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HAVIA algo dentro de mim que estava sempre vazio. Não importava o que acontecesse, havia a sensação de que estava incompleto. E eu não sabia o que fazer para me tornar completo.

Todos os meus relacionamentos nunca chegaram perto de preencher esse vazio. O amor de nenhum homem, nem meu amor por um homem parecia ser a resposta.

Nunca deu certo - nunca tive aquele momento em que me sentia feliz, que minha jornada terminava ali - em que eu não esperava mais nada.

– Ryujin, ouvi um eco constante do meu nome, – Ryujin, por favor, acorde.

Era uma bela voz - uma voz que fez meu corpo estremecer do meu estado inconsciente .

– Querida, -seus olhos encontraram os meus, enquanto as lágrimas escorriam por suas bochechas quentes e rosadas.

– O que aconteceu? – Tentei me sentar, mas a dor chocante nas minhas costas me impediu.

Ela me ajudou a sentar e percebi que estava em um quarto de hospital. Eu coloquei minha mão contra a parte de trás da minha cabeça como uma dor marcante intensificada.

– Está tudo bem. Você vai ficar bem,- eu olhei em seus olhos tristes com os meus estreitos.

– O que aconteceu? – Eu fechei meus olhos. Tudo em minha mente estava embaçado até aquele momento.

– Você sofreu um acidente,- ela colocou a mão na minha e suspirou, – estamos no Hospital Charles Bennett.

Eu imediatamente coloquei minhas duas mãos sobre meu estômago. A sensação de pânico percorreu todo o meu corpo, enquanto a memória do meu feijão me lembrava.

– Eu-– Eu engoli, – Eu preciso de um médico, eu.

– O bebê está seguro,- o sangue foi drenado de minhas bochechas. O alívio e a preocupação tomaram conta de mim em um instante. Não senti razão para questioná-la, mas temi sua reação.

Tentei me sentar novamente, mas ela me impediu. Senti as lágrimas escorrendo pelo meu rosto, e ela passou o polegar por elas e beijou minha testa.

– Ryujin, oh meu Deus, – ficamos assustadas, quando minha mãe entrou correndo na sala. Yeji se afastou, mas não se moveu um centímetro.

– Mãe, eu, – eu inclinei minha cabeça para trás, e Yeji se afastou. – Estou bem.

Eu inalei uma respiração profunda. O médico entrou ao lado de meu pai.

– Você deve ser Yeji, – minha mãe a abraçou. Eu estava surpresa. Como elas se conhecem?

– Nós conversamos pelo telefone, – Yeji parecia sempre ser capaz de ler minha mente. Minha mãe se inclinou para me dar um abraço.

– Como você está se sentindo, querida? Sinto muito por termos demorado tanto.

– Eu não teria percebido se você chegasse cedo ou não, apenas abri os olhos.

– Se não fosse por Yeji, não saberíamos de nada. Não posso acreditar que você ainda não me colocou como seu contato de emergência.

– Mãe, eu não tenho um. Não por muito tempo.

– Exatamente por que deveria ser eu. Deus sabe que você não mantém um homem por mais do que alguns meses.

Olhei para meu pai que precisava ser resgatado, mas como sempre, ele estava sempre alheio. Eu então olhei para Yeji, e ela pareceu notar meus olhos suplicantes.

– Posso? – O médico se aproximou de mim e verificou meus olhos com uma pequena lanterna. Tudo bem deu um passo para trás, enquanto ele me instruía a seguir a direção da luz, – você está em boa forma.

SEALED WITH A KISSOnde histórias criam vida. Descubra agora