8 - A farra acabou

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Estávamos todos na piscina, confesso que estava a maior bagunça, porém divertido, quando o Júlio chega colocando todos pra fora, e iniciando a maior discussão com Júlia.

- A festa acabou todos pra fora ou eu levo um por um pra delegacia.

Ele fala com aquela voz grossa imponente, capaz de pôr medo em qualquer um que estava ali e fazendo com que a galera saia quase que correndo, e eu só consigo sentir arrepios e o corpo se aquecendo só de ouvi-lo, confesso que me intimida um pouco, mais mesmo assim sua presença me faz sentir coisas que nunca senti antes.

Júlia sai da piscina quase caindo de tão bêbada e começa a discutir com o pai sem parar, e eu fico aqui na piscina sem ação nenhuma só observando aquela discussão.

- Pai você não pode fazer isso com meus amigos, por eles pra fora da minha festa.

- Júlia dessa vez você passou dos limites, você tem ideia de quantas ligações de vizinhos eu recebi por causa do barulho e som alto. São 3:30 horas da madrugada e minha casa parecendo uma discoteca.

- Discoteca Pai? Isso nem existe mais, e a música nem tava alta assim.
Você me humilhou na frente dos meu amigos.

- Júlia já está na hora de você crescer, você já não é mais nehuma criança com essas atitudes infantis.

- Mais o Senhor permitiu que eu recepicionase meu amigos aqui pra comemorar a chegada da Alana, e agora estragou tudo.

- É e pra começar você mentiu, falando que ia ser só cinco dos seus amigos e eu chego aqui encontro minha casa nessa baderna com cinquenta ou mais.
Eu tive que deixar três ocorrências pra vim aqui acabar com essa baderna.

- Falou o vovozinho de 100 anos, para Pai o Senhor está exagerando até parece que nunca foi jovem na vida.

Eles entram pra dentro, discutindo mais ainda, esquecendo que eu estava ali presenciando aquela discussão.

Saio da piscina me enxugo em uma toalha, começo a recolher toda a bagunça espalhada por todos os cantos, havia muita bebida garrafas de cerveja e copos e mais copos pelo balcão, no chão um verdadeiro caos.

Na festa a gente nem se deu conta com a bagunça que estávamos fazendo, e a música está super alta mesmo, tem razão do vizinhos reclamarem principalmente as essas horas, jaja o dia amanhece e eu vou da uma geral aqui antes de subir para o quarto.

Fico pensando será que o Julio está bravo comigo também igual ele estava com a Júlia, não quero que se desaponta comigo, ou me mande embora por que afinal eu sou o motivo dessa festa ter acontecido.

Estou recolhendo toda a bagunça e perdida em meus pensamentos quando, ouço a voz rouca de Julio chamar meu nome.

E em um susto derrubo tudo no chão, por sorte dessa vez eu não segurava nenhum vidro.

- Oi Senh.. er quer dizer Júlio. ( Falo quase gaguejando)

- deixa essas coisas aí já está tarde, vá pra cama dormir amanhã vocês arrumam. Inclusive Júlia alias ela que tem que cuidar disso aqui.

- não, não há nehum problema pra mim em deixar tudo limpinho é até melhor amanhã, quando acordarmos não será preciso organizar mais nada.

- Tá bom, faça como você achar melhor. Ele fala se virando pra sair, mais eu chamo sua atenção novamente.

- Júlio!

- Sim!

-É é, eu quero quero pedir desculpas por hoje pela festa ter saído do controle, eu não imaginava que viria tanta gente ee...

Ele olha pra mim de cima abaixo e eu ali só de biquíni na sua frente e acabo ficando vermelha por estar tão próxima e me olhando daquele jeito, e percebo seu olhar parar em meus lábios, depois voltar em meu olhos.

- Não se preocupe Alana você não tem culpa de nada. Eu sabia que Júlia acabaria exagerando e é não é a primeira vez que isso acontece, depois que a mãe dela morreu ela ficou meio rebelde só vivendo de farras e festas, acredito que pra mascarar a dor da falta que ela sente da mãe, e também pela distância que isso tudo causou entre a gente.
Acredite, ela teria feito isso mesmo se você não estive aqui.

Ele fala passando a mão em minha buchecha com olhar sereno, não mais bravo como a pouco tempo atraz, e eu ali perdida em seus olhos e observando as palavras saírem de sua boca.

- Bom eu preciso voltar pra delegacia meu turno só acaba as 7h.

Ele se vira e sai pelo portão, e eu aqui só querendo um pouco mais da sua presença e sentindo seu toque carinhoso em meu rosto.

- Aí Alana para com isso, ele é o pai da sua melhor amiga, não se ilude, falo pra mim mesma.

Mais meu pensamentos não param eu só fico imaginando ele sem camisa igual a hoje de manhã, meu corpo todo se arrepia só de imaginar...

O pai da minha melhor amigaOnde histórias criam vida. Descubra agora