo assinar, para iniciarmos quanto antes, porque terei que viajar de última hora, pretendo deixar tudo organizado, assim não acumula tanto trabalho! _ Ela falando assim me deixa hipnotizado imaginando como seria ela em uma reunião, meu amigo já começa a despertar dentro da minha calça, tento controlar minha respiração ou irei atacar lá aqui mesmo no elevador ...
— Viagem a trabalho? Ou descanso? _ Fico curioso para saber por qual motivo da viagem, quem sabe não posso acompanhá-la.
— A trabalho, e Cristina como está? _Ela e esperta, já muda de assunto ou quer me sondar.
— Sério? Que você quer saber sobre Cristina? _ Ela fica vermelha ao perceber que eu não tiro meus olhos de sua boca, com uma vontade de beijar lá….
— Não, só perguntei por educação! _ Acabo rindo por saber que ela está fugindo do que poderá acontecer...
— Sua sinceridade me impressiona! _ pisco o olho para ela a deixando vermelha.
Somos interrompidos pelo elevador avisando que chegamos ao nosso destino bem que poderia prolongar ainda mais nosso papo.
— Pietra, que tal almoçar hoje? _A convido, ela fica pensativa...
— Enrico, melhor não.
Ela sai, sem olhar para trás e me deixa sem entender o porquê de ela recusar meu convite?
Decidi não insistir por agora, qualquer coisa na hora do almoço vou até o escritório dela. Assim ela não vai ter como escapar do meu pedido!
 
A manhã foi frustrante, e como se algo tivesse fora do lugar, queria muito encontrar a Pietra novamente quanto antes, aquilo me incomodava de um jeito que estava perdendo minha paciência e meu mau humor estar em redutivo.
Aproveito que a reunião terminou, e sigo para o meu propósito de chegar até Pietra.
Aviso a minha secretária que só volto depois do almoço, qualquer imprevisto me encontrara pelo celular, mais uma vez recebo aviso de que a Cristina deseja falar comigo, não tenho nem paciência para ele agora.
Vou em direção ao escritório da Pietra que não fica tão longe, só duas quadras daqui, mas sigo de carro para ser mais rápido assim ela não tem opção de escapar!
Chegando ao escritório da Pietra, a recepcionista me informa que ela estará em uma reunião que já deve estar finalizando, decido esperar no hall mesmo, já que a sala de reunião fica de frente, assim que ela sair eu a verei.
Aproveito e dou uma olhada no meu e-mail para ver se tenho alguma novidade de um dos sócios que ficou de enviar uma proposta…
 
Quando notou uma movimentação, são a equipe dela saindo da sala, a espero sair…
— Pietra! _ Ela vira e fica me encarando…
— Enrico, o que está fazendo aqui? _ me questiona surpresa.
— Eu vim… somos interrompidos pela Cristina me chamando...
— Amor, que bom que te encontrei, precisamos resolver um probleminha! _Fala Cristina quebrando o clima, deixando Pietra sem graça. A encaro como se fosse meu pior inimigo naquele instante!
— Olá Pietra, como vai? _ Ela a cumprimenta.
— Vou bem, agora preciso ir.
— Depois falo com você Pietra. _ ela acena sem entender o que acabou de acontecer aqui, e posso apostar que nem estou entendendo.
Saio do escritório da Pietra puxando Cristina pelo braço com muita raiva, como ela soube de que estava aqui? Eu não falei para ninguém!
— Cristina, o que você veio fazer aqui?
— Vim te lembrar, do nosso acordo! Nós demos um tempo Enrico, e você já estar se rastejando para essa sonsa!
— Sim, lembro mais caso você não se lembre eu tenho alguns assuntos para tratar com Pietra, então trate de me deixar em paz!
— Enrico, se você insiste em ficar se encontrando com ela, vou até à delegacia e conto tudo, não me teste eu não estou brincando Enrico!
Ela não me deixa nem responder e vai embora, com muita raiva sabia que ela não me deixaria em paz, tento acalmar meus ânimos para poder conversar com Pietra…
 
Quando estou entrando no hall ela está saindo com uma das meninas da equipe, no mínimo está indo almoçar.
— Pietra, preciso falar com você! _Ela me olha surpresa por voltar.
— Enrico é melhor você ir embora. _ fala com um tom de cansada.
— Eu só saio daqui após conversarmos. _ Ela me encara, séria.
— Tabata, você pode ir à frente, em seguida te encontro lá, não irei demorar muito.
— Não, precisa se apressar!
Amiga dela fala, e vai seguindo o caminho para fora do escritório.
Pietra indica o caminho até a sua sala, que por sinal está muito bonito posso afirmar que está a cara dela.
— Enrico, o que realmente você quer? Você está querendo brincar com meus sentimentos é isso? Por que se for é melhor você me esquecer por que não serei seu passatempo.
— Pietra, me desculpa por isso, mas eu vim até aqui para te levar para almoçar, não sei como….. Meu celular começa a tocar número estranho, por que não o reconheço... — Só um minuto Pietra.
— Alô!
— Enrico Brassard, aqui quem está falando é o delegado, Fontes. _ Fico sem entender o porquê da ligação.
— Em que posso ajudar delegado?
— Sua namorada Cristina Oliveira, estar aqui preciso que você venha quanto antes aqui na central Delegacia Leste.
— O que Cristina está fazendo aí? _ já começo imaginar o que ela pode estar fazendo lá me sobe uma raiva só de imaginar.
— É melhor você vir, assim podemos conversar. _ ele é brando na ligação.
— Certo, chego em breve.  — Pietra, preciso ir, depois conversamos.
— Aconteceu alguma coisa Enrico?
— Nada que eu não possa resolver, depois nos falamos. Ante de sair deixo um beijo em sua testa, ela me encara confusa.
Fico com ódio da Cristina, que vagabunda ela está realmente disposta a me destruir.
Peguei meu carro e fui em direção a delegacia no automático com minha cabeça fervilhando…
 
Estaciono o meu carro e vou à procura do delgado Fontes.
— Boa tarde, gostaria de falar com Delegado Fontes. _ Falo no balcão um dos policiais me atende.
— Seu nome senhor?
— Enrico Brassard!
— O delegado está à sua espera, por aqui. _Ele me acompanha até a sala que o possível delegado está.
— Pode entrar. _ o policial indica.
Entro na sala e a Cristina está sentada com os olhos vermelhos e o Delegado ao seu lado segurando um copo de água, fico curioso para saber o porquê dessa cena.
— Você deve ser Enrico Brassard, Delegado Fontes! _ Cristina vem para meus braços chorando, me abraçando forte fico sem entender, mas o abraço.
— Sua namorada foi vítima de tentativa de assalto estar muito nervosa, não poderíamos deixá-la sair assim, por isso liguei para você acompanhá-la.
— Como isso aconteceu Cristina? Prenderam o bandido? _a questiono, já que sei o quanto ela pode ser sínica. Mais quem responde é o delegado.
— Calma meu rapaz, já está tudo resolvido, só acalma a sua namorada que com resto eu resolvo.
— Certo, obrigado Delgado Fontes!
Saio com a Cristina ainda pendurada em meus braços, mas ao passar da porta da entrada, ela me olha com um olhar frio ela se encosta no meu carro enxugando suas possíveis lágrimas.
— Esse é o último aviso. Enrico, fiquei longe da Pietra ou algo de ruim vai acabar acontecendo e você será culpado.
— Eu não acredito, que você conseguiu fazer essa palhaçada toda Cristina!
— Só te mostrei do que sou capaz, e aposto que se eu voltar lá agora e contar tudo que eu sei sobre você, irá apodrecer na cadeia Enrico!
— Você é uma louca Cristina!
Entrou no meu carro e saiu, cantando pneu sem nem olhar para trás!
Ela precisa se internar.
Ela é muito cínica, fria, um ser desprezível.
Até onde vai esse ódio da Cristina, preciso tomar minhas providências, preciso resolver logo esse assunto para me livrar de uma vez dela ou não terei paz para me resolver com Pietra.
Quando eu estiver, mas calmo irei conversar urgentemente com meu advogado, preciso reverter esse assunto pendente ou Cristina vai acabar com minha vida de uma vez por todas não posso permitir que ela chegue tão longe! Enrico

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