cap 2

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Lauren

O sol nem chegará a raiar, o pássaro nem tinha pensado em piar e eu já estava no banheiro, dentro da enorme banheira pensando de onde tinha tirado coragem pra criar uma menina, eu sabia como ia ser difícil, eu fui uma criança difícil, criança não, uma menina difícil que passou por vários traumas, eu não queria aquilo para ela mas eu queria tentar enxergar as coisas como Alice enxergava, as experiências que eu carrego são dos meus dias como Babigirl.

Me visto de forma confortável e me dou por mim o lazer de trabalhar em casa, quarto com a luz baixa, ar ligado e uma bandeja de café da manhã que a cada hora era trocada pela moça que arrumava a casa as vezes quando muito necessário, minha alimentação se tornou ótima mas custei em fazer uma parte onde tinha inúmeras besteiras pra garotinha comer, o tic-tac do relógio me faziam arrepiar de ansiedade, as horas não passavam e os minutos pareciam ser eternos, planilhas feitas mas nada da maldita hora passar.

Fecho o laptop com certa grosseria esquecendo que o valor dele custou umas gotas se suor, por mais que eu fosse bem sucedida eu lutava pelo bom e do melhor, eu ralava no início pra ter boas conquistas e bons diplomas em minha parede, trabalhei até como servente para pagar as faculdades que eu queria, Alice tinha seu certo luxo dada pela grande mulher que ela era, mas eu queria ter o prazer de conquistar  do zero as coisas, só aceitei a casa pois não queria continuar no mesmo teto daquela mulher que eu jurei amor eterno.

Tomo um susto que me fez pular da cadeira uns pequenos centímetros, o relógio marcava 18:45, hora de ir ver a pequena brat que ia me fazer descobrir o melhor e o pior de mim, ver se minha paciência era digna de ser testada e se o prazer era merecido de ser usado com outra mulher, moça.

Meus pensamentos estão em confusão constante então peço que o motorista me leve até lá, poucas horas de distância, tempo chuvoso mas nada perigoso, a tal chuva de novembro, os poucos raios de sol que ainda restavam tornavam o chão molhado cada vez mais bonito com o reflexo ali criado

Não demorou muito para que eu me visse parada na porta no tal lugar, aquela espelunca não mudou nada, a cor ainda enjoativa!

A- Sr. Lauren, quanto tempo, se tornou uma moça linda!

L- Não vim papear Antônia, só vim buscar a menina e dar o fora daqui!

A- Seus modos não mudaram mesmo ela te adestrando não? -  diz mostrando sua verdadeira face- ela cansou de você?

L- Gosta do seu trabalho Antônia? Com uma ligação eu consigo destruir sua vida até as próximas gerações, as autoridades sabem que vocês tem menores de idade aqui?

A- A garota tá pronta, sabe o caminho ainda?

L- me recuso, traga ela aqui como uma moça descente e vestida adequadamente!!

Antônia saiu batendo seus pés naquele salto pequeno, me estressava os momentos que eu tinha com aquela mulher, nada respeitosa e folgada com as meninas da casa, não custou muito e a menina chegou, vestida de forma que ela mesma queria

B- Então você é a próxima?

L- Você é a brat?

B- Eu tenho nome

L- Se você não me falar eu vou continuar te tratando como brat

A mesma revirou os olhos e eu fiz sinal para ela me seguir, sem cavalheirismo, entrei no carro e a mesma se assustou quando não abri a porta pra ela, afinal, na rua ela vai ser apenas uma qualquer mas na minha casa, na minha cama vou mostrar quem realmente irá mandar

Minha BratOnde histórias criam vida. Descubra agora