Capítulo 13 | Festinha louca

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📌 Pernambuco

Isabela Rustoffen de Alcântara

   Olho para minhas mãos estáticas pousadas no peito de Helena.

Já vivi muitas situações constrangedoras, mas essa sem dúvida me faz questionar se realmente vale a pena estar viva

Se eu tivesse um buraco agora com certeza enfiaria minha cabeça é só sairia daqui a uma década!

— A-amiga? — Helena fala envergonhada

Então num ato rápido retiro minhas mãos dos seus seios desnudos, me amaldiçoando por olhar daquela forma para minha melhor amiga

— Desculpa Elen — Foi a única coisa que consegui dizer depois de segundos

Olhei pra ela receosa, porque sinceramente, que vergonha do inferno

— Tudo bem, eu acho... — Ela disse se abaixando e pegando a parte de cima do seu biquíni

Olhei para ela que o colocou no lugar porém não consegue amarrar, levantei às mãos me oferencendo

— Posso te ajudar, nisso — falei chegando perto então ela virou e deixou eu amarrar ali

— Obrigada — Falou constrangida

Respirei fundo após todo esse climão

— Que tal ignorarmos toda essa situação e fingir que nada nunca aconteceu? — Eu propus de forma tentadora

— Perfeito!! — Ela assentiu quase que imediatamente

Nada nunca aconteceu.

Não existe clima nenhum.

[...]

Escuto a buzina na frente da minha casa e deduzo que o embuste do meu irmão, Isaac, já deve ter tirado o carro.

Estamos indo à uma festa na casa de uma garota da escola, uma das festas mais badaladas no ano, porque lá tudo pode acontecer

— Tá surda, anêmica? — Meu irmão gritou no carro me apressando

— Não tenho esse sorte! De não ter que te escutar reclamar todos os dias — Gritei da janela do meu quarto, vendo o mesmo com o carro parado em frente a porta de casa

Desci a escada com calma, já que estou com um salto lindíssimo porém extremamente alto.

Meu look é composto por um vestido de seda preto com mangas, decote quadrado, curto e com pequena fenda. Acompanhados de um grande salto fino beje.

— Hoje você tá menos feia — Meu irmão disse ao me ver abrir a porta do carro

— Isso é inveja! Está claro que estou ma-ra-vi-lho-sa — falei silabicamente dando mais intonação ao quanto estou linda

— Será que além de iludida você é boa de memória? — Franzi o senho sem entender sua pergunta — Lembrou de apagar as luzes, fechar as janelas e trancar de chave a porta da frente e dos fundos?

— Aaa, isso eu fiz — falei convicta

Eu não estou convicta.

Provavelmente não fiz nenhuma dessas coisas.

Não lembro de ter fechado a porta.

Porém não vou dar o gostinho de alimentar o ego dele, fomentando que eu não lembrei de fazer o básico.

Ele dirige com agilidade até a festa que está acontecendo no mesmo condomínio que o nosso, então levamos apenas quatro minutos para começar a ouvir a música alta.

JulietasOnde histórias criam vida. Descubra agora