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MEU PAI voltou para casa alguns dias depois de eu receber alta do hospital. Mas minha mãe decidiu ficar indefinidamente.

Meu apartamento estava se transformando em uma réplica da casa da minha infância.

Eu dei a ela um dos meus cartões de crédito, já que ela estava lidando com mantimentos. E também para ela comprar o que fosse necessário para se sentir confortável.

Eu estava me sentindo muito melhor. Mas a polícia ainda não havia encontrado Meg. Meus pais estavam preocupados com a situação, provavelmente mais do que eu. Fiquei estressada com o trabalho o dia todo.

Eu deveria estar me preparando para voltar para Chicago, mas não pude lidar com isso.

Eu não veria a sra. Aquilla até a segunda semana do ano novo. Mas eu estava pensando em adiar minha mudança por alguns meses. Eu não estava em condições de começar a trabalhar no escritório em Chicago. Eu tinha muita coisa acontecendo na minha cabeça.

Mas eu sabia que uma vez que colocasse minha cabeça em volta de tudo, e a temporada de Natal acabasse, eu estaria pronta para enfrentar qualquer coisa que fosse jogada em mim.

Sempre tive um rosto corajoso. Mesmo quando meus órgãos queriam falhar, eu me levantava e fazia o que precisava ser feito.

– Oh, querida, – Markian deslizou para a cama ao meu lado, – por que você não me ligou antes?

– Eu sinto Muito. Eu meio que esqueci, -sua voz caiu e ele bateu no meu braço de brincadeira.

– E imagine que sou seu melhor amigo, foi muito triste. -A única pessoa que considerava meu amigo era ele.

Ele teve uma vida tão espontânea, cheia de pessoas que eram muito melhores amigos do que eu. Mas ele ainda me considerava o melhor.
Passaríamos meses sem nos falar, mas ambos sabíamos o lugar que ocupávamos na vida um do outro. Foi realmente bom. Ele me irritava às vezes, mas ele sempre era genuíno.

– Eu sei eu sei. Mas há algo importante de que preciso.

– Ok, o que é?

– Eu quero lucrar com esse favor que você me deve.

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– ACHO que fiz coisas piores na minha vida, -Markian estava no banco do motorista, com o assento reclinado, enquanto comia um saco de batatas fritas.

– Não há nada de errado com o que estamos fazendo, da última vez que estive em um carro, quase morri. -Era estranho pensar nisso. Não vi nenhum veículo à vista de onde estávamos estacionados. Não havia motivo para se preocupar.

– Perseguir sua namorada não é a coisa mais sensata a se fazer, Ryujin,– eu já contei tudo a Markian.

Cruzei os braços sobre o peito, enquanto continuava a olhar para o prédio de seu escritório. Era um prédio de quatro andares por si só. Eu nunca percebi o quão grande era sua marca de maquiagem. Ou quão rica ela era. Meu escritório de advocacia era um dos melhores do país e não podíamos pagar um prédio inteiro como aquele.

Alguém bateu no lado do carro de Markian e virei minha cabeça para notar que era um guarda. Markian baixou a janela com um gemido.

– Você está estacionado aqui nos últimos vinte minutos, o que está acontecendo?

– Estamos apenas descansando de uma longa viagem, – Markian passou a palma da mão na testa.

– Vocês dois parecem suspeitos, – eu puxei meu cabelo para fora do coque que estava dentro e abri a porta do carro para sair.

SEALED WITH A KISSOnde histórias criam vida. Descubra agora