Uma noite complicada

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Como prometido, capítulo um pouco maior. E desculpa pelo horário 🌻Qualquer erro me avisem
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                                  Poliana

Finalmente cheguei em casa. Já estava um pouco tarde, por isso, evito fazer barulhos. A essa hora meu pai deveria estar dormindo e não quero que ele acorde, principalmente para ouvir reclamações sobre o horário em que cheguei. Paro em frente a porta ao escutar vozes lá de dentro. Penso em abri-la, mas o assunto me chamou a atenção.

- Não posso permitir que o Roger fique um segundo sequer a mais com o Pinóquio.Se minhas suspeitas estiverem certas, pode ser desastroso o final dessa história. Não quero mais Android a solta por aí.

- Como assim um andróide a solta? Você me disse que o Pinóquio era inofensivo. - falei abrindo a porta com força.

- Filha, você já chegou… 

- Pai, o que o tio Roger tem a ver com tudo?

- Calma, eu vou te explicar. Senta aqui.

Faço o que ele pediu. 

- Você sabe que o boneco foi roubado. E eu tenho quase certeza de que o seu tio está envolvido nessa história toda. Não queria te contar isso assim. Na verdade, nem queria que descobrisse. Mas, se eu estiver correto. Ele pretende levar o projeto da Ester pra frente, e fabricar novos Androides.

- Que? Não, meu tio seria capaz disso? 

- O Roger é capaz de tudo pra conseguir o que quer. 

Não pode ser. Esse pesadelo de novo não. Flash's do acidente invadem minha mente e  meus olhos enchem de lágrimas. Viro o rosto e as limpo discretamente.

- Ei, não fica assim filha. Eu prometo que nada de mal vai te acontecer, fica tranquila tá.

- Mas... e se a situação fugir do seu controle?

- Não vai. Toda essa tecnologia tem de servir pra alguma coisa. E não aconteceu nada até agora, dúvido que o Roger seja louco o suficiente pra fazer algo com você. Ele sabe do que eu sou capaz e com certeza não vai querer voltar pra cadeia.

- Tudo bem. - assenti ainda preocupada. - eu vou pro meu quarto.

- Espera. A sua prima ligou e disse que amanhã vocês iriam sair para fazer compras. E pediu pra você avisar a Kessya também.

- Compras? Ela não me disse nada.

- Ela avisou que não conseguiu falar com você, e também que não era um convite e sim, um aviso. Próxima semana será o baile e segundo ela, "não pode ficar rodeada de pessoas mal vestidas."

- Bem a cara dela mesmo. Tudo bem, obrigada pai.

Fui para o quarto e tomei banho tentando não pensar muito nessa história, mas minha mente não me deixa. Vislumbres vem a minha mente a todo instante. Saio do banho e tento ler um livro. Uma tentativa falha devido a minha falta de concentração nas palavras. Decido por fim me deitar e dormir. Com um tempo me revirando na cama, o sono chega.

Escuto um barulho que me faz acordar. O que consigo ver é uma silhueta embaçada, esfrego meus olhos para afastar o sono. Ao fazer isso, me revela a figura a minha frente: Pinóquio. Ele estava ali, diante de mim com um sorriso amigável no rosto. Me encolhi na cama e ele parece notar o meu medo.

- Vem Poli. Eu nunca te machucaria. - o boneco vem em passos lentos na minha direção e estende a mão. Meu coração estava acelerado e minhas mãos suadas.

- Você… Como pode estar aqui? É impossível entrar sem meu pai te ver. Você não é o Pinóquio, deve ser só minha imaginação.

- Sou eu. Segura a minha mão, ou você não quer ser minha amiga?

Um novo recomeço - EM PAUSA Onde histórias criam vida. Descubra agora