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– SIM, VOCÊ definitivamente está grávida, se alguma dúvida sobrou em mim, a confirmação do médico me deu certeza.

– Quão longe?

– Cerca de dois meses e meio. Se você olhar bem ali, ele apontou para a tela,– esse é o pequeno pacote de alegria.

Eu estreitei meus olhos , enquanto tentava descobrir do que ele estava falando, – onde? – Eu me inclinei para frente. Seu dedo estava pousado sobre um estranho formato de feijão - era o bebê.

– Veja? – Meus olhos começaram a lacrimejar. Eu tenho um feijão na barriga - um feijão bebê. Ele me entregou um guardanapo e eu limpei meus olhos, mas mais lágrimas correram pelo meu rosto.

– Ela é linda, sussurrei, – aquele ponto vermelho é o batimento cardíaco?

– Sim, e você não saberá o sexo por pelo menos mais um mês e meio, eu disse a ela, não disse? Bem, eu devo ter querido uma garota, acredite nisso.

Meu coração quase derreteu, embora o aparelho de ultrassom estivesse tão frio quanto a Groenlândia. Aqueles batimentos cardíacos fortes faziam com que tudo o que eu já havia estressado parecesse irrelevante.

Quando a consulta acabou, eu ainda chorava. Devem ser os hormônios. Eu fui para casa e me arrastei para a cama. Colocando minha mão sobre meu estômago, fechei meus olhos e tentei focar meus pensamentos no futuro.

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MEU VÔO para Chicago atrasou, fazendo com que eu vomitasse no banheiro do aeroporto. Não foi nada bonito. Eu não sabia o que fazer, porque ter que vomitar quase todas as horas não iria me ajudar a ter uma aparência melhor. E eu precisava parecer o mais profissional possível se quisesse ganhar o negócio do cliente com a empresa.

Eu poderia ter ficado com meus pais. Mas depois da última conversa com minha mãe, eu sabia que era melhor eu residir em um quarto de hotel pelas duas noites que ficaria lá. Por outro lado, teria sido pago com o cartão da empresa.

Eu pedi serviço de quarto e relaxei em um roupão branco e fofo. Eu ansiava por quase tudo no menu, até mesmo os dedos de frango no menu infantil . Mas pedi algo que achei que não me faria vomitar - asas de frango, muitas delas.

No meio do caminho através de trinta asas, eu me senti como se fosse desmaiar de comer demais. Mas foi tão bom.

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– É BOM finalmente conhecê-la, Srta. Shin, eu apertei sua mão e sorri.

– Você também, Sra. Aquilla, -sentamos e ela ergueu a mão para o garçom. Olhando atentamente para ela, ela parecia ter pelo menos setenta e poucos anos, mas mesmo assim deslumbrante.

Ela parecia uma daquelas mulheres que estariam na capa da Vogue por envelhecer graciosamente. Sim ela estava podre de rica, então é claro, ela tinha acesso aos melhores produtos e acessórios disponíveis no mundo.

– Ouvi dizer que você é uma dos melhores quando se trata de divórcio. Você acha que isso é verdade?

– Acredito que faço o melhor que posso pelos meus clientes, sorriu ela, quando o garçom se aproximou.

– Duas taças do seu melhor vinho, por favor.

– Só vou beber água, -ela me olhou com curiosidade, – não bebo no trabalho.

– Tão profissional. -Vá embora, querida. Estou com sede, ela piscou para o garçom, antes que ele se afastasse.

– Agora, vamos falar sobre esse meu divórcio.

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DEPOIS de uma longa discussão com a Sra. Aquilla, decidi ir ver meus pais. O táxi parou no meio-fio e notei meu avô na varanda, lendo o jornal.

SEALED WITH A KISSOnde histórias criam vida. Descubra agora