Capítulo 1 - O Acidente

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Naquele quarto frio e escuro, eu me encontrava escutando algumas músicas, jogando alguns jogos, e, assistindo algumas séries. Não estava triste nem feliz, mas devido ao fato de estar sozinha na vida já era motivo para colocar uma música triste e começar a chorar atoa, não que eu estivesse totalmente sozinha, tenho minha família e meu melhor amigo, que sempre me apoiam em tudo, mas mesmo assim... eu ainda sinto que isso não é o suficiente pra preencher o buraco em meu peito. Posso parecer ingrata por estar chorando mesmo tendo tudo que eu sempre quis, mas eu não escolhi me senti assim, não é uma coisa que eu deseje. Queria apenas ter um lugar para chamar de meu.

 Enquanto os últimos pingos de lágrimas caem de meus olhos, sinto meu celular vibrar levemente anunciando que já era hora de me arrumar para a festa de negócios da família.

Já no closet do quarto, vesti apenas um básico e social vestido preto, apenas pra dar aquele ar de sério e culto. Minha família era uma família muito influente no mundo dos negócios, eles eram parceiros de grandes empresas, teve uma época que nós éramos patrocinados pela Louis Viton. Hoje em dia somos parceiros da marca.

Chegando na sala de casa, dou de cara com meus pais, e a família Madison conversando. Meus pais queriam me casar com o filho deles, que na minha humilde opinião... era um chato. Mas eu conseguiria aturar ele por um tempo até minha família conseguir o que quer.

-Emilie, querida!- exclamou Sra. Madison.

-Olá Sr. e Sra. Madison.- cumprimentei com um leve sorriso amigável.

-Bom, já que estamos todos prontos, podemos prosseguir para a festa?- perguntou papai.

-Claro! Com certeza.- exclamou.

-Emilie, sente-se  com Jonathan.

-Converse um pouco com ele.- sugeriu mamãe.

-Claro.- exclamei.

Entrando na limusine, sentei-me ao lado do moreno pensando em algo para dizer. Mas sinceramente, não estou nem um pouco afim de interagir com outras pessoas.

-Olá futura srt. Madison.- me cumprimenta Jonathan com um sorriso debochado.

-Não começa Jonathan. Hoje não estou de bom humor.

-Percebi. A sua cara de cão chupando manga não mente.

-Ha ha ha - rio irônica - acordou com o Patati e o Patata enfiado no cu hoje?

- Aham - concorda - foi você que enfiou, esqueceu?

-Menino, acredita que eu esqueci? - coloquei minha mão sobre meus lábios, fingindo choque.

O garoto ri de minha pequena atuação, olhando fixamente para mim enquanto mantém o sorriso em seus lábios. Envergonhada, viro o rosto, tentando disfarçar.

-O que?! - diz em um falso espanto - eu consegui envergonhar a grande Emilie coração de pedra? - sorri sarcástico.

-Nada haver, não fica inventado coisa. 

-Ta bom, vamos fingir que a evitada de olhar não foi vergonha.

-Humf, tanto faz - bufei.

O caminho até a festa de negócios estava indo bem até um caminhão em alta velocidade, vir na nossa direção. O motorista do caminhão, assim como o da limusine, tentou desviar, mas a traseira do caminhão bateu em nosso carro, fazendo com que a limusine fosse tacada longe; literalmente. Meu corpo doía, minha vista estava turva, estava tonta e deslocada. Minha respiração estava ofegante, e pesada, tentava puxar ar para meus pulmões. Senti que podia morrer ali mesmo. Sinto meu corpo sendo puxado para fora da limusine, conseguia observar meus pais e a família Madison, com muita dificuldade. Não conseguia ver o que havia acontecido, apenas via o chão, manchado por uma cor em vermelhos carmesim. O chão estava ensanguentado, e a limusine pegava fogo. Estava perder a consciência, e a última coisa que conseguia escutar era as sirene de uma ambulância se aproximando.

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