Capítulo 71

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- Aproveitem o capítulo!






Os pensamentos estão em itálico.

Segunda-feira, 21 de setembro, à noite. O equinócio de outono.

Gabriel se jogou em um sofá desbotado nos quartos dos Fundadores. Todos estavam ocupados na sala comunal, então ele escapou facilmente. Agora ele não tinha certeza do que fazer, normalmente estaria com a família. Eles teriam uma festa com comida e música e, em seguida, um ritual para se concentrar em criar mais equilíbrio em suas vidas. Olhando ao redor da sala, ele se concentrou no equilíbrio. Os cristais brilharam, zumbindo com magia e poder enquanto lançavam seus feitiços pelo castelo. As pedras que o cercavam estavam quase na metade de sua coloração original, um cinza pálido suave com mica e cristal brilhando por toda parte. A sala estava limpa o suficiente para Gabriel relaxar um pouco seus escudos e não ter sua empatia sobrecarregada.

"Tudo bem", disse Gabriel para si mesmo. "Do que eu preciso me livrar, ou trazer para a minha vida, para ter mais equilíbrio?"

"Não acho que falar sozinho seja um bom começo."

"Boa noite, Mbiriviri, como vai você?" Gabriel sorriu suavemente para a bela fênix.

"Estou bem, um pouco solitária, mas Aurora e Edwiges me visitam com frequência."

"Sinto muito, já faz um tempo desde que vim."

"Você tem estado ocupado. Diz-me o que se passa."

Gabriel mordeu o lábio inferior e torceu o tecido de sua túnica. "Estou tendo problemas para manter o controle. Eu sinto que minhas emoções estão em todo lugar. Eu sabia que teria que fingir, esconder quem sou e o que sei, mas é muito mais difícil do que pensei que seria."

"A água está ajudando?" Mbiriviri perguntou, inclinando a cabeça em direção ao pilar de cristal.

"Sim, a intensidade é menor, mas não consigo me limpar e não tenho paz. Eu não consigo nem dormir profundamente ou as emoções batem em mim." Gabriel olhou para a bela fênix, seus olhos verdes desesperados.

"Eu posso ajudar." Esticando suas asas de fogo azul, roxo e verde ela deslizou até Gabriel e veio descansar em seu colo. Suavemente ela começou a cantar, uma melodia doce e clara, que limpou Gabriel e criou uma bolha protetora. Mbiriviri cantou por uma hora, durante a qual Gabriel meditou e baixou todos os seus escudos, sentindo-se seguro e livre.

Mbiriviri parou de cantar e se aninhou no peito de Gabriel. Com um suspiro tranquilo, ele acariciou sua plumagem. "Obrigado, esse foi o presente mais maravilhoso que alguém já me deu."

"De nada, Querubim."

Gabriel sorriu; fazia tanto tempo que ninguém o chamava pelo apelido. "Odeio estragar o clima, mas uma coisa que preciso fazer para criar equilíbrio é derrotar Voldemort. Você tem alguma ideia?"

"Você sabe como ele conseguiu se manter vivo?"

"Não."

"Então esse seria o primeiro passo. Tenho certeza de que há livros sobre magia negra aqui em algum lugar. Fawkes voltou", disse Mbiriviri, com os olhos fixos no teto.

"Vocês dois já se conheceram?"

"Não, agora não é a hora, cada um de nós tem seus próprios deveres agora."

"Eu não quero mantê-lo longe de seu companheiro."

"Silêncio, você não é. Agora vá procurar um livro sobre a imortalidade e depois vá para a cama", Mbiriviri vibrou em tom maternal e voou para longe.

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