Limousines

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Quando acordei, percebi que não tinha seu calor atrás de mim, estava sozinha na cama.

 Levi sempre acordou antes de mim, era muito raro ele estar com seus braços enrolados em mim quando eu acordava, mas as vezes, ele ficava sentado na cama apoiando suas costas na cabeceira da cama, com um notebook apoiado em suas coxas, administrando breves assuntos de seu trabalho, era uma cena linda de se ver em minhas primeiras imagens captadas do dia.

  Afastando meus pensamentos, me levantei e arrumei a cama, peguei meu celular na cômoda ao lado da cama, checando o horário, eram 8:40. Larguei o celular na cama e fui ao banheiro, escovei os dentes e molhei meu rosto na pia de mármore, peguei um paninho que havia ali e sequei as gotas que ainda caiam de meu rosto.

 Sai do quarto, passando pelo corredor, fui em direção da cozinha, vendo Levi preparando cappuccino na máquina de café expresso, e tinha uma cestinha de croissant/brioche na bancada de mármore, isso sim é um dos típicos café da manhã italiano.

Andei até perto dele, dando um beijo em seu pescoço sussurrando um "bom dia", senti ele se arrepiar, e desviou seu olhar da máquina para me olhar e dizer

- Buongiorno amor mio (bom dia meu amor) - colocou seu braço direito em minha cintura, fazendo com que eu colocasse minhas mãos em seu ombro, e tirou a xícara de cappuccino pronto da máquina com sua mão livre- Quer que eu faça seu caffè (café) ?

Ele tinha um bom equilíbrio, se fosse eu, provavelmente eu teria deixado a xícara cair.

- Em teoria, você não o faz, a máquina que prepara, mas quero sim. -disse em tom irônico- 

- E quem coloca a capsula, Ar? - me respondeu em tom provocativo e deu uma piscadela-

Eu apenas ri anasalado, e soltei seu braço de minha cintura, indo me sentar em um dos banquinhos que tinha no conjunto da bancada de mármore, esperando meu café.

Ele me serviu, e se sentou no banco ao lado esquerdo, atrás dele havia uma janela aberta, onde dava pra ver os raios de sol da manhã, era uma das visões bonitas que cada dia perto dele me era dado.

Comecei a tomar meu café, pegando um croissant e o mordiscando, puxando um assunto e outro com o homem ao meu lado.

- Vai sair para resolver seus negócios hoje? - perguntei curiosa-

- Irei no fim da tarde. Erwin, Hange e Farlan vieram Verona ontem a noite, encontrarei com eles para resolvermos algumas coisas, mas não irá demorar muito, logo após, voltaremos para te buscar. - disse calmamente-

- Vamos sair? - ele balançou a cabeça, confirmando - Pra onde?

- Farlan disse que iriamos passear de Limousine, e jantaremos em algum lugar. - disse sem animo algum -

 Limousine com Hange e Farlan juntos, seria uma noite agitada, aqueles dois era significava animação, Erwin era mais tranquilo, mas sempre estava no meio daqueles dois, como se fosse pai deles, e bom, Levi era mais na dele como sempre, mas eu sabia o quão eles eram especiais pra ele.

Eu amava eles, era a sintonia perfeita, qualquer pessoa poderia esquecer seus problemas e viajaria na animação deles.

  Logo após comermos, Levi começou a lavar os pratos e xícaras, ele sentia satisfação em ver as coisas ao seu redor limpos.  

Me retirei da cozinha, e decidir pintar com aquarela, em qualquer viajem, eu sempre levava meus materiais de pintura, era terapêutico. Levei meus materiais até o escritório de Levi, e me sentei na cadeira de escritório, colocando as coisas em cima da mesa, eu sabia que ele não se importaria, e se eu sujasse algo, limparia. 

Gelato Morbido - Levi AckermanOnde histórias criam vida. Descubra agora