Capítulo 6

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Quando enfim carimbo a última folha, reviro os olhos e me encosto na cadeira exausta. Eu não sabia se o que mais deixava o meu sangue a ferver era do cansaço de tanto trabalho ou o ódio que eu estava sentindo dele.

Olho para o relógio de parede e já era muito tarde, eu me esforcei ao máximo para aquele idiota perceber que eu não iria dar espaço para alguma crítica dele ou no mínimo me chamar de incapaz por não conseguir concluir.

Observo o elevador se abrir e o segurança do prédio vem até mim apressado.

— Senhorita , tenho que fechar o prédio. — ele informa .

— Ok, já estou de saída.

Junto minhas coisas apressada , colocando todos os pertences na bolsa e sai apressada, era muito estranho estar dentro daquele prédio vazio , quando o normal era pessoas circulando constantemente e o barulho dos meus saltos ecoavam nos cômodos.

Quando passei da porta noto que estava começando a chover , eu esqueci de trazer o guarda chuvas e reviro os olhos irritada pelo tempo ser tão inconstante na cidade. Olho envolta e percebo que ficando ali eu não iria conseguir o bendito do táxi, ainda mais por meu novo endereço que era a casa de Stephen ser tão distante.

Corro para a calçada e começo a andar, dei a mão a alguns táxis mas eles estavam com passageiros ou não estavam trabalho. Foi nesse momento que para piorar a chuva se intensifica e eu agradeço por minha bolsa ser de couro, agarrando ela em meus braços para proteger de molhar os meus pertencer principais.

A água escorria do meu rosto e eu quase não conseguia enxergar nada a minha frente com tantos pingos fortes sobre o mesmo quando vejo um carro luxuoso para ao meu lado, eu não dei muita bola e continuo andando sem dar importância, mas o carro me a companhia lentamente.

— Sophie...eiii...— a voz familiar grita.

Stephen estava em seu carro com o vidro baixo apressado para que eu o veja, olha como ele estava sendo gentil.

— Não quero obrigada !

Respondo continuando a andar ainda mais rápido. Eu preferia ficar andando na chuva do que dar a ele o gosto de me dar uma carona. Mas ele não entendeu isso não pois continua a me seguir mesmo assim .

— Você vai ficar doente Sophie não seja teimosa. — ele insiste.

Eu ignoro mais uma vez suas tentativas mais quando vejo um relâmpago clarear todo o lugar seguido de um trovão barulhento , eu tinha pavor. Corro até o carro e abro a porta apressada me sentando ensopada no banco do seu carro.

— Vou aceitar por que realmente está muito forte as chuvas, do contrário não aceitaria.

Eu afirmo para ele não ficar se achando o vitorioso mesmo vendo em seu sorriso demonstrava que ele ainda sentia dessa forma.

Estava tanto frio, mas tanto frio que eu tremia e mesmo ele ligando o aquecedor eu não conseguia controlar batendo o queixo e me encolhendo. As roupas estavam completamente molhadas o que intensificará ainda mais. Stephen tira o seu blazer e coloca sobre mim afim de amenizar mais não sutil muito efeito pois as roupas molhadas e a temperatura de inverno na cidade fazia com que piorasse mais a minha situação.

De repente ele vira uma esquina e eu estranho imediatamente o trajeto pois não era esse que iria chegar a sua casa.

— Para onde estamos indo ?— pergunto confusa.

— A um hotel .— ele responde de forma fria.

— Mas ...mas...— tento afirmar que não queria isso.

— Você quer ficar doente ?Olha suas condições e a distância para chegar em casa ! — ele olha para a rua tentando enxergar algo. — Além de que dirigir nessa chuva não dar a muito certo.

Eu poderia tentar intervir mas me verdade Eu estava me sentindo péssima com o frio que me fazia tremer e sentir os meus músculos rígidos.

Ele entra no estacionamento e saímos apressados, ele vai até a recepção e resolve tudo muito rápido para ir a um dos quartos e quando eu chego no lugar escolhido por ele noto que ele fazia questão para escolher os melhores quartos.

Naquele momento eu começo a pensar que ele estava fazendo aquilo se preocupando comigo então fiquei tocada com a sua atitude. Entramos no quarto do hotel e olho envolta observando todo o requinte do lugar , Stephen tinha um bom gosto realmente.

— Um banho quente lhe fará bem.

Ele e sugere e coloca uma bolsa sobre a mesa, essa que trazia em mãos desde que saiu do carro.

Vou até o banheiro e fecho a porta, embaixo do chuveiro fico quieta deixando a água numa temperatura maravilhosa escorrer pelo meu corpo aquecendo e me fazendo voltar ao normal, tinha tremido por todo o caminho é somente agora estava me sentindo bem.

Olho para a porta do banheiro tentando imaginar o que ele estaria fazendo e mordo o lábio, ele estava sendo gentil dessa vez e talvez seria bom para ambos que mantivesse uma boa relação.

Quando termino sai do chuveiro e precisava vestir algo que não tivesse encharcado como a roupa que eu estava utilizando, visto o roupão que tinha disponível ali . Então escuto ele bater na porta e me assusto com o barulho, mas abro a porta para ele que estava ali segurando algumas roupas me entregando.

— O que é isso ? — pergunto confusa.

— Eu tenho algumas roupas no carro para emergência, lógico que não serve em você mas vão ajudar.

Ele da um passo a frente e nesse momento, de uma forma repentina ele escorrega, eu tentei ajudar mas acabamos caindo os dois no chão, para minha sorte eu cai sobre ele então amorteceu um pouco o impacto, só não podia falar o mesmo sobre ele.

Olho para seu rosto e ele estava fazendo careta.

— Droga !!

Eu olho preocupada , nosso rosto estava tão perto um do outro. Meu corpo sobre o seu me apoiando mas não me contive , gargalho muito com a situação. Ele olhava para mim completamente confuso mas também não segurou e acabou gargalhando junto comigo. O momento ficou tão leve que eu quando cansamos o riso tentando controlar nos olhamos mais uma vez, nos olhos um do outro de forma intensa e não resisti, ele também não. Nos beijamos intensamente, sua língua brincando com a minha.

A mão de Stephen passava por meu corpo , parecia querer sentir cada centímetro dele. O corpo roçava um no outro e eu sentia sua ereção em mim e isso nos deixava ainda mais entregue.

Suas mãos vão ao roupão e ele se senta fazendo com que eu fique em seu corpo mais sem parar o beijo, seus seios ficam a mostra é Stephen toca meu seio apertando me fazendo soltar um gemido baixo.

Mas de repente um telefone toca, nos abrimos os olhos. Ele passa a mão sobre o bolso da calça procurando o seu celular que tocava insistentemente. Olha para mim novamente e sorri selando meus lábios enquanto levanta o seu celular.

— Só um momento. — ele avisa.

— Tudo bem...

Então ele olha para o telefone em sua mão e nesse momento o seu semblante se transforma completamente. Os olhos ficaram fixos a tela e eu não tive tempo nem de dar uma olhada, ele me toca afastando do seu corpo com pressa e eu saí desajeitada. Ele saiu do banheiro numa rapidez que nem consegui acompanhar.

Contrato assinado -  Sr&Sra WolkerOnde histórias criam vida. Descubra agora