Capítulo V

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Roman estava sentado na cadeira com os braços cruzados, sentindo tédio por ouvir as mesmas frases que escutou quando chegou em Whitechapel. O inspetor separou algumas provas e colocou na parede.

- Desculpe interromper, inspetor. - Magnuns focou sua atenção em Roman. - Estamos muito longe do assassino. Esta cidade tem baixa supervisão de segurança e muita pobreza, esses são os elementos para que o criminoso consiga cometer os crimes.

Todos concordaram. Magnuns sentou-se na cadeira para prestar atenção no detetive.

- Estamos tendo casos de assassinatos há muito tempo - Christian disse. - A população e até mesmo gangues se ofereceram para ajudar.

- Ele é um psicopata - Moron disse. - Um psicopata maluco.

- Nós vamos pegá-lo, sabemos da sua marca registrada. - Roman foi até a mesa onde estavam fotografias das vítimas. - A assinatura dele é degolar as vítimas e colocar seus órgãos para fora.

- O médico legista informou que as vítimas quase tiveram os pescoços quebrados. - Chris pegou sua maleta. - Esses são nossos últimos suspeitos: Sir. Romeo Mitchell, Oliver Franklin e Louie Mason.

Roman se afastou dos inspetores, queria ficar sozinho com seus pensamentos. O caso estava ficando mais custoso do que ele pensava. Apesar de ser uma cidade pequena, não imaginava que um homem daria tanta dor de cabeça para todos.

No entanto, uma ideia lhe veio à mente. Voltou sua atenção para os inspetores e pensou:

"O que está por trás desse interesse de repente?"

O caso começou com Christian. Se não fosse por ele, a cidade estaria um caos completo: o assassino teria feito muito mais vítimas e ninguém notaria seus passos meticulosos. Enquanto estava presente na cidade, a polícia não prestou queixa contra a primeira vítima, fecharam os olhos após descobrir que era uma prostituta. Depois de dois assassinatos ocorridos em espaço de um mês, e o terceiro assassinato uma semana depois, iniciaram as investigações, mas não se aprofundaram. A polícia não dava a mínima para seu povo; desde que não entrasse em seus assuntos, simplesmente cobriam os olhos com uma fenda e deixavam o inferno acontecer.

- Senhores... - Ele chamou a atenção dos detetives. - Há algo que preciso dizer, e não cabe na minha cabeça.

- Sim, Sr. Gullit? - Magnuns direcionou sua atenção para ele.

- Por que de repente você está interessado no caso? - Magnuns franziu o cenho. - Foi Christian quem pegou o caso, qual o interesse por trás disso?

- O mesmo que o seu, Sr. Gullit. - O inspetor não pareceu ofendido. - Admito que no início não nos pusemos para ajudá-los, e sinto muito por isso.

- Corte seu discurso, Sr. Magnuns. - Roman cortou as palavras dele, estava impaciente com a enrolação. - Eles adulteraram seu cachê, inspetor?

- Não vou admitir que fale assim comigo. Devo lembrá-lo de onde está e colocá-lo em seu devido lugar.

Roman riu ironicamente e sua atitude irritou os detetives.

- Você deixou passar porque era uma prostituta, essa é a verdade.

- Cale a boca, seu alcoólatra! - Dylan esbravejou e se botou na frente do inspetor como um cão raivoso prestes a atacar qualquer um que ofendesse seu superior. - Você é a última pessoa que deveria estar dizendo isso.

- Não me faça rir, Dylan - respondeu no mesmo tom. - Você tem receio de que a cidade perca o medo de você, por isso está desesperado atrás desse desgraçado!

- Você está esquecendo que deixou a polícia há alguns anos - Dylan zombou. -Só está nesta cidade por causa do inspetor Magnuns. Se dependesse de mim, chutaria você como o saco de merda que é.

Jack, o Estripador e o cavaleiro do infernoOnde histórias criam vida. Descubra agora