Contrato assinado - Sr&Sra Wolker

Capítulo 8

SOPHIE MADSON

Estava no carro de Steven e não sabia ainda para onde ele estava a levar-me. Olho para ele que estava ao meu lado no banco do motorista em silêncio e logo ele olha para mim novamente , ficou observando então eu desvio o olhar do dele, agora fixa a frente.

— O que houve ?—    Ele pergunta.

— Não confio em suas ideias. Você é estranho.

Afirmo com plena convicção do que eu estava falando, lembro-me do seu episódio do hotel e então aquele pensamento fica ainda mais evidente.

Nada mais foi dito e depois de alguns minutos estávamos chegando ao hospital onde minha mãe estava. Ajeito-me no banco do carro um pouco surpresa e inquieta. Olho para ele mais uma vez e um sorriso de canto charmoso aparecia em seus lábios.

Não conseguia acreditar que ele fez questão de trazer-me pessoalmente para ver a minha mãe. Era nesses momentos eu  tinha que segurar a bola e não me deixar levar com suas gentilezas, pois em questão de pouco tempo ele poderia mudar de ideia ou receber alguma ligação infeliz.

Quando chegamos no mesmo ele vai direto a recepção e em pouco tempo retorna a mim informando que eu iria poder visitar minha mãe. Meu coração acelera e eu fico completamente realizada por ter a oportunidade de vê-la viva e bem cuidada, disso não tinha como negar , aproximo da cama de hospital,  ela me olha com um sorriso e eu da mesma forma, um sorriso enorme de f@to.

— Oi mãe,  como se sente?—     pergunto.

Ela passou por cirurgia e estava pela melhor equipe, o que me deixava mais tranquila.

— Achei que ia ser pior filha, mas...está tudo indo muito bem. —      ela afirma.

Estava ao seu lado, passando a mão em seus cabelos carinhosamente e ela fecha os olhos quando inicio esse carinho.

— E você? Como esta querida ?—     se preocupa.

— Estou bem Mãe. —     afirmo.

Mesmo passando por tanta coisa, entre altos e baixo e me vendo casada com um homem pela qual não tinha amor, eu estava bem sim. Bem por saber que tinha feito a melhor escolha e ela estava sendo bem tratada e poderia ter uma vida normal quando enfim se recuperasse.

— Querida queria conversar algo com você. —      afirma.

Eu uni as sobrancelhas, estranhando pois o tom de voz que ela utilizou foi diferente. Realmente me deixando muito curiosa.

— Pode falar.—      libero para que fale.

— Eu sei que você sempre me perguntou sobre seu pai, tentei muito não precisar chegar a esse momento . Mas...eu pensei, se eu morresse nessa cirurgia e não conseguisse lhe contar.—     ela estava um pouco nervosa.

Percebi que falando sobre isso os Batimentos do seu coração aceleraram um pouco e eu fico preocupada.

— Mãe por favor, não fique nervosa. Não precisa falar nada. —     insisto afim de preservá-la.

— Eu estou bem, o que quero lhe dizer é que seu pai está vivo.—   fala de uma vez.

Eu paro, formulando aquela frase pouco a pouco em minha cabeça sem conseguir digerir ainda.  Abaixo o olhar e fico completamente confusa com aquela informação, ele desapareceu a muito tempo abandonando minha mãe e eu que na época era tão jovem. Eu ignoro aquela informação, não era algo que seria relevante para mim agora e não iria levar em conta.

Conversamos um pouco mais, agora de outros assuntos afim de fugir daquele que não era o momento ainda para ser tratado .

— Agora vou deixar você descansar. Eu voltarei logo mãe, fica bem e qualquer coisa só ligar. Ru estarei sempre sabendo notícias. Mas o pior já passou, te amo!