POSSESSÃO OU POSSESSÃO DEMONÍACA

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Possessão ou possessão demoníaca é, de acordo com muitos sistemas de crença, o controle de um indivíduo (ou em alguns casos, objetos inanimados, como bonecos, ou animais) por um ser maligno ou sobrenatural. Descrições de possessões demoníacas normalmente incluem o prejudicamento da saúde, a mudança de comportamento e, muitas vezes, memórias ou personalidades do subjugado apagadas, junto a convulsões e desmaios como se a pessoa estivesse morrendo.[1][2] Outras descrições incluem o acesso ao conhecimento oculto (gnosis) e línguas estrangeiras (glossolalia), mudanças drásticas na entonação vocal e estrutura facial, o súbito aparecimento de lesões (arranhões, marcas de mordida) ou lesões e força sobre-humana. Ao contrário da canalização mediúnica ou outras formas de possessão, o indivíduo não tem controle sobre a suposta entidade que o possui e por isso permanece nesse estado até que a entidade seja forçada a deixar a vítima, normalmente através de um exorcismo.

 Ao contrário da canalização mediúnica ou outras formas de possessão, o indivíduo não tem controle sobre a suposta entidade que o possui e por isso permanece nesse estado até que a entidade seja forçada a deixar a vítima, normalmente através de um...

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Malleus maleficarum, Lyon, 1519.

Pintura de Francisco Goya mostrando São Francisco de Borja executando um exorcismo

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Pintura de Francisco Goya mostrando São Francisco de Borja executando um exorcismo.

Muitas culturas e religiões contêm algum conceito de possessão demoníaca, mas os detalhes variam consideravelmente. As mais antigas referências à possessão demoníaca vêm dos sumérios, que acreditavam que todas as doenças do corpo e da mente eram causadas ​​por "demônios de doenças" chamados gidim ou gid-dim.[3] Os sacerdotes que praticavam exorcismos nessas nações eram chamados de ashipu (feiticeiro) em oposição a um asu (médico), que aplicava bandagens e pomadas.[4] Muitas tábuas cuneiformes contêm orações para certos deuses pedindo proteção contra os demônios, enquanto outras pedem aos deuses para expulsar os demônios que invadiram seus corpos.

Culturas xamânicas também acreditam em possessões demoníacas e os xamãs realizam os exorcismos. Nessas culturas, as doenças são muitas vezes atribuídas à presença de um espírito vingativo (ou raramente chamado de demônio) no corpo do paciente. Estes espíritos eram mais frequentemente descritos como espectros de animais ou pessoas injustiçadas pelo portador, os ritos de exorcismo geralmente eram compostos de ofertas respeitosas ou ofertas de sacrifício.

O cristianismo afirma que a posse deriva do Diabo, ou seja, Satanás, ou de um de seus demônios. Em muitos sistemas de crença cristãos, Satanás e seus demônios são descritos como anjos caídos.[5] Os mais suscetíveis de serem possuídos são pessoas com limites fracos e baixa auto-estima, o que para céticos acerca da possessão aponta para o envolvimento do ego disfuncional em manifestações deste fenômeno, em vez de reais entidades externas.[1]

INFERNO

A origem do termo "inferno" é latino, infernum, que significa "as profundezas" ou o "mundo inferior". Origina-se da palavra latina pré-cristã inferus "lugares baixos", infernus.[1] É um conceito presente em diferentes religiões, mitologias e filosofias, representando a morada dos mortos indistintamente, segundo alguns, ou o lugar de condenação e grande sofrimento das pessoas más, segundo outros.


Ilustração medieval do inferno no Hortus deliciarum, manuscrito de Herrad de Landsberg (cerca de 1180)

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Ilustração medieval do inferno no Hortus deliciarum, manuscrito de Herrad de Landsberg (cerca de 1180).

O significado atribuído à palavra "inferno" atualmente advém da obra A Divina Comédia de Dante,[2] e da obra Paraíso Perdido, de Milton.[3] A ideia de um local de tormento ardente no submundo, porém, remonta a uma época muito anterior a Dante ou a Milton.

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