Amor da reconciliação

830 79 26
                                    

Fanfic by Sara parte 154
Autora: Sara R.
#sararussinholi

Todos os direitos autorais são reservados a autora citada acima, qualquer uso parcial ou total sem autorização será considerado crime virtual e ou autorais. LEI N⁰ 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 e punido pelo artigo 184 do Código Penal.

************************************
- Vamos Yaman , me diga, estou esperando
- Eu só me defendo e defendo a minha família, você sabe que tenho muitos inimigos
- Sei , sei muito bem, sei também que muitas coisas poderiam ser evitadas.
- Não quando se trata da segurança da minha família
- Por isso vivemos sempre em guerra, sempre correndo riscos
- Eu faço o que faço para proteger vocês
- Claro
- O que queria que eu fizesse?
- Vivesse em paz , seria uma boa vida
- Espere, sua vida é ruim ?
- Desde que você entrou em minha vida ela virou do avesso, experimentei coisas que nunca imaginei, boas e ruins , isso me leva a pensar, será que sempre viveremos cercados pelo perigo?
- Essa é a minha vida
- Eu sei , suspirou , se deitou na cama de costas para ele
" Será que ela é infeliz? Será que pensa em me deixar?"
Ia confrontá-la mas desistiu , vestiu a roupa que tinha por ali mesmo e desceu para buscar o café da manhã.
Quando voltou Seher já dormia, as horas debruçada na mesa do refeitório na fria madrugada a deixaram cansada.
- Tão linda e tão teimosa, Yaman deixou o café da manhã ao lado da cama e se deitou também.

Acordou horas depois com Nedim ligando
- Yaman conseguimos a liberação para voar, temos que aproveitar o tempo e partir . Nedim estava louco de saudades de Ece, queria estar em casa o mais breve possível.

Yaman acordou Seher
- Acorde, temos que ir
- Hã? Onde ? Se sentou assustada na cama
- Fique calma, está tudo bem
- O que foi?
- Nosso voo foi liberado, temos que partir
- Vou me trocar, se levantou e foi se trocar . Vestiu a roupa que tinha , não havia outra.

Durante o voo ela fechou os olhos e se agarrou na poltrona, tinha medo mas, não daria o braço a torcer, Yaman por sua vez também não recuava
" Sei que está com medo , mas não vou segurar em sua mão ".
Dois emburrados seguiram em um voo que para ela parecia uma eternidade, para ele era quase insuportável ficar sem tocá-la.

- Graças à Deus! Desceu do helicóptero dura de tensão

Seguiram para casa e Yusuf a recebeu com um abraço caloroso.
- Teyze!
- Oi meu querido! Como você está?
- Estou bem, senti muita saudade
- Eu também, meu amor, senti muito sua falta .
Da cozinha veio um cheiro delicioso
- Que cheiro bom
- Adalet abla está fazendo bolo
- Mesmo?
- Sim
- Estou morrendo de fome, vamos até a cozinha querido
- Vamos, deixaram Yaman para trás e foram correndo

No balcão da cozinha haviam algumas quitandas, pão fresco, biscoito , geléia e minutos depois um bolo quentinho saiu do forno. Seher comeu tudo o que podia
- Teyze, nunca te vi comer assim
- Humm querido, estava com muita fome , não comia desde ontem, já é quase noite , é por isso , falava de boca cheia
- Ahh entendi, mas você sempre me diz que não devemos pular as refeições
- Verdade querido, mas acontecem algumas coisas fora do comum e às vezes eu preciso resolver antes de comer
- Coisas de adulto?
- Isso querido, quando for maior vai entender
Ele riu

- Vamos subir tia , tenho que te mostrar meu caderno , foi a arrastando escada acima

Yaman tinha subido direto para o escritório, sabendo da teimosia de Seher, imaginava que ela não daria o braço a torcer , e ele também não pensava em ceder
- Estou certo , não posso ser culpado por proteger minha família, já ela , ela tem opção, pode ficar em casa, não precisa estudar, não precisa trabalhar, não precisa de nada , comigo ela tem tudo, está segura.
Cenger o interrompeu, tirando ele dos pensamentos em que estava
- Gostaria de um café?
- Sim , forte por favor
- Algum problema? Cenger o interrogou já sabendo a resposta, o conhecendo como conhecia sabia que algo o incomodava
- Você acha errado eu querer proteger minha família?
- Errado ? Não, não acho
- Isso! Bateu na mesa , ela está errada
- Ela ?
- Sim, Seher, ela é a errada
- Desculpe, não entendo
Yaman relatou a ele  a discussão
- Estou certo !
- Em partes
- Como assim Cenger ? Você não disse que não era certo proteger minha família ?
- Sim disse
- E então, como sou errado em partes
- Você já parou para pensar em Sra. Seher? Em como era sua vida antes de entrar para essa família? Consegue ver as lutas que travou sem nenhuma arma ou quem a pudesse defender de você mesmo ?
Yaman parou pensativo, os primeiros meses deles não foram fáceis.
- Sra. Seher teve que aprender a lidar com coisas que nem imaginava, sua vida era muito pacata, tranquila. Chegando aqui ela aprendeu a lutar contra um gigante, e isso fez dela o que ela é hoje , corajosa e destemida, sem tirar a essência bondosa que ela tem.
- Você tem razão Cenger, suspirou.
-  Se não precisa mais de mim ...
- Obrigado!
Cenger saiu e deixou Yaman pensativo.
Quando resolveu sair do escritório já era tarde da noite, não quis descer para jantar. Chegou ao quarto e Seher não estava lá
- Onde ela foi? Será que foi dormir em outro quarto? Saiu a procura dela, a encontrou no quarto de Yusuf, dormiam abraçados, ela sentada na pequena cama , com um livro na mão e Yusuf ao lado dela , passando os braços em sua cintura.
Yaman o retirou de cima da tia , o cobriu , tirou o livro da mão dela e a levou para a cama deles . Seher dormia profundamente e não se viu ser levada.
Acordou com o sol invadindo o quarto
- Bom dia! Yaman estava sentado ao lado dela na cama, lindo , cabelo impecável, terno azul marinho com uma camisa azul mais clara
" Ele fica lindo de azul "
- Bom..  dia ... falou quase babando por vê-lo tão lindo
- Trouxe seu café, colocou sobre as pernas dela uma bandeja
- Obrigada! Não precisava  eu já ia descer, Yusuf deve estar me esperando
- Ele está com Ziah. Precisamos conversar
" Eu não vou me desculpar Yaman bey "
- Sobre?
Ele suspirou dando um sorriso discreto
" Você sabe bem sobre o que "
- Sobre nós
- Estou ouvindo, o que tem nós?
- Não vai tomar o café da manhã?
- Pode falar , se serviu de uma xícara de café e olhou para ele , bebendo o primeiro gole
- Eu não gosto de ficar brigado Seher, nós nos amamos e não devemos brigar por bobagens.
- Ah bobagens, ela riu
Yaman suspirou e coçou a testa
- Me expressei mal, sei que são coisas importantes, mas nada vale como o nosso amor . Eu sei o quanto estudar é importante para você , sei que viver comigo não é fácil, minha vida não é tão pacata como a sua era , e eu sinto muito por isso, mas há coisas que não posso mudar, eu faço, sempre fiz e farei tudo por você e Yusuf.
Seher se compadeceu do olhar que ele lançava, ela sabia que ele os amava mais que a própria vida, sabia também que ele era ciumento, que a forma como conquistou seu patrimônio gerou inveja e muitos inimigos, era fato que sentia saudade da sua vida tranquila, mas fato maior era que o amava , amava muito e estava disposta a enfrentar tudo por ele , tudo por seu grande amor . Bem ou mal, vivendo a vida com ele se tornou forte , sem perder sua frágil essência, aprendeu a lutar e a defender quem ama, com ele, o gigante forte e protetor, o mesmo que também era seu príncipe encantado.
O olhar de Yaman era de arrependimento, amor e cuidado. Ele queria dizer a ela que estaria sempre segura em seus braços, mas não a queria sufocada, ele queria dizer que ela era livre e que apoiaria seus sonhos, mesmo que isso o consumisse por dentro, não era por mal , ele era assim, ciumento, protetor e amoroso, viver a vida ao lado dela era como viver o paraíso na terra , não era nada além de amor, o mais puro e sincero amor.
Yaman se sentou ao lado dela na cama e ajeitou uma mecha de cabelo para trás das orelhas
- Seher, eu te amo tanto, que é penoso para mim imaginar que algo possa te acontecer, eu não posso suportar imaginar que algo te aconteça que alguém te faça mal ...
Ela colocou a mão nos lábios dele
- Nada vai acontecer, estamos bem e sempre estaremos assim , enquanto estivermos juntos nada nem ninguém será capaz de nos separar. Acariciou a barba dele e o beijou com ternura.
Ambos tinham os olhos marejados, a emoção os invadiu junto com o calor dos corpos que ansiavam pelo reencontro.
- Te amo tanto, tanto! Falava entre os beijos que foram se tornando cada vez mais quentes e urgentes.
Seher o agarrava pelos cabelos, as mãos apressadas dele invadiam por baixo do pijama .
Seher gemeu nos lábios dele que a devoravam quando ele lhe acariciou os mamilos. Foi a deitando na cama , a bandeja de café da manhã foi para o chão, as roupas foram sendo tiradas com pressa... nus entrelaçaram as mãos, olhando um nos olhos dos outros sentiram o unir dos corpos . Seher o recebeu mordendo os lábios, ele cerrando os dentes, queria prolongar ao máximo aquele ato de amor , o amor da reconciliação, entrava e saía sem pressa, as estocadas eram firmes e vigorosas , ele amava estar dentro dela e ela amava sentir-se preenchida de amor. Sussurrando palavras de amor se encontraram no mundo dos amantes, no gozo esplêndido.
Ofegante Yaman a puxou para seu peito, beijou seus cabelos e ficaram um tempo trocando suaves carícias. Ela deslizava os dedos finos pelo largo peitoral, ele corria os dedos grandes pelas costas e braços dela .
Depois de algum tempo desceram as escadas de mãos dadas , sorridentes, olhando um para o outro . Cenger os viu descendo e sorriu
- Fizeram as pazes
Eles nem notaram a presença dele por ali , foram para a cozinha, já que o café da manhã ficou espalhado pelo chão do quarto.
- Vou fazer uma omelete para você
- Eu adoro que sua omelete, o beijou
- Pode se sentar, logo estará servida
Seher esperava ansiosa
- O cheiro está ótimo
- Parece que tem alguém com fome
- Muita fome

Não demorou muito e Yaman serviu a omelete
- Bom apetite !
Sorridente Seher colocou o primeiro pedaço na boca, fez uma careta , sentiu uma náusea terrível e correu para o banheiro
- Seher? Yaman foi atrás
Seher vomitava sem parar, Yaman segurava seus cabelos e perguntava o que ela tinha, mas ela era incapaz de respondê-lo.  Depois que ela terminou ele a ajudou se levantar do chão, lavou o rosto dela e secou em seguida.  Seher se sentia fraca, estava trêmula
- Vamos ao médico, não é normal isso
- Não precisa, a voz era um sussurro
- Não há discussão aqui , vamos, está decidido
Seher nem tinha forças para discutir , no primeiro passo que deram para fora do banheiro ela desabou nos braços dele
- Seher?
Apavorado ele gritou
- CENGER!
Rapidamente o mordomo apareceu, vendo a situação já abriu a porta e correu na frente para abrir a porta do carro .
Yaman a colocou no banco de trás e correu para o hospital. Minutos depois Seher despertou, ele viu pelo retrovisor, ela tentava se levantar
- Amor? Como se sente? Fique quietinha, deitadinha aí, logo estaremos no hospital
Seher se deitou novamente e fechou os olhos, não se sentia com forças para questioná-lo

" Tomara que não seja nada grave " . Ele dirigia aflito a olhando pálida deitada no banco de trás do carro.

Mil Páginas De Um Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora