Capítulo 2- Papai e Mamãe

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Depois do ocorrido, a escuridão tomou conta de meus olhos, como se tivesse dormido. Comecei a sentir muito frio, e tinha certeza que estava sem roupas, sentia grandes mãos entrarem em contato com a minha pele desnuda, me segurando como um bebe. Abri os olhos e tive certeza do que imaginei. Eu renasci.

Vejo um dos médicos me entregarem a uma mulher - aparentemente minha mãe - de lindos cabelos vermelhos, que de início, imaginei ser Kushina, mas estávamos em um hospital, e seus olhos eram roxos, ao invés de azuis.

A ruiva, então, me segura em seus braços, olhando-me com ternura e cansaço.

- Ela é linda. - diz um homem de cabelos pretos.

- Ela é a sua cara.

- Com certeza não. Ela é toda você, até o cabelo.

- Mas os olhinhos são seus. - disse com um sorriso meigo.

Logo o médico me retira dos braços da mulher, levando-me para uma sala diferente, fazendo exames, me pesando e medindo. Um tempo depois, uma das enfermeiras me veste em um macacão rosado com margaridas bordadas, em seguida, deixou-me deitada em uma das cama do berçário. Era quente e confortável, o que resultou em um sono repentino.

Sinto mãos quentes deslizarem sobre meu rosto, acariciando levemente. Abrindo os olhos, vejo ser o homem que encontrava-se na sala de parto. Seus cabelos escuros como a noite e olhos pretos como um par de ônix. Suspeito ser um Uchiha, mas não quero ser precipitada, apesar de ter certeza.
Seria possível a união de um Uchiha e uma Uzumaki?

- Minha pequena princesa. Princesa Uchiha - falou o homem.

É, eu tinha razão.

O homem continuou ali balbuciando algumas coisas, e me fazendo carinho. Até eu dormir novamente.

Alguns meses depois, já tinha saído do hospital e estava em casa. Descobri que minha mãe se chama Harumi Uzumaki, e meu pai Yuri Uchiha. A casa era muito bonita, uma casa no estilo tradicional japonês. A casa era escondida por grandes, e bonitas árvores de glicínia. Atrás da casa, encontrava-se um grande jardim, com um lago de carpas e bambus. Era muito confortante estar junto com eles, apesar de sentir falta dos meu pais do meu mundo.
Ser bebê não é fácil, principalmente quando você se lembra de sua vida passada. Comecei a andar com 10 meses, e meus pais ficaram chocados com tamanha rapidez, então tenho que tomar cuidado daqui em diante.

Os anos se passaram e eu me encontrava agora com quatro anos de idade. Meus pais haviam decidido me colocar em uma creche próxima de casa, localizada na Vila da Lua, conhecida também, como Tsukigakure.
Mamãe penteava meus cabelos para o primeiro dia de creche.

- Mamãe, você acha que as outras crianças vão gostar de mim?

- Claro que vão! Você é educada, gentil e simpática.

- Mas e se eles não gostarem do meu cabelo?

- O cabelo é de quem?

- Meu.

- Pois então a única pessoa que pode opinar sobre o seu cabelo, é você. Não deixe ninguém de rebaixar.

- Mas aí o que eu faço, mamãe?

- Você arrebenta eles! Lembra aquele soco poderoso que te ensinei?

- Hum?! - assente animada.

- Você acerta ele bem aqui, ó - apontou para sua têmpora.

- Bem forte né mamãe?

- Isso mesmo!

Quando mamãe terminou de pentear meus cabelos, disse para quando terminasse de me ajeitar, descesse para o café,  fui em direção a penteadeira. Estava com marias chiquinhas, e os elásticos tinham laços colados nos mesmos. Adicionei algumas presilhas roxas, vesti o uniforme, calcei minhas sandálias e desci para o café da manhã.

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