De love- Richarlison || 2°temp.

07

Duda narrando:

"- A gente pode conversar?- Richarlison pergunta..."

- Desculpa- Digo me levantando, saindo.
Ele me puxa novamente. Movimento rápido que faz meu corpo se arrepiar por completo.

- Não vou deixar você ir embora, não de novo.- Seu olhar mostrava o quão triste estava. Abaixo minha cabeça negando- Por favor, só conversar.

Suspiro

- Fala.

- Como você tá?- Solto uma risada irônica- É sério Duda.- Me olha- Eu sei que errei contigo, mas não dá maneira que tu tá pensando, jamais te trairia, eu te amo, minha preta, ninguém te substitui. Sem tu é impossível ficar, te quero do meu lado. Sei do que eu fiz, e posso te provar que eu não tava em mim. Ela me drogou e tirou a foto, eu já cheguei em casa mal, por isso não neguei. Lembrei de tudo no outro dia, papo que fiz até exame de sangue, pra te provar que não te trair, morena. Namoral, é muito ruim não te ter do meu lado, volta pra mim, por favor.

- Eu não posso Richarlison, você não tem ideia do quanto me magoou, eu quero acreditar em você, mas eu não consigo. Eu não posso fazer isso comigo, você me fez chorar por dias, me fez sentir coisas que eu nunca senti. É impossível esquecer. Eu te amo tanto, mas dói tanto te ver e lembrar de tudo, lembrar da cena que eu vi- Respiro fundo engolindo o choro- Porra, preto, dói tanto.- Ele me abraça e eu empurro ele, me soltando.

- Não faz isso Duda, me escuta cara, por favor, acredita em mim.- Pede eu enxergo verdade em seus olhos, mas não posso me permitir sofrer mais ainda.

- Eu não consigo, desculpa- Enxugo meu rosto, me virando, pra ir embora.

Ele me puxa novamente, mas pelo o impulso, acabamos grudando nossos corpos.

Minha respiração ficou totalmente desregulada, nossas testas estavam juntas e ele segurava minha cintura.
Não consigo segurar a imensa saudade que eu tava sentido. E então, ele inicia um beijo, lento mais cheio de saudade e desejo.

Tento lutar contra, mas é impossível.

Nossas línguas formavam perfeita sincronia, levo minha mãos aos seus cabelos e passo elas devagarzinho ali, sentindo ele puxar meu cabelo de leve, enquanto acariciava minha cintura. Arranho sua nuca e desço minha mão até seu abdômen, arranhando ali também, sentindo seu corpo arrepiar. Arfo ao ver o quão entregue ele estava pra mim.

Separamos o beijo e eu cai em mim.

- Desculpa, eu..

- Não se desculpa, foi eu quem te puxei.- Me viro novamente mais dessa vez sigo meu caminho- Ei, espera eu te levo até seu apartamento.- Fala e eu nego.

Oque não impede ele de continuar atrás de mim.

Atravesso a rua continuando meu caminho.

- Duda, por favor- Chama e eu paro em frente meu apartamento.- Eu tenho fé que isso é só uma fase. Só não me abandona, preta.- Ele novamente me puxa e eu não consigo evitar abraçar o mesmo,apoiando minha cabeça em seu ombro, me sentido segura como não me sentia a tempos.- Eu amo você- Junta nossas testas afastando meu cabelo,mas eu viro o rosto, escutando seu suspiro.- Não vou desistir de nois dois.- diz e deixa um beijo em minha bochecha.

Os braços dele saem devagar de minha cintura, e eu me separo, suspirando e dando as costas a ele.

Engulo em seco entrando em casa, vendo ele abaixar a cabeça e ir pra sua.

Respiro fundo, oque eu tô fazendo com minha vida?

Bebo água na cozinha, voltando pro meu quarto.

[...]

Richarlison narrando:

Essa porra dói, dói muito. Mais uma vez, ela escapou de mim, mais uma vez, eu deixei ela ir.

Subo pro quarto e me sento na cama, sentindo a primeira lagrima descer.

Eu amo ela, tlgd? Bagulho que não cabe dentro de mim. Em todos os aspectos, ninguém substitui ela não. Na beleza, no jeito de fazer, no sorrisinho envergonhado, no abraço, na hora de tá comigo nos momentos ruins.

Ela é de outro mundo, me deixa louco.

Encaro a foto dela no meu celular enquanto várias outras lágrimas caiam.

Ninguém merece sentir uma porra dessas, namoral mermo.

Não consigo controlar minha respiração, meu pensamento não saia dela e a única coisa que eu queria é poder tá abraçando em sua cintura, com a cabeça em seu peito, enquanto ela me tranquilizava de que tudo ia da certo.

[...]